Esqueçam o Caixão 2002, a volta olímpica com
caravela de papel do Vasco em
90, o título do Flamengo exaltado
pelo goleiro Felipe como “roubado é mais gostoso” em 2014, o campeonato do W.O.
em 98 ou qualquer outro. O Campeonato Carioca de 2020 entra para a
história como o pior de todos os tempos. […]
O Campeonato Carioca de 2020 será
lembrado no futuro como o disputado no meio da pior pandemia do século (novo
coronavírus), com mais de mil mortos por dia no Brasil, com o principal estádio (Maracanã) estando ao lado de um
hospital de campanha. Será também recordado como o da polêmica das
transmissões, com diversos jogos sem público e sem televisionamento. Uma
competição que ninguém vê (ou quase ninguém).
Isso pode se diluir
ao longo da história, mas também será importante lembrar que é o primeiro
campeonato com um clube disputando todos os jogos no mesmo estádio, um
diferencial competitivo enorme. E que esse mesmo clube voltou aos treinamentos
antes de todos, inclusive quando não era recomendado pelas autoridades. Podem
ser lembradas ainda as reuniões secretas excluindo dois clubes ou as taxas mais
elevadas a quem foi contrário ao retorno do futebol.
Para fechar com chave
de ouro, o campeonato pode se encerrar quarta-feira e a transmissão depende de
um sorteio na Ferj. Se o Flamengo ganhar,
transmite o jogo, seja na Fla TV ou em outra plataforma – a MyCujoo, paga, não deu certo e fez o
clube voltar atrás. Se o Fluminense vencer
o sorteio, a TV Globo, que quer se livrar do Carioca, pode ser obrigada a
transmitir, mesmo contra a vontade. Tudo baseado em uma Medida Provisória
assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
E assim termina uma
competição, sem credibilidade, sem público, sem TV e sem graça. O outrora
campeonato mais charmoso do Brasil acaba
sem qualquer charme. […]
Fonte: Redação FogãoNET.
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