Em pé: Miranda, Brito, Osmar, Marinho Chagas, Cao
e Carbone; agachados: Zequinha, Carlos Roberto, Ferreti, Jairzinho e Dirceu
No Botafogo, Garrincha fez
história com a camisa 7, mas o torcedor do Fogão também tem belíssimas
recordações de quando Jairzinho vestia a camisa alvinegra de General Severiano.
Foi uma época em que o Botafogo tinha um grande time, como aquele de 1967 em que
o ataque era formado por Rogério, Gérson, Roberto, Jairzinho e Paulo César
Caju. […]
Morando na rua General
Severiano, nada mais natural que o menino Jair começasse a frequentar o
Botafogo, que ficava ao lado de sua casa. […]
Não perdia um treino do Botafogo,
só para ficar admirando os dribles de Mané Garrincha. Não demorou muito para
que ele fizesse um teste nas categorias de base do glorioso Botafogo e
começasse a defender as cores alvinegras. Em 1966, acabando de sair do
juvenil, Jairzinho recebeu uma missão praticamente impossível, ou seja,
substituir Garrincha. […]
No entanto, ao invés de
tremer ou decepcionar, o garoto de 19 anos encheu os olhos dos torcedores. Com
a mesma camisa 7 às costas, Jairzinho não mostrou o talento de Mané para os dribles
desconcertantes, mas seus gols e suas arrancadas também deixaram seu nome na
história do clube de General Severiano.
Se substituir Garrincha no
Botafogo já não era tarefa para qualquer um, imagine então ser o substituto do
craque na seleção brasileira. Pois foi exatamente o que aconteceu com
Jairzinho, no mesmo ano em que estreara nos profissionais do Botafogo.
Mais uma vez, o faro de gol não falhou e, em 1966, na Inglaterra, disputou sua
primeira Copa do Mundo, aos 20 anos de idade. […]
Na volta para o Brasil […] o craque levou o Fogão ao bicampeonato estadual em 1967 e
1968. Na decisão de 68, o Botafogo goleou o Vasco por 4 a 0, com
uma exibição primorosa de Jairzinho e Gerson. Nesse mesmo ano, o Brasil
disputou a Copa Roca com a Argentina em dois jogos. No primeiro jogo,
representado por uma seleção carioca, basicamente do Botafogo, o Brasil goleou
por 4 a 1 no Maracanã. O quarto gol brasileiro foi marcado por Jairzinho.
[…]
Dois anos depois, veio a
consagração. O ponta direita […] deixou o México com o apelido
de Furacão, devido às suas arrancadas e chutes fulminantes. Além de Jairzinho,
nunca em todos os mundiais, outro jogador conseguiu marcar gols em todas as
partidas da competição. […]
Logo na estreia, contra a
Checoslováquia, Jairzinho mostrou seu poder de fogo e balançou as redes duas
vezes. Nos outros cinco jogos, Inglaterra, Romênia, Peru, Uruguai e
Itália, também foram alvos do Furacão, que marcou sete vezes na competição. A
Taça do Mundo era nossa e o planeta inteiro reconhecia o futebol do craque. […]
Há mais de 20 anos,
Jairzinho se dedica ao trabalho assistencial voltado a impedir que meninos das
regiões carentes de Bonsucesso, Campo Grande e Jacarepaguá entrem no mundo do
crime e do abandono.
Ele atua no projeto Salvar
Vidas que atende a mais de mil garotos a partir dos 10 anos de idade, através
de atividades esportivas. É a forma como procura retribuir as oportunidades que
lhe foram dadas. “Também vim de uma classe praticamente abandonada, mas
consegui vencer através do esporte” – diz o nosso Furacão. Jairzinho em
toda sua carreira, marcou 292 gols.
Sem comentários:
Enviar um comentário