O primeiro ídolo em comum entre Botafogo e San
Lorenzo foi o zagueiro-central Oscar Basso. Numa época onde já
predominavam defensores ásperos na Argentina, Basso destacou-se pelo jogo
técnico e limpo.
Surgiu no Tigre, passou ao River, mas não saía
da reserva em Núñez e chegou ao CASLA em 1944. Seu ponto alto foi no título de
1946, que desfez jejum de dez anos (que na época seria treze, já que o título
de 1936 só foi reconhecido no ano passado).
Mais de meio século à frente do Bom Senso FC,
Basso liderou a formação do sindicato de jogadores argentinos em 1948 e a longa
greve que a categoria fez ao fim daquele ano. Era uma época em que ser
jogador ainda era uma atividade quase marginal de salários baixos e contratos
algo escravagistas.
O insucesso da greve levou muitos astros ao
atraente Eldorado Colombiano, como Di Stéfano. Já Basso foi à Internazionale.
Após uma temporada, chegou ao Botafogo.
Jogou apenas 17 vezes pelo Glorioso e não foi
campeão, mas o seu desempenho levou-o a ser eleito duas vezes pela Placar para
o hipotético time dos sonhos do clube, em 1982 e 1994, com votos de Armando
Nogueira, Zagallo e Nilton Santos, dentre outros: “era um argentino louro,
alto, de técnica refinada, como o Domingos da Guia”, relatou outro eleitor, o
radialista Luís Mendes.
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