segunda-feira, 30 de junho de 2025

Garrincha não pensa

por NÉLSON RODRIGUES | Excerto da obra "À sombra das chuteiras imortais"

[Escrito a seguir à Copa do Mundo de 1958, após o jogo Botafogo 2x1 Fluminense, em 10.07.1958, no Estádio do Maracanã.]

«Amigos, estou diante de um problema, que é o seguinte: — Garrincha foi, há pouco tempo, meu personagem da semana. Poderei repeti-lo sem irritar os leitores?

Eis a verdade, porém: — não se trata de escolher, de optar. Ontem, só houve em campo um nome, uma figura, um show: — Garrincha.

Os outros três campeões do mundo estavam lá também. Mas Didi, Zagalo e Nílton Santos pertencem à miserável condição humana. São mortais e suscetíveis de todas as contingências da carne e da alma. Jogaram por honra da firma e por um dever contratual. Estavam exaustos e no extremo limite de suas resistências emocionais e atléticas. Garrincha, não. Garrincha está acima do bem e do mal.

O problema de forma física e técnica não existe para ele, nunca existiu. Como os três outros campeões mundiais do Botafogo, ele foi massacrado por apoteoses consecutivas. Desde Brasil x Suécia que o “seu” Mané está em vigília permanente. E, no entanto, vejam vocês: — apareceu em campo com uma disposição vital esmagadora.

Ninguém mais ágil, mais plástico, mais alado. Em campo, desde o primeiro minuto, foi leve como uma sílfide. O futebol era, nesta terra, um esporte passional, sombrio, cruel. O torcedor já entrava em campo vociferando: — “Mata! Esfola!”. Ontem, porém, no Botafogo x Fluminense, sentiu-se uma curiosa reação: — Garrincha trazia para o futebol uma alegria inédita. Quando ele apanhava a bola e dava o seu baile, a multidão ria, simplesmente isto: — ria e com uma saúde, uma felicidade sem igual.

O jornalista Mário Filho observou, e com razão, que, diante de Garrincha, ninguém era mais torcedor de A ou de B. O público passava a ver e a sentir apenas a jogada mágica. Era, digamos assim, um deleite puramente estético da torcida. Aconteceu, então, o seguinte: — foi-se assistir a um jogo e viu-se Garrincha.

No fim, já as duas torcidas queriam apenas que Garrincha apanhasse a bola e começasse a fazer as suas delirantes fantasias. Então, aplaudiam nas arquibancadas, cadeiras e gerais, com uma euforia de macacas-de-auditório.

Por exemplo: — o meu caso. Eu estava lá, como pó-de-arroz nato e hereditário, para torcer pela vitória do Fluminense e contra a vitória do Botafogo. Súbito começo a exultar também. Diante de cada jogada de Garrincha, eu experimentava a alegria que as obras-primas despertam. E, no entanto, vejam vocês: — chamavam este homem de retardado!

Só agora começamos a fazer-lhe justiça e a perceber a sua superioridade. Comparem o homem normal, tão lerdo, quase bovino nos seus reflexos, com a instantaneidade triunfal de Garrincha. Todos nós dependemos do raciocínio. Não atravessamos a rua, ou chupamos um Chica-bon, sem todo um lento e intrincado processo mental. Ao passo que Garrincha nunca precisou pensar. Garrincha não pensa. Tudo nele se resolve pelo instinto, pelo jato puro e irresistível do instinto. E, por isso mesmo, chega sempre antes, sempre na frente, porque jamais o raciocínio do adversário terá a velocidade genial do seu instinto.

No segundo tempo, quase não lhe deram bola. E aconteceu o inevitável: — o Botafogo caiu verticalmente. O Fluminense podia ter empatado, até. Mas ficamos num joguinho platônico, um futebol inofensivo, de passes para os lados e para trás.

Resta saber: — de quem é a culpa? De uma indigência de recursos táticos? Ou faltou-nos um Garrincha, com suas penetrações fulminantes, as suas geniais invenções? No primeiro tempo, botafoguenses e tricolores punham as mãos na cabeça: — “Isso não existe!”.

Eu falei, mais atrás, que ele foi, na sua agilidade, algo de muito leve, de muito etéreo. De fato, na etapa inicial, Garrincha deu uma bicicleta de sílfide. Terminado o jogo, saímos do estádio com a ilusão de que tínhamos visto não um jogo, não dois times, mas uma figura única e fantástica: — Garrincha, o meu personagem da semana

Bayern München vs Flamengo – se levasse o 5º gol sentava em campo...

Publicado por Lance!

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

No dia 25 de junho de 2025 escrevi no Mundo Botafogo, a propósito da imagem acima, o seguinte:

«A imagem, da autoria de Lance!, foi publicada na semana passada colocando os quatro principais clubes portugueses na zona de descida de divisão do campeonato brasileiro, num enorme desrespeito clubista, alheado de falarmos a mesma língua, sermos povos irmãos, termos excelentes relações institucionais e pertencermos à mesma Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Sport Lisboa e Benfica respondeu com bofetada de luvas vencendo o poderoso Bayern München e terminando na liderança do Grupo C. E ainda estamos para ver se serão os alemães os carrascos do Flamengo 'queridinho da mídia' nas oitavas-de-final…»

E o Bayern München, após ser derrotado pelo Benfica por 1x0, goleou mesmo o Flamengo sempre que acelerava o jogo, descansando de cada vez que abriu dois gols de vantagem: aos 2x0, aos 3x1 e aos 4x2.

O Flamengo, favorito a finalista do Mundial de Clube pela pena e pela boca dos seus vassalos da mídia desportiva brasileira, já nem quis tentar o 3º gol para não levar logo em seguida o 5º do Bayern e sentar novamente em campo 81 anos depois de ter sido goleado pelo Botafogo por 5x2.

Diz o provérbio que “pela boca morre o peixe”. Lance! deveria aprender a ter mais respeito por todos os clubes sem exceção e evitar ridicularizar-se publicamente.

sábado, 28 de junho de 2025

Botafogo 0x1 Palmeiras – o adeus (ou até à vista) do Mundial de Clubes

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo perdeu por culpa própria, seja porque a sua defesa recuou excessivamente temerosa de um adversário acessível, o ataque não se organizou consistentemente em contra-ataque e em nenhum momento a equipe foi ousada, seja porque a defesa facilitou tudo ao gol do Palmeiras ou porque Vitinho perdeu escandalosamente um gol no penúltimo minuto de jogo e ainda chutou precipitadamente para as nuvens no último minuto quando estava livre de marcação, podendo tomar muito melhor decisão.

O Palmeiras jogou pouco – e quase sempre com a sua única jogada de cruzamento de bolas para dentro da grande área –, mas o Botafogo jogou ainda menos e só bastou isso para ditar e justificar a classificação dos paulistas, já que procuraram mais o gol do que nós, embora em matéria de ousadia também fosse nula, acabando por ser um jogo meio ‘cinzento’ de parte a parte.

Conforme prometido há dias em resposta a comentários de leitores, farei uma avaliação da atual situação desportiva do nosso Clube, do topo à base. Embora tenhamos bons resultados nos últimos – digamos – 15 jogos, os desempenhos não tem estado qualitativamente à altura do – apesar de escasso – plantel de que dispomos.

Há algo que precisa de mudar urgentemente.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 0x1 Palmeiras

» Gols: Paulinho, aos 99’ (na prorrogação)

» Competição:

» Data: 28.06.2025

» Local: Lincoln Financial Field

» Público: 33.657 espectadores

» Árbitro: François Letexier (França); Assistentes: Cyril Mugnier (França) e Mehdi Rahmouni (França); VAR: Jérôme Brisard (França)

» Disciplina: cartão amarelo – Gustavo Gómez, Piquerez, Estêvão, Aníbal Moreno e Weverton (PAL); Alexander Barboza, Alex Telles, Artur, Newton, Marçal e Álvaro Montoro (BOT); cartão vermelho – Gustavo Gómez

» Botafogo: John; Vitinho, Jair (Kaio Pantaleão), Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Danilo Barbosa (Newton), Marlon Freitas (Arthur Cabral) e Allan (Álvaro Montoro); Artur, Igor Jesus e Savarino (Joaquín Correa). Técnico: Renato Paiva.

» Palmeiras: Weverton; Giay, Gustavo Gómez, Bruno Fuchs e Piquerez; Emiliano Martínez (Aníbal Moreno), Richard Ríos e Mauricio (Facundo Torres); Allan (Mayke), Vitor Roque (Paulinho, depois Micael) e Estêvão (Luighi). Técnico: Abel Ferreira.

Que a festa continue!

Plantel que disputa o Mundial de Clubes

Crédito: Getty images.

1 - Raul; 2 - Vitinho; 4 - Mateo Ponte; 5 - Danilo Barbosa; 7 - Artur; 8 - Álvaro Montoro; 9 - Rwan Cruz; 10 - Savarino; 11 - Matheus Martins; 12 - John; 13 - Alex Telles; 16 - Nathan Fernandes; 17 - Marlon Freitas; 19 - Kayke; 20 - Barboza; 21 - Marçal; 23 - Santiago Rodríguez; 24 - Léo Linck; 25 - Allan; 26 - Gregore; 28 - Newton; 30 - Joaquín Corrêa; 31 - Kaio Fernando; 31 - Jair Cunha; 39 - Mastriani; 40 - Cristhian Loor; 57 - David Ricardo; 66 - Cuiabano; 98 - Arthur Cabral; 99 - Igor Jesus.

Atletas inscritos que não viajaram: 6 - Patrick de Paula; 18 - Kauê; 47 - Jeffinho; 77 - Kauan Lindes; atleta que regressou a Rio por agravamento de lesão: 15 - Bastos;

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Retrospecto Botafogo x Palmeiras: últimos 5 jogos (com súmulas)

Créditos: Elson Souto.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Três vitórias, dois empates e zero derrotas do Botafogo contra o Palmeiras nos últimos cinco jogos constituem um bom histórico recente que nos permite um sensato otimismo de passagem às quartas-de-final.

Seja no Brasileirão, seja na Copa Libertadores, superamos o Palmeiras em 2024-2025. Falta a superação no Mundial de Clubes! 

E como em matéria de final não há favoritos, especialmente para as duas equipes mais competitivas de 2023 e 2024, temos toda a liberdade para acreditar na classificação. Que vença o Botafogo – no tempo regulamentar, na prorrogação ou nos pênaltis!

Avante, Glorioso!

2024

Botafogo 1x0 Palmeiras

» Gols: Tiquinho Soares, aos 55’

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 17.07.2024

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 35.810 pagantes; 39.570 espectadores

» Renda: R$ 2.545.730,00

» Árbitro: Anderson Daronco (RS); Assistentes: Lúcio Beiersdorf Flor (RS) e Michael Stanislau (RS); VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza e Damián Suárez (Botafogo)

» Botafogo: John; Damián Suárez, Bastos, Alexander Barboza e Marçal; Gregore e Marlon Freitas (Danilo Barbosa); Luiz Henrique (Kauê), Júnior Santos (Igor Jesus), Tiquinho Soares (Tchê Tchê) e Savarino. Técnico: Artur Jorge.

» Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha (Mayke), Murilo, Gustavo Gómez e Piquerez; Aníbal Moreno, Gabriel Menino (Felipe Anderson) e Raphael Veiga (Caio Paulista); Estêvão (Maurício), Flaco López e Rony (Dudu). Técnico: Abel Ferreira.

Botafogo 2x1 Palmeiras

» Gols: Luiz Henrique 21’/1ºT (1-0), Maurício 32’/1ºT (1-1) e Igor Jesus 38’/1ºT (2-1)

» Competição: Copa Libertadores

» Data: 14.08.2024

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 36.394 pagantes; 38.848 presentes

» Renda: R$ 1.775.401,25

» Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai); Assistentes: Nicolás Tarán (Uruguai) e Horácio Ferreiro (Uruguai); VAR: Cristhian Ferreyra (Uruguai)

» Disciplina: cartão amarelos – Igor Jesus, Cuiabano e Tiquinho Soares (Botafogo); Flaco López, Raphael Veiga, Abel Ferreira e Estêvão (Palmeiras)

» Botafogo: John; Mateo Ponte, Bastos, Alexander Barboza e Cuiabano (Marçal); Gregore, Marlon Freitas (Allan) e Thiago Almada (Matheus Martins); Luiz Henrique (Tchê Tchê), Igor Jesus e Savarino (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.

» Palmeiras: Weverton; Vitor Reis, Gustavo Gómez e Murilo; Giay, Aníbal Moreno, Maurício (Estêvão), Raphael Veiga (Fabinho) e Vanderlan; Rony (Lázaro) e Flaco López (Felipe Anderson). Técnico: Abel Ferreira.

Botafogo 2x2 Palmeiras

» Gols: Igor Jesus, aos 55', e Savarino, aos 63' (Botafogo) Flaco López, aos 85’, e Rony, aos 89’ (Palmeiras)

» Competição: Copa Libertadores, jogo de volta das oitavas de final

» Data: 21.08.2024

» Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)

» Público: 40.269 espectadores

» Renda: R$ 4.706.504.52

» Arbitragem: Facundo Tello (Argentina); Assistentes: Juan Pablo Belatti (Argentina) e Cristián Navarro (Argentina); VAR: Silvio Aníbal Trucco (Argentina)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza, Gregore e Mateo Ponte (Botafogo) e Richard Ríos (Palmeiras)

» Botafogo: John; Ponte, Bastos, Barboza e Cuiabano (Hugo); Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas, Luiz Henrique (Matheus Martins) e Savarino; Thiago Almada (Tchê Tchê) e Igor Jesus (Tiquinho Soares). Técnico: Artur Jorge.

» Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha (Gabriel Menino), Gustavo Gómez, Vitor Reis e Caio Paulista; Zé Rafael (Aníbal Moreno), Richard Ríos (Rony) e Raphael Veiga; Estêvão, Felipe Anderson (Lázaro) e Flaco López. Técnico: Abel Ferreira.

Botafogo 3x1 Palmeiras

» Gols: Gregore, aos 18’, Savarino 72’, e Adryelson, aos 88’ (Botafogo); Richard Ríos, aos 47’ (Palmeiras)

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Local: Estádio Allianz Parque

» Data: 26.11.2024

Público: 31.753 espectadores

Renda: R$ 3.284.958,13

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO); Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Bruno Boschilia (PR); VAR: Wagner Reway (ES)

» Disciplina: cartão amarelo – Alex Telles, Alexander Barboza, John e Thiago Almada (Botafogo); Marcos Rocha, Mayke e Gustavo Gómez (Palmeiras); cartão vermelho – Marcos Rocha (Palmeiras)

» Botafogo: John; Vitinho, Bastos (Adryelson), Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore, Marlon Freitas e Thiago Almada (Eduardo); Luiz Henrique (Matheus Martins), Igor Jesus (Júnior Santos) e Savarino. Técnico: Artur Jorge.

» Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Vitor Reis, Gustavo Gómez e Caio Paulista; Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga (Mayke); Estêvão (Gabriel Menino), Rony (Dudu) e Felipe Anderson (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.

2025

Botafogo 0x0 Palmeiras

» Gols: –

» Competição: Campeonato Brasileiro

» Data: 30.03.2025

» Local: Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP)

» Público: 30.347 espectadores

» Renda: R$ 2.802.427,70

» Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC); Assistentes: Guilherme Dias Camilo (MG) e Thiaggo Americano Labes (SC)

» Disciplina: cartão amarelo – Alexander Barboza, Artur e Matheus Martins (Botafogo); Murilo, Mayke e Estêvão (Palmeiras)

» Botafogo: John; Vitinho, Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas e Patrick de Paula (Newton); Savarino (Matheus Martins), Igor Jesus e Artur (Santi Rodríguez). Técnico: Renato Paiva.

» Palmeiras: Weverton; Mayke (Giay), Murilo (Bruno Fuchs), Micael e Piquerez; Lucas Evangelista, Richard Ríos (Emiliano Martínez) e Raphael Veiga (Felipe Anderson); Estêvão, Vitor Roque (Flaco López) e Facundo Torres. Técnico: Abel Ferreira.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Estrela de cinco pontas

[nota MB: texto absurdamente notável do jornalista botafoguense mais artístico da prosa desportiva brasileira.]

por ARMANDO NOGUEIRA | Jornalista desportivo | 02.09.1997

«Botafogo, campeão da Taça Guanabara. Venceu folgado, embora seja uma equipe de escasso fulgor. Passou por todos os adversários, jogando, sempre, à conta do chá. Nem mais, nem menos. É um time sem estrelas de primeira grandeza. A rigor, tem um astro: Gonçalves. O time é corajoso, sem ser temerário. Sereno, sem ser indolente. Guardadas as devidas proporções, me lembra a seleção de Parreira jogando num rígido 4-4-2 que vence mas não arrebata ninguém. Quando tem a posse da bola, o time alvinegro põe o jogo em banho-maria. Troca passes, numa cadência pausada como um adágio, por sinal, bem regido pelo estilo compassado de Djair. Mesmo o contra-ataque, arma preferida da equipe n jogo final, mesmo o contra-ataque nada tem de vertiginoso. É alegro ma non troppo.

Louve-se no time do Botafogo, acima de tudo, a solidariedade, dentro e fora de campo. Da noite pro dia, o time revelou-se uma entidade ampla e indivisível. Juntando virtudes que forjam uma equipe. E é da alma que vem a glória o exporte. Cabe aqui uma verdade irrefutável com sabor de paradoxo: um time é coletivo na soma de seus integrantes, mas é sumamente individual na alma única que o engrandece. Alma que, no caso do Botafogo, tem forma de estrela. Solitária. Solidária.

O Botafogo começou a Taça Guanabara sitiado de descrenças. Fez um time de jogadores enjeitados. Cada nova contratação era noticiada com desdém. Todo mundo duvidou de uma equipe que acabara de perder ninguém menos que Túlio, seu maior trunfo. E ainda assim, venceu. Mal sabiam os desavisados que é de coisas assim, inexplicáveis, que vive o Botafogo. Sempre fi desse jeito. Quando menos se espera ele apronta uma. O que parece uma simples frase de efeito, na verdade, é um desígnio de berço: há cisas que só acontecem ao Botafogo.

Só quem não conhece a vida do Botafogo é capaz de se admirar que, de repente, ele faça o tremendo estrago que fez na vida do Flamengo, pondo em campo, contra Romário e Sávio, um mero time reservas. Coisas do Botafogo. Como dizia o poeta Paulo Mendes Campos, o Botafogo, tal como ele, Paulinho, sempre foi um tanto tantã.

Em 1948, ganhou um título com um belo time e atribuiu todos os méritos do triunfo a um cachorro vira-lata. Chamava-se Biriba. Entrava em campo à frente da equipe, tirava fotografia, fazia pipi no pé da trave do adversário – e pronto – era mais um jogo ganho. Nesse mesmo ano de 48, o Botafogo mandou embora o seu bem-amado Heleno de Freitas e, sem ele, sairia campeão carioca, desbancando, na final, o Vasco, até então invicto e louvado como o melhor time do Brasil.

O poeta Augusto Frederico Schmidt era louco pelo Botafogo. O professor São Tiago Dantas, amigo cáustico do poeta, achava que os dois nasceram um para o outro. Ambos, clube e poeta, tinham a vocação do erro. Picuinhas intelectuais. A índole botafoguense é, isso sim, meio neurótica. De repente, ele emerge da mais sombria depressão pro gozo mais delirante de uma goleada como aquela da decisão de 57, contra o épico Fluminense. Sies a dois! Nélson Rodrigues deixou o Maracanã carregando no rosto o mais lívido dos silêncios.

O Botafogo sempre se lixou pra lógica da vida. Prefere apostar na superstição. Sempre viveu atrelado ao sortilégio das feitiçarias. Carlito Rocha, quando precisava imobilizar o time rival, mandava alguém de fé dar um nó na cortina de veludo do salão nobre do clube. O time inimigo passava a não andar mais em campo… Nilton Santos, jogador magistral, não abria mão das mandingas que o roupeiro Aloísio fazia, no vestiário, na véspera de um jogo, fosse contra o Flamengo, fosse contra o Fuleiro F. C.

Esperar o quê de um clube que tem por insígnia uma estrela? A estrela de cinco pontas é, justamente, o símbolo do centro místico do mundo.

A moça que está aqui, na mesa ao lado da minha, veste, festiva, uma camisa do Botafogo. Que linda mulher! O rosto, quase grego. A pele, alva e fina, me enternece. Contemplo a beleza da mulher, pensando: se a vida, se a própria vida falasse em voz alta, ia passar a vida toda a se gabar, com orgulho, dos encantos dela.

Tanta beleza assim, numa simples criatura, talvez seja uma dessas coisas que acontecem ao Botafogo. A moça ostenta na camisa uma estrela solitária. Dentro e fora do peito.»

Mundial de Clubes: um sucesso botafoguense indiscutível

A título meramente de ‘curiosidades’, o desempenho do Botafogo na Fase de Grupos do seu 1º Mundial de Clubes, embora a mídia brasileira decretasse a sua eliminação no ‘grupo da morte’ antes mesmo de se estrear, registrou alguns dados deveras interessantes quanto à sua grandeza no palco do futebol global:

Eis alguns números do Glorioso no Mundial de Clubes:

[] 1º Gol de clubes brasileiros (Jair, 1º gol na sua carreira).

[] 1º Vencedor entre clubes brasileiros, e contra a equipe campeã da Europa considerada a melhor do mundo (Paris Saint-Germain).

[] 1º Clube brasileiro a vencer e quebrar jejum contra clubes europeus (13 anos).

[] 1º Clube a conquistar 6 pontos ao vencer o Paris Saint-Germain.

[] 1º Clube a eliminar um clube europeu (Atlético de Madrid).

[] Único clube que se classificou jogando simultaneamente contra dois fortes clubes europeus e um clube jogando em casa, naquele que foi considerado o ‘grupo da morte’.

«Na estrada dos louros, um facho de luz tua Estrela Solitária nos conduz.»

Seleção da 2ª rodada do Mundial segundo Globoesporte

 

Alexander Barboza, o 'craque'

 
Crédito: FIFA / DAZN.

A FIFA elege apenas um representante por clube em cada rodada. Na 1ª rodada foi a vez de Igor Jesus e na 2ª rodada foi eleito Alexander Barboza.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Botafogo (bi)campeão Carioca Kids 2025 - sub-6

Crédito: @danda_fotos.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

O Botafogo, vencedor invicto do Sub-7 há uma semana, sagrou-se novamente campeão invicto do Carioca Kids Série Ouro, Sub-6, competição de futsal organizada por Apla 360 e coorganizada por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, que decorreu no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, nos dias 21 e 22 de junho de 2025, repetindo-se a exuberante manifestação de um ambiente desportivo altamente saudável e educativo.

Eis a nova campanha invicta dos Gloriosinhos Sub-6, que à semelhança da campanha do Sub-7 há uma semana também superaram todos os seus adversários e sofreram apenas um gol.

FASE DE GRUPOS

Botafogo 2x0 Madureira EC

» Gols: Benjamim Oliveira e Salomão Saldanha

Botafogo 3x1 FC Tijuca

» Gols: Arthur Santos, Gael Lima e Miguel Borges (Botafogo); Lucas Marotta (Tijuca)

Botafogo 1x0 Arouca

» Gols: João Almeida

Botafogo 1x0 CIG Sete de Abril

» Gols: Miguel Borges

Crédito: Instagram campeonatocarioquinha.

SEMIFINAL

Botafogo 2x0 CIG Sete de Abril

» Gols: Salomão Saldanha e Luiz Xavier

FINAL

Botafogo 1x0 Madureira EC

» Gols: Miguel Borges

SÍNTESE

6 jogos, 6  vitórias; saldo de gols favorável em 10-1. Artilheiros: Miguel Borges (3), Salomão Saldanha (2), Arthur Santos, Benjamim Oliveira, Gael Lima, João Almeida e Luiz Xavier.

CAMPEÕES SUB-6

Jogadores: Arthur Barbosa dos Santos, Arthur Costa Aleixo, Arthur de Castro Rezende, Arthur Victor Bezerra Ribeiro Ramos, Benjamim da Silva de Oliveira, Daniel Victor Severo Moreira, Davi Antônio Machado Fisciletti, Gael Albuquerque Carvalho Costa, Gael Almeida de Lima, Guilherme Gonçalves Alves, João França de Almeida, João Guilherme da Silva Cruz, João Luccas Costa Brandão, Lucas Reis Batista, Luiz Felipe Gomes Xavier, Matheus Henrique Lima Azevedo, Miguel Figueiredo Borges, Salomão Bandeira Saldanha, Samuel Rodrigues Brandão e Theo Gil Carvão Sousa. Técnico:
Bruno Rodrigues Gomes. Auxiliar Técnico: Enzo Oliveira Biasotto. Preparador Físico: Carlos Renato Santos Soares. Massagista: Luís Fabrício Nunes.

Voz de Renato Paiva, o ‘Chosen One’

Reprodução / Internet.

«Nem Guardiola nem Mourinho são unânimes, muito menos iria ser eu. Sei que há torcedores que gostam do nome, outros que não gostam. Para quem gosta, agradeço a confiança e estou preparado para dar essa resposta. Para os torcedores que não gostam, vou convencê-los a gostar. O time vai convencer os torcedores. […]

Muitos nomes estiveram na mesa e o escolhido fui eu. O escolhido, como a torcida se vê, é um termo quase bíblico. A torcida se sente 'escolhida' por ser Botafogo. E no meio de tantos nomes eu fui o escolhido, o chosen one.»

Renato Paiva, técnico do Botafogo na chegada ao Clube em fevereiro de 2025, inspirado na célebre autodefinição de José Mourinho como special one humorizando sobre a sua própria chegada ao Chelsea em 2004.

Voz de Diego Simeone: trabalho honesto e corajoso

"Felicito o adversário, trabalhou muito bem, com honestidade e coragem, defendeu como se deve defender e, quando se defende bem, se ataca bem, tem-se mais hipóteses de ganhar." – Diego Simeone, técnico do Atlético Madrid.

[Depois do comentário do técnico Luis Enrique após a derrota para o Botafogo, um novo comentário, desta vez do técnico Diego Simeone após a eliminação da sua equipe, pode ser muito útil para a reflexão dos técnicos que quando perdem um jogo invariavelmente o culpado é o árbitro, o gramado, as condições atmosféricas ou a invasão do gramado por algum cachorro perdido.]

Benfica responde a lance! despropositado…

Publicado por Lance!

A imagem, da autoria de Lance!, foi publicada na semana passada colocando os quatro principais clubes portugueses na zona de descida de divisão do campeonato brasileiro, num enorme desrespeito clubista, alheado de falarmos a mesma língua, sermos povos irmãos, termos excelentes relações institucionais e pertencermos à mesma Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Sport Lisboa e Benfica respondeu com bofetada de luvas vencendo o poderoso Bayern München e terminando na liderança do Grupo C. E ainda estamos para ver se serão os alemães os carrascos do Flamengo 'queridinho da mídia' nas oitavas-de-final…

terça-feira, 24 de junho de 2025

Botafogo 0x1 Atlético de Madrid – seguindo em frente!

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Comecei por assistir à partida aos 9’ por dificuldade de conexão e 30 segundos depois o jogo equilibrado que se seguiu poderia ter mudado completamente de rumo quando Igor Jesus endossou um passe espetacular a Savarino que, frente a frente ao goleiro atleticano dentro da grande área, não foi capaz de tocar acertadamente para o fundo das redes, deixando o guardião defender in extremis. Que me desculpe Savarino, mas um atleta da sua envergadura, mesmo não estando na sua melhor forma, não pode perder um gol desses numa competição desta natureza.

O Botafogo, que – segundo li – entrara melhor na partida, teve nova oportunidade aos 14’ quando Arthur quase inaugurava o marcador, não fosse a bola desviada no zagueiro para a linha de fundo.

Todavia, passado esse período de 15-20 minutos favorável a Botafogo, o Atlético começou a tentar jogadas ensaiadas, bastante perigosas, e que não resultaram porque no último momento os atacantes do Atlético não conseguiram dominar a bola atempadamente, embora tivessem ficado sozinhos na marca dos 11 metros.

Depois o jogo entrou numa toada dividida entre as duas equipes, com posse de bola ligeiramente superior para o nosso adversário, mas sempre com o Botafogo atento às transições, algumas delas bastante boas, mas as melhores foram parar a Savarino que atrasou o movimento, perdeu tempo em duas ocasiões de contra-ataque e a jogada gorou-se. A lentidão de decisão do último passe manteve-se a longo do 1º tempo e o Atlético acossou o Botafogo nos últimos 10 minutos do 1º tempo: aos 36’, grande oportunidade do Atlético resolvida in extremis por Barboza; aos 41’, a melhor oportunidade do adversário que passou rente a baliza.

No 2º tempo o Atlético começou melhor e aos 61’, num perigoso cruzamento, o Atlético falhou uma cabeçada que poderia ter sido fatal. Porém, o Botafogo respondeu aos 66’: cruzamento tenso de Cuibano na ala esquerda e Igor Jesu cabeceou para uma defesa espetacular de Oblak.

O Atlético manteve a maior posse de bola e aos 69’ tornou a ameaçar a nossa baliza, num período em que o Botafogo não conseguia manter a bola no seu ataque.

Ao aproximar-se o fim da partida o Botafogo conseguiu reter mais a bola e entre os 79’ e 80’ levou perigo à baliza atleticana. Logo depois o Atlético efetuou um remate às redes pelo lado de fora e o locutor gritou “Gol!” feliz da vida.

[À parte: já não me basta os locutores brasileiros a torcer contra o Botafogo; os locutores nos jogos internacionais torcem pelo Palmeiras ou pelo Flamengo e neste Mundial torcem claramente pelos europeus. Eu peço sempre imparcialidade, não favores, mas não me atendem. Felizmente nos últimos tempos todos têm ficado ‘agonizando’ com espinhas alvinegras cravadas na garganta.]

Desde os 75’ o Botafogo subiu ainda mais a marcação e o Atlético teve muitas dificuldades para criar mais perigo, até que aos 86’ houve um cruzamento rasteiro na área botafoguense e Cuiabano, em vez de cobrir o nosso lado esquerdo, ficou a meio da pequena área com os dois zagueiros e deixou Griezmann completamente livre para rematar facilmente para o gol da vitória espanhola. Como se pode deixar totalmente livre quase dentro da pequena área um jogador como Griezmann?...

Uma pena perder a invencibilidade num jogo aparentemente já controlado até a apito final, mas o futebol tem disto. Aliás, o Botafogo – embora Paiva o tenha compreensivelmente negado antes da partida – jogou com o regulamento debaixo do braço e em nenhum momento esticou a corda, já que tomar mais de dois gols contra o Atlético neste momento alto da equipe seria totalmente inesperado. Optou-se por gerir a partida e poupar forças para as oitavas-de-final.

Pontos fundamentais a melhorar para a fase de mata-mata: articular melhor a defesa, à semelhança do que fizemos no jogo contra o PSG, marcando severamente e não deixando os adversários progredir ou ficar livres dentro da área; nas transições rápidas acompanhar velozmente quem conduz a bola para preparar a receção do último passe para o gol. Foi por falha neste dois aspectos que não vencemos o Atlético de Madrid.

Além, evidentemente, de Gregore, uma vez mais, errar recebendo um cartão amarelo já nos acréscimos e desfalcar a equipe no próximo jogo – o que é bem complicado tendo em consideração que praticamente não dispomos de reservas à altura da equipe principal.

Porém, vale, evidentemente, e acima de tudo, o Botafogo ter superado admiravelmente o ‘grupo da morte’, porque o nosso alvinegro nunca gostou de coisas fáceis desde a sua fundação e é nas situações difíceis que “tua fibra está presente”!

Parabéns superlativos a todos! E… Obrigado!

FICHA TÉCNICA

Botafogo 0x1 Atlético de Madrid

» Gols: Griezmann, aos 86’

» Competição: Campeonato Mundial de Clubes

» Data: 23.06.2025

» Local: Estádio Rose Bowl, em Pasadena, Califórnia, E.U. América

» Público: 22.992 torcedores

» Árbitro: César Ramos (México); Assistentes: Alberto Morín (México) e Marco Bisguerra (México); VAR: Gustavo Tejera (Uruguai)

» Disciplina: cartão amarelo – Gregore (Botafogo)

» Botafogo: John; Vitinho (Mateo Ponte), Jair, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas e Allan (Newton); Artur (Santi Rodríguez), Igor Jesus e Savarino (Álvaro Montoro). Técnico: Renato Paiva.

» Atlético de Madrid: Oblak; Llorente, Le Normand, Lenglet e Javi Galán; De Paul (Koke), Barrios (Molina), Giuliano Simeone (Ángel Correa) e Gallagher (Griezmann); Julián Alvarez e Sørloth (Samuel Lino). Técnico: Diego Simeone.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Voz de Arnaldo Ribeiro - e que tal a surpresa, hem?...

Olhando incrédulo para a tabela do Grupo B. Fonte: Youtube ‘Bandsports’, captura de tela.

«Os três brasileiros pra mim têm totais condições de passar e o Botafogo tem pouquíssimas condições de passar. A não ser que ele apronte uma surpresa pra gente. […] Cada time está num estágio e o Botafogo tem dois europeus no grupo. Então ele tem dois desafios, embora a gente tenha visto vários jogos equilibrados, interessantes, não só de brasileiros mas de sul-americanos. […] E o Botafogo ele vai ter que… ou dois empates e uma combinação de resultados pode acontecer. O Botafogo pode passar sem vencer um europeu, dependendo de uma combinação de resultados, pode, mas vamos combinar que aí seria uma grande surpresa eliminar um europeu, mesmo sem vencer um europeu, nessa etapa.» – Arnaldo Ribeiro, in Bandsports.

Achado sobre o 107 do Botafogo: uma música que fala da poesia da nossa história

In Youtube, canal Caio Volpe, “Tua estrela solitária te conduz (Samba Botafogo 107 anos)”

Gentileza de DINALI | Coluna “Botafogo nisso!” | Colaborador do Mundo Botafogo

«Fiz um vídeo com diversas imagens em cima da letra que foi gravada pelo meu tio e amigos, em homenagem ao aniversário de 107 anos do fogão (12 de agosto). Espero que tenham gostado.» – Mensagem do compositor.

Tua estrela solitária te conduz

(Elias Bittencourt / Elcio Ferreira / João de Macedo)

Preparem os seus corações

Pro nosso Glorioso exaltar

Seus mitos, suas glórias

Sua vida, sua história

A emoção está no ar

Foi no Largo dos Leões

Garotos viram um facho de luz

Sonharam uma coisa bela

E até hoje a tua Estrela

Solitária te conduz

A tua estrela solitária te conduz

Tu és um clube de tradição

O que mais craques forneceu à Seleção (refrão)

O preto e branco é harmonia e perfeição

Até o escudo mais bonito é o do Fogão

Bola na cabeça do Heleno

Pode comemorar

Se o lance é aprender a jogar bola

A Enciclopédia vai ensinar, é Nilton Santos!

Didi capricha numa Folha Seca

Que chute magistral

Se tem mais um joão pra ser driblado

Mané Garrincha, Pernas-Tortas, genial

Gol de Jairzinho em cada jogo

Copa do Mundo assim jamais se viu

Depois do toque lindo do Maurício

Veio o Túlio Maravilha

Artilheiro do Brasil

Dia de jogo no Engenhão

Estoy muy loco e ninguém cala essa paixão (refrão)

Tem cavadinha, muita festa e vibração

Quero gritar: meu Botafogo é campeão!

Fonte:

https://m.youtube.com/watch?v=IxUsOwAZKMA&pp=ygUlQm90YWZvZ28gY2VudGVuw6FyaW

8gbcO6c2ljYSAxMDcgYW5vcw%3D%3D

Bruno Samudio: competência e cabeça certa dá convocação

 

domingo, 22 de junho de 2025

KÃOMEHAMEHA!

 

Botafogo protagoniza a vitória mais importante do século

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por REDAÇÃO JOGADA 10 | Excerto in www.correiobraziliense.com.br

«Allianz Parque desacreditado. Monumental de Núñez com dez jogadores desde os 30 segundos da final. Beira-Rio de ressaca. Rose Bowl contra o melhor time do planeta. O Botafogo vai ampliando o número de façanhas mastodônticas em menos de um ano. Todas em contextos de adversidades e do tamanho da grandeza do clube. Palmeiras, Mineiro, Internacional e, agora, o Paris Saint-Germain tombaram diante do Mais Tradicional. A lista não para por aí. O Flamengo levou de quatro no Estádio Nilton Santos. O Peñarol, cinco. O Fluminense perdeu os últimos oito jogos no Clássico Vovô. E pensar que, há cinco anos, o Glorioso estava a caminho da Série B, com R$ 33 na conta bancária e dirigentes aparecendo deitados em lives. Ainda houve um 2023 no caminho. Hoje, entretanto, o dono da América e do cinturão nacional encara o atual campeão da Champions League, sem medo, pelo Super Mundial de Clubes da Fifa. Inventem, portanto, proezas!

O triunfo do Botafogo sobre o Paris Saint-Germain por 1 a 0, em Pasadena, Los Angeles, é fruto de uma estratégia executada com perfeição. Dias antes, esta coluna pediu 11 espartanos atrás da linha de bola. Renato Paiva e os seus futebolistas sabiam contra quem jogariam. Fechar a casa, entregar a pelota ao adversário, ficar na defesa e jogar por um lance contra os franceses não era sinônimo de covardia ou falta de ambição. Pelo contrário. Consciente, o time do técnico português foi impecável ao neutralizar o rival. O PSG trocou passes de um lado para o outro sem incomodar o goleiro John, obrigado a trabalhar apenas duas vezes. Não houve amasso, pressão sobrenatural e zagueiro tirando em cima da linha. O jogo esteve controlado durante 95% do tempo para que o brutal Igor Jesus decidisse em um piscar de olhos. Sim, era aquele mesmo adversário que, em duas semanas, meteu 5 a 0 na Inter de Milão e 4 a 0 no Atlético de Madrid.

A atuação alvinegra na Costa Oeste deveria ser emoldurada, reprisada e exibida em cursos de grandes entidades esportivas. Uma aula de defesa, disciplina tática, inteligência e mentalidade forte

Leia o texto completo em https://www.correiobraziliense.com.br/esportes/2025/06/amp/7179396-botafogo-protagoniza-a-vitoria-mais-importante-do-seculo.html

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...