segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Jogos inesquecíveis: Botafogo 2x2 Peñarol

Os campeões da Copa Sul-Americana Conmebol em 1993 – William, Perivaldo, André, Cláudio, Clei (Eliomar), Nelson, Suelo, Alesio (Marco Paulo), Marcelo, Sinval, Eliel. Técnico: Carlos Alberto Torres.

Só em 1993, mesmo com toda a fama e reconhecimento ao redor do mundo já existente, o clube finalmente conquistou o seu primeiro título internacional oficial.

Apesar do time considerado tecnicamente fraco, o Botafogo ganhou a Copa Conmebol (actualmente representada pela Copa Sul-Americana, uma das mais importantes competições do futebol sul-americano) contra o poderoso Peñarol.

Na final o Botafogo empatara o primeiro jogo em 1x1. Na segunda mão o Peñarol saiu na frente, mas o Botafogo empatou aos 52’ por intermédio de Eliel. Cobrando falta à entrada da área, um pouco para a direita, um chute direto de Eliel empata a partida.

Aos 68’ Sinval vira o placar. Numa falta de longe, a bola é empurrada para Sinval, num toque de meio metro. O atleta dispara um sensacional balão que enconre o goleiro e coloca o Botafogo à frente do marcador.


Porém, para que a conquista fosse bem disputada, como é costume acontecer com o Glorioso, o Peñarol empatou a partida ao baixar do pano. A disputa foi para grandes penalidades, e o Botafogo foi campeão com uma vantagem de 3x1 (Suélio, Perivaldo e André Santos), tendo a última bola do jogo sido defendida de raspão pelo goleiro botafoguense, batido na trave esquerda da baliza e… saído! Botafogo campeão!

O Botafogo alinhou com William, Perivaldo, André, Cláudio, Clei (Eliomar), Nelson, Suelo, Alesio (Marco Paulo), Marcelo, Sinval, Eliel. O técnico foi Carlos Alberto Torres e o artilheiro da Copa, Sinval com oito gols.

Essa conquista foi o corolário de um ano muito importante para o Botafogo, o qual potenciou os excelentes anos que se seguiram com conquistas a nível nacional, interestadual e estadual até 1998.

Efetivamente, 1993 foi também o ano de devolução da sede de General Severiano. No dia 8 de Fevereiro de 1993, o prefeito, César Maia, botafoguense confesso, assinou, trajado com a gloriosa camisa alvinegra, o ato de devolução da sede ao Botafogo, coroando uma luta dos torcedores botafoguenses.

A campanha tomou vulto graças a um lema criado pelo então já ex-presidente Carlito Rocha, que faleceu em 1981, não tendo visto o retorno do alvinegro às suas origens. Caminhando pelo matagal em que havia se transformado o antigo estádio de General Severiano, disse: - “Aqui, vejo sangue, suor e lágrima dos botafoguenses.”

Era o estímulo que faltava. No dia 9 de Janeiro de 1987, a torcida, munida de faixas e cartazes, fez uma manifestação em frente ao Palácio da Cidade, pressionando o então prefeito da cidade, Saturnino Braga. Seis anos depois o esforço concretizava o sonho.

Uma das melhores maneiras de traduzir o que representava este retorno está nas palavras do jornalista botafoguense Roberto Porto: “O Botafogo retornou a seu inalienável território. E que fique em General Severiano por toda a eternidade”.

Formalizadas as obras de recuperação e criação de um belo complexo poliesportivo, já sob a presidência de Carlos Augusto Montenegro, que foi um dos responsáveis pelo histórico retorno do alvinegro às suas origens, o Botafogo de Futebol e Regatas inaugurou-o no dia 8 de Dezembro de 1995.

Porém, ainda em 1994, o alvinegro perdeu para o São Paulo, campeão da Copa Libertadores de 1993, o título da Recopa Sul-Americana, numa partida no Japão em que perdeu por 3x1. Mas em 1995 o Botafogo conquistou o seu primeiro Campeonato Brasileiro, desde que passou a ser organizado pela CBF em 1971, com uma equipa onde alinhavam o ídolo Túlio Maravilha, Gonçalves, Donizete, Sérgio Manoel, Wilson Gottardo e Wagner, entre outros.

Destaca-se também a atuação do técnico Paulo Autuori, que guiou o alvinegro na sua conquista contra o Santos.

Neste ano, graças ao carisma de Túlio, que foi artilheiro dos Campeonatos Brasileiros e Carioca de 1994 e 1995, houve um elevado crescimento de torcedores do clube que não se via há muito tempo. Túlio teve três passagens pelo clube: de 1994 a 1996, em 1997 (quando retornou de uma passagem sem sucesso pelo Corinthians e Vitória) e em 1999.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)

7 comentários:

Júlio Melo disse...

Eu acho que quem ganhou esse título aí foi o "Capita" de fora como técnico, não foram os jogadores não... hehehe

Se eu me lembro bem esse jogo aí não passou na tv e só a Rádio Tupi-RJ transmitiu a partida. Ninguém nem sabia o que era Copa Conmebol.

Mas o que valeu mesmo foi a consquista de um título sulamericano.

A volta para a sede em General Severiano foi o resgate da própria história do clube.

Boa semana

Anónimo disse...

Bom dia.

Fica difícil com uma imprensa assim, com grafia Suelo, Alesio e Marco.

William Bacana, Perivaldo, André Santos, Cláudio Henrique, Clei (Eliomar), Nélson, Suélio, Aléssio (Marcos Paulo), Marcelo Costa, Sinval, Eliel. Técnico: Carlos Alberto Torres.

Saudações Alvinegras

Ruy Moura disse...

Quan do as equipas são medianas, Júlio, o técnico é fundamental. AO contrário, quando as equipas são boas, os técnicos contam menos (as duas últimas conquistas mundiais do Brasil foram, em minha opinição, devidas aos jogadores, não aos técnicos).

Hoje em dia, com o nivelamento técnico, creio que os treinadores tornam-se fundamentais.

Excelente semana para si também, Júlio. Eu gosto da semana do Natal porque a família reune-se. É muito gostoso.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Nunca se sabe ao certo o nome, Pedro. O Lúcio Flávio é escrito em todo o lado Lucio Flavio. Fazer o quê se o próprio povo e os registradores de nomes comem os acentos? Por outro lado, o povo põe acentos onde não deve.

Confesso que para termos esse rigor todo é necessário ter em mãos todos os registros de nascimento dos milhares de jogadores que fazem parte das fichas técnicas que pululam em toda a Internet.

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Com certeza não é Suelo, Alesio e Marco.

William Bacana, Perivaldo, André Santos, Cláudio Henrique, Clei (Eliomar), Nelson, Suélio, Aléssio (Marcos Paulo), Marcelo Costa (também pode ser Marcelo Carioca), Sinval, Eliel. Técnico: Carlos Alberto Torres.

Quanto ao acento, exemplo: Lúcio Flávio, eu coloco, mesmo sabendo que foi registrado sem. Ele é obrigado a escrever sem , eu não.

Corinthians (inglês) ou Coríntians (português).
Wagner ou Vágner
Sílvio ou Sylvio
Walter ou Válter
Luiz ou Luís

Saudações Alvinegras

google disse...

Amigo Rui,

Foi uma grande conquista; com jogadores medianos....mas, sabe que este troféu não se encontra em nossa gloriosa sala??? E mais, não só este como vários outros!?!?!?!

Abraços!

Ruy Moura disse...

Não sei não, Sérgio. Onde estarão? Em tempos, a Taça de 1989 esteve abandonada e o cupim devorou a base. A atual base é nova. Existirão as que não fazem parta da galeria?

Abraços Gloriosos!

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