Valdemar de Brito passou à história, em primeiro lugar, como
descobridor de Pelé. Depois, como um ídolo do nascente São Paulo. Mas não como
ídolo do Botafogo, onde jogou só duas vezes no título estadual de 1934. Viera
ao clube após a Copa do Mundo, onde o alvinegro formara a base da seleção; o
folclórico dirigente botafoguense Carlito Rocha fora um dos principais
responsáveis pela viagem e talvez sem ele o Brasil perdesse a marca de único
presente em todas as Copas.
Tudo porque o Fogão remanescera como o principal
clube amador e a CBD ainda prezava o amadorismo, e manobrou para que os
principais craques passassem ao alvinegro para disputarem o mundial – foi assim
que o ídolo Patesko também chegou a General Severiano, por exemplo.
Já em 1935 Valdemar passou ao San Lorenzo, onde
seu irmão Petronilho brilhava. Estreou marcando três vezes no Talleres de
Remedios de Escalada, mas no jogo seguinte uma lesão séria contra o Boca o
tirou da temporada e quase do futebol. Passou ao Flamengo e voltou a Boedo em
1939 (enfrentou o Botafogo na mencionada estreia de Heleno de Freitas). Foi
bem, marcando 16 vezes e sendo vice-artilheiro do time, mas faltou mais para se
sedimentar; já em 1940 voltava ao São Paulo.
Outro astro brasileiro dos anos 30 era Elba de
Pádua Lima, o Tim, um dos dois únicos que defenderam a seleção como
jogador da Portuguesa Santista. Foi à Copa de 1938, até então a melhor
participação mundial do Brasil. Àquela altura era jogador do Fluminense, clube
brasileiro ao qual mais se atrelou.
Nos anos 40, ele, revelado no Botafogo de
Ribeirão Preto, passou pelo homônimo carioca, mas sem triunfar. Já como
técnico, fez história na Argentina: era ele o técnico daquele San Lorenzo
invicto de 1968, todo um ineditismo para algum clube no profissionalismo de lá.
Sem comentários:
Enviar um comentário