O goleiro uruguaio Fernando Álvez veio
ao Botafogo na Copa União em 1987. Lembrado pelos quilos a mais, não durou um
ano.
Após ser campeão da Copa América 1995 (último
título da Celeste até a de 2011, com Abreu), salvando pênalti do ídolo
botafoguense Túlio na final, chegou ao recém-campeão argentino San Lorenzo, mas
não saiu da reserva de Oscar Passet. Jogou só uma vez oficialmente. Só não foi
mais obscuro porque foi justamente na maior goleada no clássico com o Huracán,
5-0.
Raúl Estévez era daqueles atacantes que perdiam gols fáceis
mas também marcavam o da vitória. El Pipa (apelido destinado a
narigudos na Argentina. Higuaín é apelidado de Pipita porque
seu pai também era chamado de Pipa) era mais um abastecedor de
Bernardo Romeo do que um goleador, mas, por exemplo, foi quem marcou sobre o
Flamengo na final da Mercosul 2001, primeira taça internacional do CASLA.
Apesar dos troféus, nunca foi unânime na torcida cuerva e isso
piorou ao ir ao Boca em 2002. No supervitorioso 2003 do elenco de Carlos
Bianchi & cia, foi só reserva.
Chegou ao Botafogo em 2004. Até virou peça-chave
em elenco que, recém-ascendido da segundona, brigou para, em pleno centenário,
não cair de novo. Mas logo voltou à Argentina, época em que Germán
Herrera chegara ao Ciclón. Eis sua ficha no Diccionario
Azulgrana, a reunir todos os que jogaram pelo clube nos seus cem primeiros
anos: “foi recebido com entusiasmo porque dava o perfil para paliar a anemia
goleadora pós-Beto Acosta. Contudo, em que pese mostrar vontade e sacrifício,
não andou direito ao arco e terminou relegado pela fulgurante aparição de
Hernán Peirone”.
Peirone não vingaria, mas era um garoto de 17
anos que na reta final de 2004 somava 6 gols em 3 jogos e que em 2005 marcou
outros 3 em uma só partida contra o Boca. No Botafogo, Herrera só está atrás de
Fischer entre os forasteiros que mais suaram a camisa alvinegra, e dele e de
Abreu dentre os estrangeiros que mais marcaram. Como bem disse o livro
sanlorencista, suor mesmo não costuma lhe faltar, mas o “Quase-Gol”, apesar dos
bons momentos, nunca foi um esplendor duradouro.
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