por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1965; Maneco Müller (na senda de João
Saldanha, Armando Nogueira e Sandro Moreyra) em continuado ataque público à
Diretoria do Glorioso]
Maneco escreveu: “Entre essa infeliz
diretoria e os jogadores existe uma muralha de antipatias mútuas, um mundo de
incompreensões e desconfianças”. […]
No domingo, bateram a carteira do
Botafogo. […] Aos 21, percebendo que Zé Carlos vai ganhar o lance, Lorico abre os
braços e se atira ao chão. Prontamente, Armando sopra o pênalti que o Vasco nem
pensou em pedir. Célio agradece e converte: 0x1.
Quase em cima da linha, sentado, Mário
empurra para dentro do gol. Armando aponta para o chão. Parece que vai apitar o
impedimento (berrante), mas, ameaçado por Brito, Fontana e Célio, rodopia e
aponta o grande círculo, transferindo a responsabilidade para o famoso Wilson
Lopes de Souza, que afirmou ter visto a bola bater por último em Célio: 0x2. […]
A Última Hora deu em manchete: “Botafogo
perdeu com a colaboração do juiz”. Maneco [Müller] discordou:
“Armando não é ladrão”. No JB, o suplente do outro Armando [Nogueira] acusou o vestiário do Botafogo de ser o “retrato
de corpo inteiro de um clube em crise, de uma diretoria desarvorada”.
[Nota excecional do Mundo Botafogo: à
“diretoria desarvorada” seguiu-se a conquista do Torneio Rio-São Paulo (1966),
da Taça Guanabara (1967 e 1968), do Campeonato Carioca (1967 e 1968) e da Taça
Brasil (1969)]
Fonte do excerto: VILARINHO, C.
F. (2016). O Futebol do
Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 312 e 314.
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