domingo, 16 de julho de 2023

Botafogo 2x0 Bragantino: a nova ‘Alegria do Povo’ coletiva

Autores dos gols. Crédito: Vitor Silva / Botafogo FR.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo evidenciou novamente a sua clara superioridade sobre o adversário num jogo muito animado, com o Bragantino mostrando-se muito organizado e merecedor do lugar onde se encontra na classificação geral, mas que, contra o tsunami botafoguense, não teve realmente oportunidades para nos abalar.

Até aos 30’ de jogo já o Botafogo tivera chances de gol por Tiquinho Soares, Júnior Santos, Luís Henrique e Eduardo, este fazendo a bola embater estrondosamente no travessão. Depois o Bragantino, que já vinha melhorando a perigosidade, equilibrou a parte, atacou com mais perigo, mas sem oportunidades claras de gol.

Por seu turno, o Botafogo foi um pouco diferente na primeira parte, para pior, evidenciando uma estranha ansiedade, bem diversa da tranquilidade habitual, mas talvez porque a organização do Bragantino fechava bem os espaços, marcava alto, a saída de bola do Botafogo fazia-se com dificuldade e os maus passes acumulavam-se.

Uma primeira parte em que pelo menos um gol o Botafogo merecia. Mas se não o fez nos primeiros 45’, tratou logo de inaugurar o marcador aos 47’ por Eduardo, aproveitando uma insistência de Tchê Tchê na linha de fundo e fuzilando a baliza adversária. Antes, aos 46’, Lucas Perri fizera a única grande defesa do jogo, já que as demais foram relativamente fáceis para um goleiro da sua envergadura técnica.

A partir daí retornou-se ao Botafogo tranquilo, mentalmente forte, sem perder de vista que o 2x0 seria mais seguro. O Bragantino começou a ser enrolado com o Botafogo a dar-lhe a posse de bola na intermediária, sem que o adversário conseguisse oportunidades de gol, apesar de alguns ataques bem trabalhados.

Mas aos 60’ tudo terminou: Di Placido, que beneficia com o jogo desenvolvido por Matías Segóvia na sua ala, ficou mais livre, avançou e fez um belíssimo gol num portentoso remate. O Bragantino, embora continuasse a lutar com dignidade, percebeu que a partida estava liquidada, especialmente com as substituições feitas por Caçapa para contenção do jogo e não mais fez perigar verdadeiramente a nossa baliza.

Torcida joga junto! Crédito: Twitter do Botafogo FR.

A defesa que temos é soberba e não dá chances, em especial os zagueiros. Adryelson despacha todas as bolas que chegam à área e Cuesta, com características diferentes e complementares, trata da saída de bola, tendo sido crucial no lançamento efetuado para o primeiro gol.

Este Botafogo joga um futebol claramente europeu, com excelente concentração durante todo o jogo, mente forte e poucas firulas, focado na eficiência das transições rápidas e na eficácia em busca das falhas adversárias com remates impiedosos para estufar o ‘véu da noiva’, e aparentemente vai continuar a fazê-lo, esperemos que com maior criatividade ainda, porque os jogadores vão continuar nas mãos de um técnico oriundo da Europa pela terceira vez este ano.

Uma curiosidade final: considerando um G8, o Botafogo venceu todos os 7 adversários que o seguem, seja dentro ou fora de casa, com gramado sintético ou natural, no país ou fora dele, sempre preparado para conquistar a vitória onde, como e quando for.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 2x0 Bragantino

» Gols: Eduardo, aos 47’, e Di Placido, aos 60’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Data: 15.07.2023

» Público: 33.635 pagantes; 37.036 espectadores

» Renda: R$ 1.806.495,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Tiago Augusto Kappes Diel (RS) e Michael Stanislau (RS); VAR: Rafael Traci (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Victor Cuesta (Botafogo) e  Vitinho (Bragantino)

» Botafogo: Lucas Perri; Di Placido, Adryelson, Victor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas, Tchê Tchê (Danilo Barbosa) e Eduardo (Gustavo Sauer); Júnior Santos (Matías Segovia), Tiquinho Soares (Janderson) e Luís Henrique (Carlos Alberto). Técnico: Cláudio Caçapa.

» Bragantino: Cleiton; Andrés Hurtado, Luan Patrick e Natan; Juninho Capixaba, Matheus Fernandes, Eric Ramires e Lucas Evangelista (Thiago Borbas); Bruninho (Sorriso), Eduardo Sasha e Vitinho. Técnico: Pedro Caixinha.

4 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma vez o título mostra que o editor do MB é muito antenado com a história botafoguense com o genial trocadilho do futebol individual com o coletivo. PS: No "Jornal da Grande Natal" tem mais duas postagens curiosas sobre o momento alvinegro.

Ruy Moura disse...

Excelentes publicações! Amanhã coloco os endereços dos artigos em notícia.
Abraços Gloriosos.

Sergio disse...

Não vi o primeiro tempo, mas vi os melhores momentos e me pareceu o Botafogo superior. Vi todo o segundo tempo e time do Botafogo soube se impor e definido o resultado recuou e tentou o contra ataque e poderia ter feito o terceiro gol com o Carlos Alberto.
Acho que a vitória foi expressiva pela qualidade demonstrada pelo bom time do Bragantino, time bem treinado com bons jogadores e acho melhor que muitos times do atual campeonato, inclusive achei superior ao time do Grêmio.
Mais uma vez a de se ressaltar a tranquilidade do time, com uma defesa muito segura e um time que sabe ser fatal no momento certo. Mais um passo dado para que possamos ter um final feliz . ABS e SB!

Ruy Moura disse...

Fomos superiores no primeiro tempo, mas a equipe estava ansiosa, o que não é costume. Admito que se devesse à marcação alta do Bragantino e à sua capacidade organizativa, porque o Botafogo teve dificuldades na saída de bola. As duas equipes jogam futebol europeu, objetivo e sem firulas, e então é mais difícil entrar. E vamos continuar a jogar à moda europeia, porque afinal são 3 técnicos seguidos com ideias de futebol europeu. Mas 1x0 na 1ª parte teria sido justo. No 2º tempo o Bragantino acusou o gol, e a seguir ao segundo deu-se por vencido, jogou pela dignidade, mas não criou nada.

Abraços Gloriosos.

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