domingo, 28 de junho de 2009

Nas asas de uma aeronave…

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Pede-se a todos os leitores botafoguenses que avaliem bem a qualidade das decisões tomadas por um certo treinador de futebol, por um certo gerente de futebol, por um certo vice-presidente de futebol e por um certo presidente.

A ‘segundona’ espreita… A não ser que a quarta personagem coloque rapidamente nas outras três personagens velozes asas com voo direto para cafundós do Judas…

É certo que o ano seria sempre difícil para nós, considerando que seria fundamental equilibrar as finanças para que em 2010 pudéssemos, então, avançar com novas condições.

Nada a opor. O problema não são as dificuldades naturais a enfrentar, mas o modo absolutamente incapaz como estamos a fazê-lo… Precisa-se de aeronave que leve pelo menos os três primeiros senhores para bem longe de General Severiano!...

Ah!... Já agora, talvez possa ir juntamente o responsável do departamento médico, que admitiu que Reinaldo não estava a ser tratado ao mal que tinha em virtude de um diagnóstico errado… Percebe-se agora porque é que a ‘enfermaria’ do Botafogo virou hospedaria com quartos alugados ao mês, não é verdade?...

Mas creio que a quarta personagem, que comanda um clube amalgamado não o fará… Afinal, todos fazem parte de um conjunto... Aliás, um deles, demitido no ano passado de um clube que desceu de divisão, pretende realizar a notável proeza de um gerente de futebol bi-rebaixado Talvez o treinador parta, mas ficarão o presidente e outros dois que de futebol parecem saber muito menos do que eu – e eu sei tão pouco…

E enquanto eles não voam para cafundós do Judas, o nosso Botafogo inicia a submersão nas águas turbulentas da segundona… Note-se que chegam ao cúmulo de ainda não terem percebido a importância do horário nobre para os patrocinadores e deixaram que o Botafogo seja tão televisionado em horário nobre como o Santo André – sendo os dois clubes os menos privilegiados para jogar aos domingos…

Então… que os deuses te protejam, Estrela Solitária!... – que é o que os humanos exclamam quando são incapazes de alterar as coisas por si mesmos…

Ou, então, que a torcida tome providências radicais – por exemplo, não comparecendo aos jogos do Botafogo enquanto estes senhores insistirem em desempenhar os seus cargos de forma tão inepta.

12 comentários:

Fernando Lôpo disse...

Rui, excelente entrevista do Felipão em O Globo de hoje:

"PRIMEIRO CADERNO - 28/06/2009
Felipão abre o jogo num voo sobre o Atlântico Técnico fala sobre Dunga, Ronaldo x Rivaldo, Romário, Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Copa-2002, Uzbequistão...
Renato Maurício Prado

LONDRES. As mais de duas horas da escala em São Paulo foram um martírio de tédio e apreensão. Havia no rosto de todos os passageiros do voo para Londres uma indisfarçável tensão, causada pela expectativa de fazer praticamente a mesma rota na qual, semanas antes, ocorrera a tragédia com o Airbus da Air France.

Por isso, ao entrar no avião, tudo que eu queria era me acomodar logo na poltrona, para tentar dormir rapidamente, na esperança de driblar os sustos na hora das turbulências — rotineiras na área fatídica que iríamos sobrevoar.

Ainda procurava o meu lugar, quando dei de cara com Luiz Felipe Scolari, o nosso bravo Felipão — último técnico brasileiro a conquistar uma Copa do Mundo e também ex-treinador de Portugal (no Mundial da Alemanha) e do Chelsea.

— Você não estava indo para o Uzbequistão? — perguntei, enquanto buscávamos nossos assentos.

— Só vou no sábado (ontem). Antes tenho que passar em Londres, para apanhar a família — ia me explicando, à medida que caminhava pelo corredor da classe executiva.

— Qual é o seu lugar? — 1B...

— O meu é o 1A! Vamos lado a lado...

E assim fomos. Os melhores momentos de um papo animado, que se estendeu por todo o voo, é o que você confere a seguir, nesta coluna especial de domingo, obrigada a deixar o formato tradicional para ocupar uma página inteira, tantos foram os assuntos.

Ah, enfrentamos turbulência, sim. Mas a conversa estava tão animada que nem chegou a incomodar...

DUNGA E QUEIROZ: “Acho que o Dunga está indo muito bem. Começou um pouco inseguro, o que é natural, pois não tinha experiência. Mas foi se firmando e acredito que possa fazer uma boa Copa. O seu momento mais difícil foi às vésperas daquele amistoso no fim do ano, contra Portugal.

Curiosamente, aquela goleada de seis marcou o início da arrancada do Dunga pra cima e do Carlos Queiroz (técnico de Portugal, que substituiu Felipão) pra baixo... O Queiroz, aliás, está enfrentando os mesmos problemas que eu tive.
Portugal não tem um grande goleiro, nem um lateral-esquerdo decente, nem um centroavante que meta medo nos adversários. O Queiroz apenas trocou os que eu escalava por outros, mas as deficiências continuam. Tanto que já falam em naturalizar brasileiros, como o Bruno (goleiro do Flamengo) ou o Liedson (centroavante do Sporting).

Mas há uma resistência muito grande da Federação, da imprensa e dos próprios jogadores. Não creio que seja possível. E Portugal vai ter que penar para se classificar.

Ah, ainda sobre o Dunga, há uma peça que considero fundamental no sucesso do seu trabalho: o Jorginho! E nem é tanto pelo fato de já ter sido técnico, mas por conseguir dar ao Dunga um equilíbrio que dificilmente ele teria, caso estivesse sozinho, ou com um outro assessor que não fosse tão próximo e mais calmo. Se não houvesse o Jorginho, o Dunga, com certeza, já teria explodido e mandado tudo — e todos — pro inferno!”

Fernando Lôpo disse...

RONALDINHO GAÚCHO: “Não sei se o Ronaldinho Gaúcho vai voltar à seleção. Pra mim, antes de mais nada, ele precisava perder quatro ou cinco quilos, voltar a treinar e a jogar com a vontade e a gana que tinha na seleção, antes e durante a Copa de 2002 e nos seus primeiros anos de Barcelona. Com a saída do Kaká, ele tem uma boa oportunidade de mostrar que é capaz de liderar o Milan. Mas precisa emagrecer e recuperar o tesão pela bola”.

RONALDO X RIVALDO: ““Quem foi o jogador mais importante da Copa de 2002? Rivaldo, disparado! O Ronaldo foi espetacular, fez gols decisivos e tudo mais, mas o cara que desequilibrou mesmo foi o Rivaldo.

Rivaldo e Ronaldo tinham uma briguinha particular, naquela seleção. Um queria sempre fazer mais gols que o outro. Por isso, muitas vezes não passavam a bola, mesmo quando esta era a melhor opção para o time. Um dia, perdi a paciência, chamei os dois, tranquei no vestiário e disse: ‘Ou vocês acabam de vez com essa frescura, ou vai jogar um só. E eu ainda não decidi quem será!’. Falei e fui me embora. Deixei os dois trancados lá dentro. Aí o Rivaldo virou-se pro Ronaldo e disse: ‘Olha, é melhor a gente se ajeitar mesmo. Esse cara é maluco e é capaz mesmo de barrar um de nós dois!’. E acabou de vez aquela bobajada.

Acho que o Rivaldo poderia ter disputado a Copa de 2006. Nem que fosse pra entrar de vez em quando, acredito que tivesse condições de colaborar. Ele jogava muito! E até hoje, ainda que sem a mobilidade de outros tempos, é o craque do time, no Uzbequistão.

Ronaldo é fora de série. Você vê: mesmo estando uns sete ou oito quilos acima do peso com que jogou a Copa de 2002 (e que já era dois quilos acima do seu ideal), ele ainda faz a diferença na hora da verdade. Os gols que marcou nas finais do Paulista foram típicos de um extra-classe. E, no primeiro jogo das finais da Copa do Brasil, contra o Inter, a mesma coisa.

Se ele perder uns quatro quilos, nem tem o que discutir. Tem que ser convocado e jogar a Copa! Ele é o tipo do cara que só de olhar, o adversário já treme”.

Fernando Lôpo disse...

ROMÁRIO: “Romário também era assim. Só não o levei na Copa de 2002 porque ele traiu a minha confiança. Foi depois da Copa América, em que perdemos até do Panamá ou de Honduras, não me lembro, e eu estava por um fio. Eu e o time precisávamos do apoio dele naquela hora e aí surgiu a história da tal operação no olho: num primeiro momento, me conformei, afinal, tratava-se de um problema de saúde. Mas, depois, o que eu soube? Que ele não ficou de repouso coisa nenhuma: foi fazer amistosos com o Vasco, pra ganhar uma grana em dólares. Aí, perdi a confiança nele e ele perdeu a Copa.

O presidente Ricardo Teixeira nunca me pediu pra convocar o Romário. Houve apenas uma ocasião em que ele me chamou pra almoçar e disse quais eram, em sua opinião, todos os prós e contras da convocação do Baixinho. Disse e completou: ‘Mas a decisão é sua! O que você decidir, está decidido. Vou te apoiar. Mas se você perder a Copa, vai ter que se explicar com a torcida’. E eu banquei a não convocação.

Depois dessa conversa, houve um momento em que cheguei a balançar. Foi quando o Romário foi pra frente da TV chorar e dizer que queria disputar o seu último Mundial. Depois dele, falou a sua mãe, que também chorou e defendeu que o filho merecia ser convocado e estava sofrendo por estar fora da seleção. Eu já estava emocionado e quase voltando atrás, quando entrou em cena o Eurico Miranda, falando um monte de barbaridades, me xingando disso e daquilo e fazendo ameaças! Aí percebi que era tudo um circo armado pra me pressionar e desisti, definitivamente, de levar o Romário.

No lugar de quem ele jogaria, se não tivéssemos tido problemas? Muito provavelmente no do Kleberson. A defesa já estava bem arrumada, com os três zagueiros (Lúcio, Roque Júnior e o Edmílson) e ainda tinha o Gilberto Silva, em grande forma, como cabeça-de-área. Eu tiraria o Kleberson, recuaria o Ronaldinho Gaúcho e o Rivaldo um pouquinho mais e o Romário e o Ronaldo fariam a festa na frente. O maior problema seria convencer o restante do time de que teríamos um jogador (o Romário) que correria bem menos que os outros... Mas se ele compensasse isso com gols, acho que não haveria problema”.

KAKÁ E CRISTIANO RONALDO: “O Kaká é um jogador raro em todos os sentidos. Pelo que faz em campo e fora dele. É uma joia rara, esse rapaz. Coisa muito difícil de se encontrar hoje em dia. Com toda a fama e o dinheiro que já ganhou, merecidamente, continua a se empregar em campo como se fosse um juvenil. Corre, dá carrinho, pique de quarenta metros, o diabo. E ainda faz gol! Tenho certeza de que o Kaká e o Cristiano Ronaldo vão se dar muito bem, juntos, no Real Madrid. O Cristiano não tem a nada ver com aquela imagem de marrento que todos têm dele. Aposto que ambos serão grandes amigos. Eles têm temperamentos diferentes fora de campo (o Cristiano gosta de badalar e o Kaká é mais caseiro), mas vão se entrosar perfeitamente.

O problema do Real Madrid é o Raúl. Ele já é um veterano mas continua a ser o ‘dono’ do vestiário. E ai de quem ele não gosta. Inclusive, o técnico...”

Fernando Lôpo disse...

QUEM MANDA HOJE: “Os verdadeiros donos do futebol, hoje em dia, são os jogadores. São eles que decidem tudo. O técnico, na maioria dos grandes clubes europeus, não tem mais força para contrariá-los. Quem os clubes vão preferir mandar embora? Os astros, que ganham de 4 a 9 milhões de euros por ano — com contratos de até cinco temporadas — ou os treinadores? Claro que os demitidos serão sempre os técnicos. E os principais jogadores já perceberam isso e só fazem o que bem querem.

Esse foi o meu maior problema no Chelsea. O Drogba, o Ballack e o Cech não aceitavam os meus métodos de treinamentos nem as minhas exigências. E aí, tome de história: o Drogba apareceu com uma contusão muscular e disse que precisava passar dois meses em tratamento, EM CANNES!!!! E o Ballack, alegando dores crônicas na sola do pé, fez o mesmo, em COLÔNIA! Com o Cech, o problema foi outro. Ele tinha um treinador de goleiros só pra ele e fui contra isso. Ora, o treinador de goleiros tem que treinar todos os goleiros do grupo, não um só. Ele ficou furioso e passou a me tratar friamente.

E, no ambiente do vestiário, logo ficou claro que eu tinha uma oposição muito forte. E que acabou apoiada pela diretoria. Por mim, nunca mais trabalho no futebol inglês. E acho que eles terão muitas dificuldades, a partir do ano que vem. Mudou a lei do Imposto de Renda, que já era alto (40%) e agora ficou meio a meio. Ou seja, para pagar 1 milhão de euros a um jogador, qualquer clube inglês terá que desembolsar 1,5 milhão de euros. Vai ficar uma competição desigual. A Espanha só cobra 20% e a Turquia cobra apenas 12%”.

LEONARDO E O MILAN: “Acho que o Leonardo vai enfrentar uma pedreira e tanto no Milan. O time está velho, cheio de figurões que jogam mais com o nome do que com o preparo físico e não sei se o Leonardo conseguirá enquadrá-los. Até porque chegou a jogar com alguns deles que ainda o veem como colega...”

Fernando Lôpo disse...

PORQUE NÃO VOLTOU: “No dia da final da Copa de 2006, entre Itália e França, o presidente Ricardo Teixeira me ligou, querendo conversar sobre a minha volta. Marquei um encontro em Barcelona, mas quando falei com a minha família, todos foram contra. Meu filho mais velho disse que não voltaria, pois estava no último ano da faculdade; minha mulher falou que nem queria pensar nisso e que eu seria louco de voltar, depois de ter conseguido sair como campeão. Para não brigar com a família, acabei ligando para o Ricardo e desmarcando o encontro e abrindo mão do convite. E ele foi atrás do Dunga”.

PORQUE SAIU: “Quando voltei da Copa da Coreia e do Japão, ainda não tinha decidido sair da seleção. Ao contrário, se a CBF tivesse aceitado minhas sugestões, teria ficado. Eu queria mais ingerência nas seleções de base. Queria que meus auxiliares (o Murtosa e o Carlão) acompanhassem os treinos e os principais torneios sub-20 e sub-18, para que pudessem me avisar do potencial que a garotada tinha, para substituir alguns dos campeões do mundo — que eu já sabia, não teriam como chegar bem em 2006 (como não chegaram).

Eu queria, também, dirigir o time olímpico do Brasil, em Atenas, mas aí o Ricardo foi frontalmente contra, alegando que já tivera problemas com isso, quatro anos antes, com o Vanderlei. Aí, olhei pra ele e perguntei: ‘Ricardo, se você fosse eu, dentro das circunstâncias em que estamos discutindo, você ficaria ou sairia?’. E ele disse: ‘Eu sairia’. E foi o que fiz, imediatamente. Mas saí numa boa, sem ressentimentos. Mesmo”.

COPA NO BRASIL: “Treinar o Brasil na Copa de 2014? Deus me livre! Esse vai ser a pior Copa para qualquer treinador brasileiro. Ninguém vai aceitar outro resultado que não seja o título. Ninguém admite passar outra vez por uma frustração como a de 1950. Pobre técnico... Tô fora!”

UZBEQUISTÃO: “Meu contrato com o Uzbequistão é de um ano e meio, mas a cada seis meses, vamos sentar e discutir. E tanto da parte deles, como da minha, podemos decidir não continuar. Ou seja: estou indo agora e daqui a seis meses decido o que vou fazer. Eles estão querendo que eu assuma também a seleção, mas isso ainda não está certo. O Rivaldo, que é o craque do nosso time, me garantiu que dá pra fazer um trabalho legal, pois conhece o time sub-20 do país e me disse que há vários garotos bons de bola, com futuro pela frente se forem bem trabalhados.

Aliás, o Rivaldo, um nordestino, quem diria, virou fã de chimarrão. Casou com uma curitibana, que o ensinou a tomar a erva-mate. Por isso, ele me ligou, encomendando três quilos! Estou levando seis. Três pra ele e três pra mim!”

Fernando Lôpo disse...

PLANOS PARA O FUTURO: “Vou voltar ao Brasil dentro de um ano e meio, dois anos. Aí, trabalho mais uns dois, como técnico e chega! Mudo de função ou me aposento. Chega de discutir com bandeirinha, à beira do campo. O Palmeiras queria que eu assinasse, já, um pré-contrato para quando voltar ao Brasil! Agradeci, mas não aceitei. Quando voltar, quero estar livre, para decidir o que for melhor na ocasião. Houve um dirigente do São Paulo que também ligou para o meu empresário, querendo o meu telefone. E isso foi um pouco antes de demitirem o Muricy. Mas também não quis papo, pois já tinha assinado com o Uzbequistão.

OS NOVOS TÉCNICOS: “Dos novos técnicos, gosto muito do Mano Menezes. E vejo futuro no Vagner Mancini e no Dorival Júnior. Mas estes precisam de uns três anos de bons trabalhos, para se firmar entre os maiores, como o Vanderlei, o Muricy, o Autuori...

Técnica e taticamente, o Vanderlei é o melhor. Mas costuma misturar muito as coisas dentro e fora de campo. Eu não consigo engolir essa história de o treinador querer ganhar comissão em cima de atletas que ele revelou ou indicou e depois foram vendidos. Isso é uma situação muito complicada. E dá margens a milhares de insinuações. Nunca fiz, nem faria. E acho que o Vanderlei também começou a se preocupar muito com outras coisas, como a tal ”universidade“ (o Instituto Vanderlei Luxemburgo) que lançou etc. Se ele se concentrasse apenas naquilo em que é o melhor, certamente, teria ainda mais sucesso. Mas essa é apenas a minha opinião. Ele é maior de idade, bem-sucedido, faz o que quiser”

Fernando Lôpo disse...

Gostaria de saber sua opinião especialmente sobre as opiniões dele sobre o futebol europeu. Disso que ele falou, só o que eu realmente já sabia é desse problema do Raul no Madrid.

Ele foi explícito sobre os problemas com determinados jogadores do Chelsea, sobre o fato dos jogadores lá estarem mais cientes de que podem derrubar técnico, dos problemas da seleção portuguesa e levantou esse assunto interessante do imposto de renda inglês.

Muga disse...

Prezado Rui,
a prova cabal da suprema incompetência desses amadores que dirigem o Botafogo
é quando trouxeram de volta os PIORES jogadores? do ano passado:Juninho e Lúcio
Flávio.Este rapaz,faz juz ao apelido que o escritor José Louzeiro deu ao seu xará:"O
passageiro da agonia"(a nossa agonia).É triste sabermos da certeza do rebaixamento.
Esse é sem dúvida nenhuma o pior time da nossa gloriosa história.Esse Leandro Guerreiro
como zagueiro é brincadeira.Teco,Reinaldo e Michael jogarão algum dia?Para que esse
Engenhão? Deveriam é devolver esse estádio que só tem beleza a prefeitura,já que nem
parece ser do clube.Contra o Atlético-MG o time deverá ser o mesmo do vexame contra
o Goiás pois o nosso professor certamente irá "dar moral" aos muquiranas.Como fez com
o Emerson contra o framengo e deu no que deu.

Ruy Moura disse...

Excelente, meu querido amigo! Obrigado!

Acho a entrevista muito clarividente, exceto no que diz respeito ao tempo do Chelsea. Claro que o Scolari defende-se, como todo mundo costuma fazer quando se trata de si próprio, mas o maior problema é que ele não falava inglês. Sabendo-se que o ponto forte dele não é a capacidade técnica, mas a capacidade de comando, para motivar uma equipa, fazer chegar a emoção até eles, precisa dominar completamente o inglês. Não foi aprender o suficiente, entrou com os seus modos rudes e pouco modernos e os jogadores reagiram.

O Mourinho esteve lá, é muito mais autoritário do que o Scolari, fez coisas muito piores ao jogadores, e ganhou o bicampeonato logo nos dois primeiros anos.

Mas o Mourinho aprendeu a falar inglês fluentemente e dirige com modernidade, enquanto o Scolari parece um velho ditador sul-americano. E quando o Mourinho foi para o Internazionale, onde tornou a ser campeão na 1ª época (acontecera no Porto e no Chelsea), aprendeu italiano e só falava em italiano. À impensa portuguesa disse que entrevista só em italiano, que era para não se confundir durante o tempo de aprendizagem. Mourinho pertence a um 'autoritarismo moderno'. O Scolari a um 'autoritarismo antigo'.

Mas o maior problema foram as capacidades pessoais de Scolari não poderem ser realçadas por causa da língua. Eu previ que faria apenas uma época no Chelsea logo quando ele partiu, mas enganei-me: durou apenas seis meses porque o russo não brinca em serviço. O Chelsea mudou logo de comportamento e passou a ganhar, porque mesmo no início do Scolari, quando o Chelsea ganhava era sempre muito apertadinho...

Ele só devia treinar povos latinos. E por mim devia estar à frente da seleção portuguesa em vez do fiasco que Carlos Queiroz sempre foi - entre ambos, sou anti-Queiroz e pró-Scolari. Ao contrário do que o Scolari diz, o Queiroz perde não apenas porque falta jogadores, mas porque não sabe tirar partido dos que tems e engendra esquemas táticos impensáveis.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Entre os brasileiros e os europeus há diferença simportantes. Por exemplo, os ingleses ostam de futebol rápido e bola tocada para a frente, sempre. Em Espanha os torcedores exigem futebol eficaz, mas bem jogado, com esquemas técnicos a realçar a squalidaes dos jogadores. No Brasil gosta-se do espetáculo. Um lençol, um drible, um olé, são coisas muito apreciadas que os europeus não gostam tanto como os brasileiros.

Esabemos que os estilos de futebol são, hoje, dominados pelo gosto das torcidas. O Brasil não sai das suas inconsistência státicas, e as equipa slevam muitos gols, porque a torcida gosta de futebol de ataque com dribles e outras coisas, mesmo que as defesas sejam um desastre (Cuca é especialista nisso...).

Na Europa os esquemas táticos são muito importantes, e Scolari não é um bom taticista. Penso que ele é mediano tecnicamente, e a sua fortaleza é a conversa, a convicção e a capacidade de motivar. Isso é bom com latinos, mas não faz o gosto dos nórdicos nem dos europeus da Europa Central (Inglaterra, Alemanha, Holanda, Suécia, etc.).

Não gostei que ele fosse para o Usbequistão, mas como tem lá o Rivaldo e é um país asiático, e pouco moderno, pode ser que tenha sucesso. Na Europa não latina creio que Scolari nunca será um treinador com resultados.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Querido amigo Muga, creio que o Juninho e o L. Flávio são apenas um de muitos problemas gerados por esta administração. A contratação de jogadores foi sempre péssima: ou valiam muito pouco como jogadores, ou estavam contundidos. Por outro lado, o André Silva confessou não saber de futebol, e o A. Barros foi demitido do Figueirense já com a 2ª divisão quase garantida. O Ney Franco é um flop como pessoa e um técnico com alguns atributos, mas se tiver um jogador como o Maicosuel, porque senão é um treinador a maior parte das vezes vulgar. Os jogadores fazem e dizem o que querem.

Estratégias de gestão?... Um Fundo de investimento que afinal não investe em coisa nenhuma de jeito e parcerias com clubes com a corda na garganta: Brasil de Pelotas, Botafogo, América... Pacotes e medidas de aproximação dos torcedores?... Um fiasco...

E por agora calo-me porque fico meio transtornado ao falar desta gente.

Abraços Gloriosos!

Fernando Lôpo disse...

Olá Rui.

Acho que finalmente conseguir resolver os problemas de antivirus aqui do meu computador, e espero que em definitivo. rsrsrs

Sobre seus comentários, gostei muito. A comparação com Mourinho é excelente. Até por uma questão de respeito o cidadão deve aprender a língua do país para onde vai ser muito bem remunerado. Além de ajudar no trabalho em si.

Concordo que apesar de nossas críticas a ele é uma pena que tenha ido se esconder no Uzbequistão. Seria legal se continuasse em um grande centro europeu, até por suas características diferentes. Quem sabe não fizesse um bom trabalho num time médio da Espanha, como um Sevilla, por exemplo.

E sobre essa cultura local do futebol, creio que se um dia realmente vingar a regra do 6+5 seria muito interessante para que os clubes passassem a refletir o estilo de jogo e a cultura de futebol do local. É difícil dizer que um time inglês que não tenha ingleses joga um futebol inglês.

Antes era mais fácil identificar o futebol defensivo e de marcação da Itália, mecanizado da Alemanha, objetivo da Inglaterra, leve da Espanha e assim por diante.

Hoje é um pouco mais difícil, embora algumas coisas ainda se conservem.

Abraços.

Botafogo Campeão Metropolitano Sub-12 (todos os resultados)

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