quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Jogos Inesquecíveis: a Taça Brasil de 1968


por Auriel de Almeida
Pesquisador do Botafogo

A Taça Brasil de Futebol foi criada pela Confederação Brasileira de Desportos em 1959. Disputada em sistema eliminatório pelos campeões estaduais, definia o representante brasileiro na Taça Libertadores da América no ano seguinte.

De 1960 a 1965 os representantes brasileiros na Libertadores foram:

» 1960: Bahia
» 1961: Palmeiras
» 1962: Santos
» 1963: Santos e Botafogo (*)
» 1964: Santos e Bahia (*)
» 1965: Santos
(*) Em 1963 e 1964 o Santos disputou a Libertadores como campeão da Libertadores de 1962 e 1963. Como o Santos também venceu a Taça Brasil desses anos, os vices da Taça Brasil - Botafogo (1962) e Bahia (1963) - ocuparam a vaga brasileira.

A partir de 1966, a Libertadores ampliou para dois o número de vagas por país. Assim, classificaram-se para a Libertadores de 1966 a 1968 os campeões e vices da Taça Brasil dos anos anteriores, na ordem:

» 1966: Santos e Vasco (**)
» 1967: Cruzeiro e Santos (**)
» 1968: Palmeiras e Náutico
(**) Embora tenham se classificado, Santos (1966/1967) e Vasco (1966) desistiram da disputa, e não foram substituídos.

Em 1968 o calendário do futebol brasileiro foi alterado, e os campeonatos estaduais passaram a ser disputados no primeiro semestre. Isso atrapalhou a vida de muitas federações estaduais, cujas competições só terminavam em março do ano seguinte, e o atropelo de datas acabou afetando a Taça Brasil - que dependia da definição dos campeões regionais - que começou com atraso.

Porém, o plano original - apontar os dois representantes na Libertadores de 1969 - continuou, como mostra o Jornal dos Sports em 20/09/1968: quando nos lembra que a Taça Brasil "dá a chance de disputar a Taça Libertadores da América, e posteriormente o título mundial de clubes, que é o sonho maior dos botafoguenses".

A X Taça Brasil teve início em agosto de 1968, em sua primeira fase, dividida em três zonas - Zona Sul, Zona Centro e Zona Norte. Quatro clubes já estavam classificados para a fase final - o Palmeiras, campeão da Taça Brasil de 1967, além dos representantes da Guanabara (Botafogo), São Paulo (Santos) e Pernambuco (Náutico). Os demais participantes da Taça:

» Água Verde (PR)
» América (RN)
» Atlético (GO)
» Bahia (BA)
» Campinense (PB)
» Cruzeiro (MG)
» CSA (AL)
» Desportiva (ES)
» Fortaleza (CE)
» Goytacaz (RJ) (***)
» Grêmio (RS)
» Metropol (SC)
» Moto Club (MA)
» Olímpico (AM)
» Operário (MT)
» Paysandu (PA)
» Piauí (PI)
» Rabello (DF)
» Sergipe (SE)
(***) O Estado do Rio de Janeiro (capital: Niterói) e o Estado da Guanabara (capital: Rio) eram independentes um do outro.

A Zona Sul, que contava apenas com três clubes, acabou rápido, e seu campeão, o Metropol (que surpreendeu e deixou o poderoso Grêmio para trás), conquistou uma das vagas na fase final, tornando-se, pela tabela, adversário do Botafogo. Porém, as Zonas Norte (10 clubes) e Centro (6 clubes) não terminariam em 1968, mas apenas em 1969 – quando a Taça Libertadores da América já teria começado.

Com esse problema em mãos a CBD, em caráter emergencial, decidiu indicar os campeões da Taça de Prata, que terminaria a tempo, no lugar da Taça Brasil, conforme matéria do jornal dos Sports de 26/11/1968: "O Departamento de Futebol da CBD concordou em que os representantes do Brasil na Taça Libertadores de 1969 sejam o campeão e o vice-campeão da atual Taça de Prata, isso porque a Taça Brasil de 1968 só terminará em 1969, depois de iniciada a Libertadores."

Foi, portanto, uma questão de calendário, e não de "importância" de uma competição em relação à outra, conforme atestam os jornais. Rivadávia Correia Meyer prometeu que, caso o Botafogo conquistasse a Taça Brasil, lutaria por uma vaga na Libertadores de 1970: "Realmente algumas federações não acompanharam o novo calendário da CBD e daí o atraso da disputa da Taça Brasil, que só deverá terminar no final do primeiro semestre do próximo ano. Entretanto, acho que é um direito líquido do Botafogo ou qualquer outro clube que vencer a Taça Brasil disputar a Taça Libertadores da América, ainda que seja a da próxima temporada (1970), caso a atual tenha o seu início bem antes da decisão da Taça Brasil."

Porém, nenhum brasileiro participaria da Libertadores de 1969. Brasileiros e argentinos protestaram contra a distribuição igual de vagas por país – duas – e sugeriam que apenas Argentina e Brasil tivessem direito a indicar dois clubes, ficando os outros países com uma vaga cada. Não tendo o desejo atendido, o Brasil se retirou daquela Libertadores.

Em 5 de dezembro de 1968 o Glorioso, finalmente, estreou na Taça Brasil, contra o surpreendente Metropol. O jogo, disputado no Maracanã, foi um autêntico passeio: 6 a 1 para o Botafogo, gols de Humberto, Paulo Cézar, Rogério, Afonsinho e dois de Ferretti. O Fogão alinhou com Cao; Moreira, Zé Carlos, Dimas e Waltencir; Gérson (Afonsinho) e Carlos Roberto; Rogério, Roberto (Ferretti), Humberto e Paulo Cézar. Jairzinho, machucado, foi o desfalque do Fogão.



No segundo jogo, em 8 de dezembro, em Criciúma, Gérson e Roberto não viajaram – estavam doentes, sendo que Roberto com suspeita de tifo – e Jairzinho continuou de fora. O Botafogo foi surpreendido pelos catarinenses, que fizeram um jogo violento – três expulsões (sendo duas do Metropol), briga entre os jogadores, faltas violentas (Di e Humberto saíram sangrando) e pressão da torcida da casa, que chegou a invadir o campo! O Botafogo acabou derrotado por 1 a 0, o que forçou uma terceira partida.

O porquê de uma terceira partida, já que o Bota goleara o adversário por 6 a 1 no primeiro jogo? Simples: a Taça Brasil não era disputada no simples "ida-e-volta" que conhecemos hoje. Era disputada no sistema "melhor-de-três", onde o clube que somasse três pontos era classificado. A vitória na época valia dois pontos, e com a vitória na segunda partida, Botafogo e Metropol ficaram com dois pontos cada na série. Caso empatassem a terceira partida, ambos conquistariam três pontos, mas por ter feito mais gols o Botafogo se classificaria.

A terceira partida, pelo regulamento, deveria ser disputada no mesmo local do segundo jogo no dia 11. Porém, a data escolhida (uma quarta-feira) exigia jogo noturno, e o estádio do Metropol não oferecia condições de iluminação para um jogo à noite. A CBD, então, transferiu a partida para Florianópolis – o que o Metropol não aceitou, exigindo jogar perto de sua torcida, lembrando que em Florianópolis o Botafogo teria mais torcida a favor do que contra.

Começou então uma longa (e cansativa) queda-de-braço entre o Metropol e a CBD. Caso as exigências do Metropol de jogar em Criciúma fossem cumpridas, a partida teria que ser realizada em um domingo, mas quando um clube tinha um domingo disponível, o outro não tinha... Até que a CBD forçou a barra e decidiu marcar a terceira partida no Rio de Janeiro, diante de tantas dificuldades impostas.

Finalmente, a 2 de abril de 1969, a terceira partida aconteceu. O Botafogo jogou desfalcado de Paulo Cézar, Gérson e Jairzinho – cedidos à Seleção Brasileira para um amistoso contra o Peru. O jogo ocorreu debaixo de uma forte chuva, que só fez piorar. Aos 15 minutos do segundo tempo o juiz interrompeu a partida, pois o futebol já era impraticável. O placar estava em 1 a 1, resultado que classificava o Botafogo, sendo o gol do Botafogo marcado por Rogério (gol olímpico). Pelo regulamento da Taça Brasil, o jogo foi considerado sem efeito porque não terminou, e os clubes foram orientados para aguardar a marcação, em breve, de uma nova partida no mesmo local.

O Metropol, porém, não esperou. Voltou para Santa Catarina. E se desesperou quando descobriu que a nova partida foi marcada para o dia seguinte. Uma autêntica trapalhada, e o Botafogo conquistou a vaga por W.O. – contabilizada pela CBD como uma vitória de 1 a 0.



A essa altura os demais participantes da fase final já estavam definidos. O Cruzeiro, vencedor da Zona Centro, seria o próximo adversário do Botafogo, e o vencedor dessa partida enfrentaria o Náutico. Na outra chave, o Fortaleza, campeão da Zona Norte, pegaria o Palmeiras e o vencedor dessa disputa o Santos.

Porém, Palmeiras e o Santos resolveram abandonar a Taça Brasil. A dor-de-cabeça de um calendário atropelado, e a indefinição sobre a participação de brasileiros nas Libertadores seguintes foram decisivas, e os clubes comunicaram sua decisão, conforme notícia do Jornal dos Sports de 15/02/1969: "Santos e Palmeiras retiraram-se da Taça Brasil e, em conseqüência, o Fortaleza fica automaticamente classificado para as finais, pois seria o adversário do Palmeiras e depois quem vencesse jogaria com o Santos."

Para que o Fortaleza não fosse direto à final, a CBD "mexeu" na tabela, tirando o Náutico da chave de Cruzeiro e Botafogo e colocando o alvirrubro para pegar o Fortaleza. Assim, Cruzeiro x Botafogo virou uma semifinal.

Seguidos adiamentos, e em 23 e 27 de agosto cariocas e mineiros finalmente se enfrentariam. A essa altura, Gérson já havia se transferido para o São Paulo. E a rotina alvinegra de ceder jogadores para a Seleção Brasileira (agora pelas eliminatórias da Copa) nos tirou novamente Jairzinho e Paulo Cézar, nos dois jogos. Ao menos os cruzeirenses também estariam desfalcados de Tostão e Piazza.

Vencemos o primeiro jogo, por 1 a 0, gol de Ferretti, em pleno Mineirão. No segundo jogo, no Maracanã, o Cruzeiro quase aprontou. Abriu 1 a 0 logo aos 6 minutos, gol de Palhinha, e passou a segurar o resultado que forçava uma terceira partida. O Botafogo foi para cima e faltando 10 minutos para o fim Roberto fez o gol do empate, que classificou o Botafogo para a finalíssima da Taça Brasil. O nosso time nesse jogo alinhou com Ubirajara; Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Afonsinho, Zequinha, Ferreti (Humberto), Roberto e Torino (Iroldo).



Para o primeiro jogo da final, contra o Fortaleza, adivinhem? Jairzinho e Paulo Cézar também desfalcavam o Glorioso, disputando um jogo com a camisa da seleção brasileira no mesmo dia – 3 de setembro. O Botafogo jogou no Ceará com Ubirajara Mota; Moreira, Zé Carlos (Moisés), Leônidas e Waltencir; Carlos Roberto e Afonsinho; Zequinha (Rogério), Humberto, Ferretti e Torino. O Fortaleza era uma incógnita. Pouco se sabia sobre o jogo dos cearenses. A partida foi amarrada, com muitos erros, e terminou empatada em 2 a 2, com dois gols de Ferretti, um empate que animou os cearenses.

No segundo jogo, quando finalmente contaria com o time completo, Jairzinho se machucou. Mau presságio? Não.

O Glorioso não tomou conhecimento do Fortaleza no jogo final. Logo aos 10 minutos Waltencir e Paulo Cézar tabelaram, cruzaram rasteiro e Roberto, aproveitando falha da zaga cearense, abriu o placar. Os cearenses ficaram nervosos e o Botafogo começou a tocar bola, com calma, chegando ao gol do Fortaleza quando queria, não fazendo mais por conta de ótimas defesas do goleiro Mundinho, elogiado pelos jornais como o melhor atleta tricolor.

Aos 20 minutos, Zé Carlos, do Fortaleza, coloca a mão na bola dentro da área, mas o juiz não dá o pênalti. Em seguida Ferretti mandaria uma bola inacreditável na trave. E o primeiro tempo terminou com um injusto placar de 1 a 0.

Na segunda etapa o Botafogo continuou jogando em cima, e o cansaço dos cearenses aumentava. Paulo Cézar driblou Zé Carlos três vezes seguidas, mas este se recuperou e mandou para escanteio. Na cobrança, Ferretti cabeceou no ângulo e ampliou, aos 8 minutos. Em seguida Ferretti deixou Roberto cara a cara com Mundinho, que fez mais um milagre e evitou o terceiro. No contra-ataque, Garrinchinha, sozinho, perdeu gol feito na melhor oportunidade do Fortaleza na partida.

O terceiro gol do Bota veio aos 20 minutos, e foi o mais bonito. Afonsinho veio tabelando com Roberto até a grande área e tocou, de leve, na saída do goleiro. Gol de classe do capitão alvinegro. Logo em seguida Rogério deu um drible em Luciano e foi derrubado, em mais um pênalti para o Botafogo solenemente ignorado pelo árbitro.

Mas o título já estava garantido. O Botafogo passou a tocar a bola e ainda teve tempo de fazer o quarto, no finzinho da partida, quando Rogério driblou Luciano e cruzou para Ferretti apenas escorar de cabeça. Fim de papo e o Botafogo conquista a Taça Brasil de 1968.



Afonsinho, o capitão da equipe (como podem ver, utilizamos o uniforme da temporada de 1969/1970, de gola olímpica, jogando por terra a nossa velha superstição de que o Bota só é campeão com gola pólo), recebeu a taça das mãos de Otávio Pinto Guimarães e a ergueu para a imprensa, na foto do título. O Glorioso jogou com Cao; Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas); Moisés e Waltencir; Carlos Roberto (Nei Conceição) e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferretti e Paulo Cézar. Nosso técnico: Zagallo. O time deles: Mundinho, William, Zé Paulo, Renato, Luciano Abreu; Joãozinho e Luciano Frota; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim), Mimi. Técnico: Gilvan Dias.

Ferretti ainda foi o artilheiro da competição, com 7 gols.

Como tem coisas que só acontecem com o Botafogo, Jairzinho, nosso ídolo, fez parte do elenco campeão, mas acabou não disputando uma partida sequer! Em três esteve machucado, em quatro defendia a seleção. Gérson acabou participando de uma única partida, pois se transferiu para o São Paulo antes das semifinais e esteve doente/convocado em duas partidas.

Em 1969 a CBD decidiu que o campeão da Taça Brasil estaria diretamente na final do Torneio dos Campeões, e com isso teria uma das vagas na Libertadores de 1970. Porém, com a decisão dos brasileiros de não disputar mais a Libertadores, o assunto não foi levado adiante.

Fontes: Pesquisas efetuadas nos periódicos da época na Biblioteca Nacional.
Fotos: Arquivo de Auriel de Almeida

28 comentários:

Francisco Costa disse...

Sensacional, Rui.

Tenho 24 anos de idade e de botafoguismo, mas sinto saudades dessa época. Como? Eu não sei, meu caro, mas sinto que vivi esses momentos mesmo antes de nascer. Tem explicação? Sim, é BOTAFOGO!

Um abraço.

Francisco Costa

Estrela Solitaria disse...

Excelente matéria Rui,
Parabéns

Unknown disse...

Apesar do Fortaleza ter perdido este título, esta final é um dos maiores momentos da histório do Tricolor de Aço do Pici. o Fortaleza foi vice tb da Taça Brasil de 1960.

Ruy Moura disse...

Pois é, meu amigo Francisco, eu sinto a mesma coisa, porque eu estava lá quando o Luiz Caldas saía às cinco da manhã com a Estrela D'Alva para os treinos de remo na enseada de Botafogo; e estava lá quando o Flávio Ramos passou o bilhetinho durante a aula d ematemática que seria precursora do futebol; e estava lá quando os presidentes do CRB e do BFC fundaram o Botafogo de Futebol e Regatas; e estava lá quando o Carlito Rocha amarrava e desamarrava os cortinados para ganhar os jogos; e só depois é que nasci materialmente.

Como diz o R. Porto: a minha maior paixão imaterial...

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Estrela Solitária, tudo graças ao Auriel de Almeida que é um pesquisador meticuloso. Eu só cedi o espaço; ou melhor, nem cedi: o espaço é do Auriel e de todos nós sempre que cada um quiser.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Edgar, a conquista do Torneio Norte-Nordeste em 1970 e os vices brasileiros de 1960 e 1968 mostra bem como o Fortaleza era poderoso nessa década. Além, obviamente, dos 39 títulos estaduais, 8 dos quais na última década de 2000.

Abraços Gloriosos!

Leonel disse...

Boas lembranças, Rui, destes tempos de glória! Feliz de quem os viveu e viu estes jogadores magníficos, jogando com a faca entre os dentes!
Hoje, a gente tem que segurar o entusiasmo para não sentir desilusão depois.
O compridão Ferreti nem era considerado craque, mas hoje seria titular absoluto em qualquer clube!
Parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa!

Ruy Moura disse...

Sábias palavras, Leonel. Eu os vi jogar. Ferreti era reserva e hoje tenho a certeza que se Ferreti aparecesse hoje no campeonato brasileiro seria titular absoluto de qualquer uma das vinte equipas e artilheiro destacado do Brasileirão. este futebol, comparado com o outro, vale muitíssimo pouco, sem dúvida. Creio que quem não passistiu à coisa ao vivo nunca compreenderá verdadeiramente a absoluta qualiadde do melhor futebol do mundo que ocorreu entre 1957 e 1970. O Botafogo e o Santos, sem dúvida em primeiro lugar, mas o Cruzeiro e o Palmeiras também eram lídimos representantes desse grandioso futebol. Ainda hoje sou fã do Tostão, para não falar do Piazza e outros notáveis craques adversários.

Todos os reservas daquele tempo seriam titulares neste tempo.

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Boa noite.

Excelente matéria Auriel, parabéns.

Você é um botafoguense que não é tendencioso.

Saudações Alvinegras.

Anónimo disse...

Boa noite.

Oito títulos:
Palmeiras (1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993 e 1994)
Santos 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004)

Seis títulos:
São Paulo (1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)

Cinco títulos:
*Flamengo (1980, 1982, 1983, 1992 e 2009)

Quatro títulos:
Corinthians (1990, 1998, 1999 e 2005)
Vasco (1974, 1989, 1997 e 2000)

Três títulos:
Fluminense (1970, 1984 e 2010)
Internacional (1975, 1976 e 1979)

Dois títulos:
Bahia (1959 e 1988)
Botafogo (1968 e 1995)
Cruzeiro(1966 e 2003)
Grêmio (1981 e 1996)

Um título:
Atlético-MG (1971)
Atlético-PR (2001)
Coritiba (1985)
Guarani (1978)
Sport (1987)

* A CBF informa que o Sport Club do Recife foi o campeão brasileiro e o Guarani vice de 1987, pois CRF e SCI (vencedor e vice do módulo verde) não foram aos jogos programados pela entidade. Com isso foram classificados para a Libertadores de 1988, o Sport (campeão Brasileiro) e o Guarani 9vice).

'Muito engraçado (comico) foi que um determinado periódico disse semana passada que não computava o título do FFC de 1970 porque a CBF não considerava'.

O mesmo jornal, no entanto, computa o título de 1987 para o CRF. Sinceramente, não consigo entender qual critério.

A maioria que torcem pelos clubes que não foram campeões da Taça Brasil diz que a mesma é de 2ª linha, porém se o clube dele tivesse sido campeão a coisa seria diferente.

Parece-me que os tricolores do Morumbi e os rubro-negros (a maioria, 99,99%), vascaínos, corintianos e atleticanos (alguns) são contra a unificação, estão revoltados, cuspindo maribondo.

Saudações esportivas do Investigador Marechal.

Júlio Melo disse...

Muito bom o texto Rui.

A história do Botafogo está sempre ligada a história do Santos... e em muitas vezes eles foram a pedra no nosso sapato, ou melhor, na nossa chuteira (exceto 1995, é claro.). Mas se o futebol brasileiro tem a história que tem é graças, em parte, ao Santos.

Anónimo disse...

Show de bola a Materia Rui, alias tenho uma foto desse Jogo do Botafogo contra o cruzeiro no Maracanã que vou te enviar ^^!

sobre a unificação de titulos a unica coisa que não concordei foi pq reconheceram os campeões do TRGP de 67 a 70, mas não reconheceram os anteriores? esta certo que as edições de 50 a 66 foram apenas com equipes paulistas e cariocas (10 equipas) porem as edições de 67 a 70 so tiveram 4 equipes amais,(2 de minas e 2 gauchas), então da mesma forma que as primeiras edições não eram justa pois so tinham equipes do eixo RJ SP, as edições de 67 a 70 tambem eram injustas, pois deixavam de fora equipas de outras partes do pais.

S.A.

The Reaper

Aqipossa Informativo disse...

Sem palavras, Rui amigo.

Se eu ainda ficava na dúvida sobre a validade dos títulos em conjunto entre a TB e o RGP, agora já não tenho. A qualidade do futebol do alvinegro eu já conhecia, o que não sabia eram os pormenores da competição.

Eu até estava propenso a não reclamar se não aceitassem os dois em conjunto, mas acho até que o RGP não poderia valer enquanto existisse a TB.

Mas vai convencer todo mundo...

Como pode ver, o AQIPOSSA está de volta! Assim como o Botafogo um dia também retornará.

SA
Mauro.

Ruy Moura disse...

Júlio, quanto a mim, o Botafogo e o Santos são os clubes responsáveis por colocar o Brasil no mundo. O Santos no que respeita a competições de clubes e o Botafogo no que se refere a Copas do Mundo.

Na verdade, o que fez de excecional o nosso clube para merecer estar na FIFA entre os 12 maiores clubes do mundo no século XX? Ganhou um título internacional?

- NA VERDADE GANHOU TRÊS COPAS DO MUNDO!!!

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

The Reaper, por isso mesmo eu penso que a única competição d ecaráter realmente nacional foi a Taça Brasil entre 1959-1968. Eu diria que 1969 e 1970 ficariam sem campeão brasileiro.

Agradeço a foto.

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Mauro, o RGP nunca incluiu clubes de estados tão variados como a TB - a única que me parece realmente nacional. Se o RGP é campeonato brasileiro, porque não também o Rio-São Paulo?

Bom retorno ao Aqipossa.

Abraços Gloriosos!

Auriel disse...

Eu acho que Taça Brasil é Taça Brasil. Uma competição legal, com seu lugar na história. Não sou favorável à unificação. No máximo, com Copa do Brasil. Mas se reconhecer, paciência...

Quanto ao Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ele é o mesmo de 1950 a 1970, só mudaram os participantes (e o organizador, em 1968).

O Botafogo ganhou o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1962, 1964 e 1966. Qualquer advogado sabe que, se reconhecer de 1967 a 1970, terá que reconhecer os outros. Você não pode abrir um processo de paternidade e escolher os filhos mais bonitos... Por isso o reconhecimento é MUITO perigoso. Afinal, se um tinha DOIS estados e o outro CINCO, pq só o segundo é nacional? Meio sem critério isso, né?

Saudações gloriosas!

Ruy Moura disse...

Auriel, os seus aregumentos sobre o Roberto Gomes Pedrosa são os mesmos que os meus. No entanto, embora respeite a sua opinião acerca da TB, sou absolutamente favorável a considerar a Taça Brasil campeonato brasileiro. É a única competição da época que se poderia considerar verdadeiramente nacional devido aos seus intervenientes, e não o RGP. Só por isso sou favorável.

Creio que especialmente o reconhecimento do Santos é justo. O hexa sãopaulino e o penta flamenguista não são nada equiparados ao que o Santos conseguiu. O reconhecimento é fundamental para se acabar de vez com essa conversa das taças das bolinhas e dos argumentos estafados dos flamenguistas.

Porque tal como se fala hoje na mídia, parece que antes do São Paul e do Flamengo pós-anos 70 não existiu futebol de clubes nos anos 60.

Abraços Gloriosos!

snoopy em p/b disse...

excelente texto!
parabéns ao auriel e, claro, ao mundo botafogo!

amigo,
como foi de viagem?
como está a belíssima portugal?

esperamos sua volta a esta terra e espero que tenha sido bem recebido aqui.

um grande abraço

Ruy Moura disse...

Excelente, Snoopy. A 'belíssima Portugal' está um horror de frio. Estou trabalhando em casa, como é costume, mas lá fora está horrendo. Trabalhando há 16 anos regularmente nos outros países quentes da CPLP já não estou ajustado a este frio que não acontecia assim há uns 20 anos. Brrrrrrr...

Como fui recebido em Brasília?!... Meu amigo: da melhor de todas as formas possíveis.

O trabalho correu de forma 'excelente' (palavra usada pelos responsáveis brasileiros) e as nossas amizades robusteceram-se. Ademais, após nos despedirmos, passei um magnífico resto de fim-de-semana com o Macau. Foi tudo uma delícia! Obrigado pela tua amizade!

[PS: Admito o Cuca no Botafogo se ele assegurar que seremos campeões da Libertadores em 2012, tal como o Marcelo Adnet profetizou... rsrsrs...]

Abraços Gloriosos!

Muga disse...

Parabéns,Rui!
Maravilhoso texto e saudosa
lembrança destes bons tempos.
Saudações gloriosas!

Ruy Moura disse...

É verdade, Muga, muitas saudades daquele Botafogo e daquele futebol brasileiro.

Será que aquela qualidade, embora noutro contexto de modernidade, regressará algum dia?

Abraços Gloriosos!

Anónimo disse...

Boa tarde.

COMO ESSA TAÇA É LINDA, SÓ PERDE PARA MILENA SANTOS.

BOTAFOGO FR, PRIMEIRO CARIOCA CAMPEÃO DO BRASIL MERECIDAMENTE, MESMO QUE A CBF NÃO UNIFIQUE OS TÍTULOS.

Pesquisei na WEB (Internet) sobre os troféus e além da taça do Botafogo FR só vi a do Esporte Clube Bahia, campeão de 1959.

Parece-me que os demais clubes não as possuem, porém não tiram os méritos das conquistas.

Saudações Alvinegras.

Ruy Moura disse...

Rsrsrs... Não sei se a Milene é mais bonita que a Taça (rs). Admito que sim (rs). Mas se tivesse que escolher entre a Milene e a 1ª Taça nacional do Glorioso... Bem, adivinhe... (rs)

Abraços Gloriosos!

Auriel disse...

Amigos,

A Taça Brasil era de posse transitória. A primeira taça usada ficou de posse definitiva do Santos, após três conquistas seguidas: 1961-1962-1963. O que o Bahia tem é uma réplica.

A segunda taça confeccionada ficou de posse definitiva do Glorioso, último campeão. Os que forem a General Severiano poderão ler na taça:
1964 - Santos F.C.
1965 - Santos F.C.
1966 - Cruzeiro E.C.
1967 - S.E. Palmeiras
1968 - Botafogo F.R. (Definitivo)

O Cruzeiro anuciou há pouco que fará uma réplica desta, já que não a possui...

abs

ali reslan disse...

caro amigo RUY os outros clubes que tambem conquistaram a taça brasil,como:cruzeiro,bahia, santos, fluminense, esses clubes tambem disputaram seis jogos para serem campeoes do torneio ou disputaram mais de seis jogos? abraços gloriosos!

Ruy Moura disse...

Muitos deles disputaram MENOS de seis jogos. Na verdade, os grandes clubes entravam geralmente apenas nas semifinais. Isto significa que disputavam 4 a 5 jogos (o 5ª era geralmente um desempate de semifinal ou final).

Abraços Gloriosos!

ali reslan disse...

obrigado pela informaçao RUI.abraços gloriosos amigo!

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