por CESAR OLIVEIRA
Um amigo de longa data
Editor de livros e e-books | @livrosdefutebol
Comprometido com a historiografia do futebol brasileiro
Neste 11 de janeiro, se ainda estivesse fisicamente entre nós, meu pai, Celso Augusto de Oliveira (1923-1982), completaria 98 anos.
Ele proporcionou aos três filhos um estudo completo, incluindo Cultura Inglesa e Aliança Francesa (como conseguiram?...).
Num tempo em que as mulheres eram "do lar", ele era o provedor da casa. Embora não tenha tido chance de estudar – parece-me, além do Primário –, escrevia e falava corretamente (mamãe, também), tinha uma letra espetacular, desenhava como poucos, lia muito (e nos incentivava a ler), ouvíamos MPB de qualidade... e nos incentivou a estudar sempre. Dos três filhos, todos foram à faculdade; dois fizeram pós; um, MBA.
Um exemplo de pai e marido, amigo e parceiro. Sempre nos proporcionava lazer adequado à idade, pipa, bola e pião. Tinha peixes ornamentais como passatempo; nossa primeira "televisão" foi um aquário de 500 litros, que ele mandou construir e chegou a abrigar 63 peixes.
Era Botafoguense e me fez Botafoguense. Juntos, vimos futebol, basquete, vôlei, atletismo e polo aquático. Mas não interferiu, democraticamente, que meus irmãos torcessem por outros times: Flamengo e Fluminense. Inúmeras vezes, fomos juntos ao Maracanã (e outros estádios). Era um "desportista olímpico": me ensinou que perder é do jogo.
Na minha crença Espírita Cristã, ele nos acompanha – tenho certeza. De vez em quando, me manda recados através da Wanda Patrocínio Ferreira, uma querida amiga da Casa de Jorge, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. O mais recente tira qualquer dúvida: me mandou "arrumar a minha mesa" – por extensão, o escritório –, o que foi prontamente realizado, porque sempre o obedecíamos sem pestanejar.
Que Deus o abençoe! Um dia, todos estaremos juntos novamente.
PS: na foto, ele com mamãe, um amor incondicional, que começou num baile no
América FC, na Rua Campos Salles e só acabou, fisicamente, com a sua
desencarnação precoce.
2 comentários:
Grato, Rui Moura, pelo carinho!
Não tem que agradecer, meu amigo. Tenho muito prazer em publicar no MB registros maravilhosos.
Abraços Gloriosos.
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