terça-feira, 1 de agosto de 2017

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1961-1965’: Maneco Müller defende o árbitro contra o seu Clube… [65]

por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

[A narração que se segue reporta-se ao ano de 1965; Maneco Müller (na senda de João Saldanha, Armando Nogueira e Sandro Moreyra) em continuado ataque público à Diretoria do Glorioso]

Maneco escreveu: “Entre essa infeliz diretoria e os jogadores existe uma muralha de antipatias mútuas, um mundo de incompreensões e desconfianças”. […]

No domingo, bateram a carteira do Botafogo. […] Aos 21, percebendo que Zé Carlos vai ganhar o lance, Lorico abre os braços e se atira ao chão. Prontamente, Armando sopra o pênalti que o Vasco nem pensou em pedir. Célio agradece e converte: 0x1.

Quase em cima da linha, sentado, Mário empurra para dentro do gol. Armando aponta para o chão. Parece que vai apitar o impedimento (berrante), mas, ameaçado por Brito, Fontana e Célio, rodopia e aponta o grande círculo, transferindo a responsabilidade para o famoso Wilson Lopes de Souza, que afirmou ter visto a bola bater por último em Célio: 0x2. […]

A Última Hora deu em manchete: “Botafogo perdeu com a colaboração do juiz”. Maneco [Müller] discordou: “Armando não é ladrão”. No JB, o suplente do outro Armando [Nogueira] acusou o vestiário do Botafogo de ser o “retrato de corpo inteiro de um clube em crise, de uma diretoria desarvorada”.

[Nota excecional do Mundo Botafogo: à “diretoria desarvorada” seguiu-se a conquista do Torneio Rio-São Paulo (1966), da Taça Guanabara (1967 e 1968), do Campeonato Carioca (1967 e 1968) e da Taça Brasil (1969)]

Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 312 e 314.


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