Quinto maior artilheiro da história do
Botafogo, Jairzinho teve uma carreira meteórica. Passou rapidamente dos juvenis
para os profissionais graças às fulminantes arrancadas. Ele ajudou o alvinegro
a conquistar vários títulos, como os cariocas de 1967/68 e a Taça do Brasil de
1968.
por
PATRÍCIA HARGREAVES; foto de FERNANDO PIMENTEL
Revista
Placar, edição nº 1242, Set/2002, retomando reportagem de 1992.
México,
1970. O Brasil está vencendo a Tchecoslováquia por 2x1. […]
Gérson, da intermediária, percebe
Jairzinho infiltrando-se pelo meio da zaga adversária. O lançamento sai alto,
em curva. […] Viktor abandona sua
meta em desespero. Jair arranca. É como se fosse um carro de fórmula-1. […] Os zagueiros vão ficando para trás, um a
um, e logo desistem de acompanhá-lo.
Viktor,
que tinha que percorrer apenas cerca de 15m, já está quase alcançando a bola.
Mas o atacante brasileiro é mais rápido e lhe aplica um lençol perfeito. Aí,
com o gol vazio, mata no peito, passa a bola para a coxa e toca tranqüilamente
para as redes.
Vinte
minutos depois […] livra-se do
zagueiro Hagara, passa por Horvath, volta a driblar Hagara, num ziguezague
estonteante, e chuta forte, cruzado, de fora da área, no canto direito de
Viktor. Brasil 4x1. Começava a nascer […] mais uma futura lenda do futebol brasileiro. […]
Jairzinho,
na verdade não era ponta direita. Ele só aceitava vestir a camisa 7 na Seleção.
No Botafogo […] seguiu sempre
fiel a sua vocação: ponta-de-lança. Com
a 8 [*nota do editor em rodapé], acreditava, podia explorar melhor a eficiência mortal que tinha para
concluir as jogadas. […]
A
facilidade que possuía para chegar às redes adversárias é lembrada [por] Didi,
seu ex-companheiro no Botafogo. “Quando ele ainda estava nos juvenis, o
Quarentinha se machucou. Jair entrou então em seu lugar num coletivo e, nas
três bolas que pegou, marcou três gols. O Quarentinha, que não era bobo, logo
tratou de ficar bom”, recorda Didi, deliciado. […]
O
fato de o atacante ter sido o único jogador a marcar em todas as partidas de
uma Copa dá a medida ainda mais exata de […] ser um goleador temível. […] “Em 1962, cheguei a fazer 100m em 10s01,
durante um treino. […] O recorde
olímpico na época […] era de 10s02”. […]
“Ele
gostava tanto dos treinamentos individuais quento dos coletivos, garante o
médico Lídio Toledo. [...] “Isso não é
uma coisa normal. Geralmente, os jogadores só gostam de treinar com bola”. […]
Com
as suas arrancadas avassaladoras rumo ao gol adversário, fez jus ao apelido de
Furacão. “Ele decidiu aquela Copa”, diz Nilton Santos, o lendário
lateral-esquerdo do Botafogo e da Seleção bicampeã mundial em 1958 e 1962.
* Nota do editor: admite-se que a autora do texto se tenha enganado na medida em que Jairzinho envergava a camisa nº 10 do Botafogo.
Agradecimentos a Mauro Axlace, editor do blogue Aqipossa [https://aqipossa.blogspot.com] que gentilmente cedeu a informação.
Agradecimentos a Mauro Axlace, editor do blogue Aqipossa [https://aqipossa.blogspot.com] que gentilmente cedeu a informação.
2 comentários:
Amigo Rui, não lembro do Jairzinho jogando no Botafogo com a 8 e sim com a 10. o 8 era o Gerson. Estou certo? Abraços
estás certíssimo,meu amigo, mas o texto, certamente por engano, menciona a oitoe não posso mudar. O que posso fazer é uma chamada de atenção sugerindo que o autor se enganou no número. Vou fazer isso.
Abraços Gloirosos.
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