por TEIXEIRA HEIZER
Revista
Placar, edição nº
1242, Set/2002, retomando reportagem de 1974 (excertos).
Tricampeão do mundo na Copa do México, Brito
sempre teve o vigor físico como uma de suas principais características. No Botafogo,
passou por um dos momentos mais difíceis de sua carreira, quando foi suspenso
por seis meses por agressão ao árbitro José Aldo, num clássico contra o Vasco.
Algumas
decepções que Brito amargou ao longo de sua atribulada carreira parece que lhe
marcaram a face.
Mas
o porte atlético continua o mesmo. […] O tom de sua voz é que está cada vez mais baixo e rouco.
–
Sabe? Há quatro meses não recebo um tostão do Botafogo. Já perdi uns Cr$ 80 000
com minha suspensão. Se não tivesse algumas reservas, teria enfrentado
dificuldades. […] Aquele jogo
contra o Vasco foi um desastre. Não adianta eu afirmar que não agredi o juiz.
Foi um tumulto. Lamento o que ocorreu, mas o meu sangue ferveu. Minha condição
de homem estava em jogo.
Tudo
aconteceu depois que José Aldo marcou um pênalti contra o Botafogo. Na
delegacia, José Aldo deixou o caso de lado. Mas na súmula, acusou Brito de
agredi-lo com um soco. Moral da história: uma suspensão de um ano.
O
Botafogo recorreu […] e a pena de
Brito foi reduzida para seis meses. […]
Durante
o tempo que andou ausente das vistas da torcida, a vida de Brito pouco mudou.
Ele continuou a frequentar os ensaios da Mangueira, a tomar suas cervejas
sempre que podia. […]
A
vida de Brito não mudou mesmo. Continua a acordar cedo. Trata de seus cachorros
– “que são meus maiores amigos” – e parte para o trabalho.
–
Faço o teste de Cooper, por minha conta, de quatro em quatro dias. Corro
diariamente 8 quilômetros. Estou quase na mesma forma que tinha na Copa do
Mundo.
A
prova das palavras de Brito: seu peso continua nos 79 quilos, de músculos bem
dosados.
–
Nos dias de coletivo venho treinar aqui em General Severiano. Acho que estou em
forma.
Agradecimentos a Mauro Axlace, editor do blogue Aqipossa [https://aqipossa.blogspot.com] que gentilmente cedeu a informação.
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