quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Famílias Botafoguenses (XXI): os Oliveira

Os pais de Cesar Oliveira

por CESAR OLIVEIRA

Um amigo de longa data

Editor de livros e e-books | @livrosdefutebol

Comprometido com a historiografia do futebol brasileiro

Neste 11 de janeiro, se ainda estivesse fisicamente entre nós, meu pai, Celso Augusto de Oliveira (1923-1982), completaria 98 anos.

Ele proporcionou aos três filhos um estudo completo, incluindo Cultura Inglesa e Aliança Francesa (como conseguiram?...).

Num tempo em que as mulheres eram "do lar", ele era o provedor da casa. Embora não tenha tido chance de estudar – parece-me, além do Primário –, escrevia e falava corretamente (mamãe, também), tinha uma letra espetacular, desenhava como poucos, lia muito (e nos incentivava a ler), ouvíamos MPB de qualidade... e nos incentivou a estudar sempre. Dos três filhos, todos foram à faculdade; dois fizeram pós; um, MBA.

Um exemplo de pai e marido, amigo e parceiro. Sempre nos proporcionava lazer adequado à idade, pipa, bola e pião. Tinha peixes ornamentais como passatempo; nossa primeira "televisão" foi um aquário de 500 litros, que ele mandou construir e chegou a abrigar 63 peixes.

Ruy Moura e Cesar Oliveira: amizade eterna

Era Botafoguense e me fez Botafoguense. Juntos, vimos futebol, basquete, vôlei, atletismo e polo aquático. Mas não interferiu, democraticamente, que meus irmãos torcessem por outros times: Flamengo e Fluminense. Inúmeras vezes, fomos juntos ao Maracanã (e outros estádios). Era um "desportista olímpico": me ensinou que perder é do jogo.

Na minha crença Espírita Cristã, ele nos acompanha – tenho certeza. De vez em quando, me manda recados através da Wanda Patrocínio Ferreira, uma querida amiga da Casa de Jorge, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. O mais recente tira qualquer dúvida: me mandou "arrumar a minha mesa" – por extensão, o escritório –, o que foi prontamente realizado, porque sempre o obedecíamos sem pestanejar.

Que Deus o abençoe! Um dia, todos estaremos juntos novamente.

PS: na foto, ele com mamãe, um amor incondicional, que começou num baile no América FC, na Rua Campos Salles e só acabou, fisicamente, com a sua desencarnação precoce.

2 comentários:

LivrosdeFutebol disse...

Grato, Rui Moura, pelo carinho!

Ruy Moura disse...

Não tem que agradecer, meu amigo. Tenho muito prazer em publicar no MB registros maravilhosos.

Abraços Gloriosos.

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