domingo, 20 de junho de 2010

Sporting: muitos títulos, sempre!

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I – Campeão de futsal

A final do campeonato de futsal em Portugal é feita à melhor de cinco e tem que haver um vencedor em cada jogo (é campeão quando uma equipa vencer o seu 3º jogo). O Sporting sagrou-se campeão após quatro jogos fantásticos de competitividade (assisti a todos), batendo o Benfica, que recentemente conquistou o título de campeão europeu da modalidade.

Em casa, no fim-de-semana passado, o Sporting venceu por 4x3 e perdeu por 4x3. Neste fim-de-semana, na casa do Benfica, o Sporting empatou 4x4 após prolongamento e o vencedor decidiu-se em grandes penalidades (10x8) favoráveis ao Sporting. Com duas vitórias e uma derrota, bastava ao Sporting ganhar o quarto jogo para ser campeão nacional. E venceu no prolongamento por 5x3, fazendo explodir o pavilhão benfiquista de alegria perante a surpresa dos adversários.

Os benfiquistas estavam absolutamente convencidos que venciam os dois jogos em casa e conquistavam o título. O treinador declarou que eram os melhores. Durante o campeonato todos diziam que o Sporting não chegaria ao 3º lugar, depois disseram que não chegaria ao 2º e, por fim, garantiram que não chegariam ao 1º. Chegaram, foram às finais e conquistaram brilhantemente o título de campeão nacional.


II – Campeão de futebol júnior

O Sporting sagrou-se tricampeão português de futebol júnior. A supremacia do trabalho realizado pela Academia do Sporting – considerada internacionalmente a mais bem apetrechada do mundo – é patente na conquista de cinco dos últimos seis campeonatos nacionais de juniores.

Os resultados dos juniores nos últimos anos evidenciam claramente a importância da Academia. Entre 1938-2003 o Sporting conquistou dez títulos nacionais e nos últimos seis anos (2005-2010) conquistou cinco títulos – 1/3 do total!

Telmo Costa, treinador campeão, comentou a façanha: “Estamos muito felizes, mas o mais importante na formação do Sporting não é ganhar campeonatos, mas sim formar jogadores que possam, a curto/médio prazo, entrar na equipa principal do clube. Penso que conseguimos fazer as duas coisas e por isso estamos muito satisfeitos. Gostaria de dedicar esta vitória a todos os jogadores, porque fizeram uma época excepcional e a uma pessoa muito especial, o meu pai, que é o sócio do Sporting número 2279 e que daqui a pouco tempo se tornará sócio cinquentenário”. – Portanto, os títulos das bases são considerados complementos saborosos do trabalho realizado para o médio prazo em prol da equipa principal.

Os melhores jogadores portugueses dos últimos quinze anos foram revelados na Academia, que forjou a formação dos dois únicos futebolistas portugueses que conquistaram os títulos de ‘melhor jogador do mundo’: Luís Figo e Cristiano Ronaldo. Além de terem sido revelados Nani, Simão Sabrosa, Miguel Veloso, Hugo Viana, João Moutinho, etc.


III – O treinador da nova temporada

Entretanto, o Sporting prepara uma nova época. Há um ano o presidente era outro, o treinador era outro e o diretor de futebol era outro. A renovação chegou após quatro anos de vice-campeão nacional e um fracasso na época passada que afasta o Sporting da Liga dos Campeões em 2010.

A linguagem dos novos dirigentes é muito interessante. O presidente, José Eduardo Bettencourt, que é remunerado para poder assumir o Sporting a tempo integral, fala claro e acompanha o Sporting a passo e passo, modalidade a modalidade. O treinador de futebol, Paulo Sérgio, com 42 anos e sem títulos ainda, mas com desempenhos interessantes em início de carreira, declarou que vive a “pensar em futebol” e não gosta de “meias palavras”. ‘Grupo’ é a palavra mágica dele.

Diz-se que é um líder organizado, metódico, perfeccionista, mas também humilde e corajoso, dono de forte caráter e disciplina férrea. Também é obsessivo no cumprimento de objetivos difíceis: um dia, devido a uma aposta, integrou um grupo de forcados e entrou na arena fardado a rigor para pegar um toiro; há cinco anos fez 500 quilómetros de bicicleta para cumprir uma promessa no Santuário de Fátima.

Paulo Sérgio afirma que “os treinadores não têm idade, têm competência” (aludindo á sua juventude). O treinador estuda antecipadamente cada adversário nos últimos seis a oito jogos, contando para isso com uma equipa de cinco adjuntos.

Taticamente, a dinâmica é um valor central, superando a tática, que é normalmente flexível. As suas equipas desdobram-se do 4x3x3 para o 4x2x3x1 (recuo de um segundo meio campista) ou para o 4x4x2. A sua novidade para o Sporting é que pretende ter extremos, reeditando o futebol dos pontas a cruzarem da linha de fundo e não alas improvisados de atacantes entrando em diagonal para o miolo da área.


IV – O novo dirigismo sério e rigoroso

Quanto ao diretor de futebol, a novidade parece ainda ser maior. Costinha encerrou a carreira de futebolista aos 35 anos e enveredou imediatamente pelo dirigismo no seu clube de coração. Rejeitou uma proposta para adjunto de Mourinho, considerando que tem mais perfil de dirigente. É chamado de ‘Ministro’ pela sua postura.

Quando tomou posse, Costinha prometeu tornar o Sporting um clube diferente do que é: “O clube vai mudar, vai ter mais rigor e maior contenção na informação. Vai começar a ser gerido dentro de quatro paredes por poucas pessoas”. E acrescentou: “Os jogadores que jogarem aqui não podem estar a pensar em sair”.

Logo à sua chegada protagonizou uma cena com Izmailov, que achou estar a proteger-se em excesso e prejudicando a equipa alegando dores. Costinha afastou o russo do estágio e depois do jogo assumiu-se: “O nós está acima do eu. Afastei-o do estágio depois de ouvir todas as partes. Caneira, Pedro Silva e Pedro Mendes vão lá para dentro e dão tudo mesmo com dores”. Então, comunicou ao vestiário que o russo não voltaria a jogar no Sporting devido a faltas injustificada aos treinos.

Pouco depois, antes da contratação de Paulo Sérgio, o Sporting acertou oralmente com um jovem treinador que foi adjunto de José Mourinho – e que é considerado o Mourinho II –, mas ninguém confirmou publicamente o acordo por questões éticas para com o ainda treinador do Sporting, Carlos Carvalhal. Quando praticamente o novo treinador iria assumir o Sporting, a comunicação social inquiriu-o sobre a sua relação com o Sporting e ele respondeu: “Isso é tudo uma palhaçada!” Costinha simplesmente foi à procura de outro treinador, porque não admite que alguém fale das relações do Sporting nesses termos. O jovem treinador tentou emendar a frase, voltando as culpas para a comunicação social. Mas com Costinha não há brincadeira de diz-e-desdiz, o Sporting é ‘nós’ e está acima das banalidades da conversa mole e dos comportamentos enviesados. E Paulo Sérgio foi a alternativa.

Simultaneamente. Costinha foi um importante protagonista nas últimas contratações, uma das quais o internacional Maniche, que pretende concretizar um sonho antigo e envergar o ‘manto’ do seu clube de coração. E novas contratações são prometidas para mudar a face da equipa e renová-la.

Em cada passo, Costinha assume a responsabilidade dos seus atos. Explica com clareza os acontecimentos e assume publicamente as decisões tomadas. Se porventura alguém o considerar um déspota, creio que será um ‘déspota esclarecido’. Dos bons e p´ra valer!


IV – Pré-Temporada

Desde há 7 anos que o Sporting não tem uma preparação forte fora da Academia. Este ano são vários os ‘testes de fogo’. O Sporting fará 10 jogos de preparação que incluem defrontar Manchester City, Tottenham, Lyon, Paris Saint-Germain, Nice, Celtic Glasgow, entre outros.

O objetivo desta pré-temporada é começar o campeonato com um elevado índice competitivo desde o primeiro compromisso oficial.

Fotos: A Bola e Sítio Oficial do Sporting

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