por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Em breve análise à partida
da Copa do Brasil constata-se, uma vez mais, que além dos atuais titulares, os
seus substitutos escasseiam, tanto pela qualidade em alguns casos, como pela
falta de ritmo em outros casos.
Apenas um exemplo basta: o
Botafogo não rematou uma única bola enquadrada à baliza na 1ª parte, enquanto
na 2ª parte, após o primeiro trio de substituições, o jogo mudou de figurino em
qualidade de jogadas e quantidade de remates.
No entanto, o Vitória não
fez muito melhor na 1ª parte, embora possa ter efetuado mais ataques
potencialmente perigosos, porque não teve uma verdadeira grande oportunidade de
gol.
O Botafogo entrou na 2ª parte
mais ou menos ao mesmo ritmo, e foi Cuibano que aos 51’, de longe, rematou
intencionalmente ao ângulo superior da baliza adversária, mas o goleiro
conseguiu espalmar.
Um minuto antes o Vitória
efetuara o único remate enquadrado na baliza do Botafogo, mas à figura do
goleiro e facilmente defendido.
Como andamento do jogo não
melhorava, aos 56’ Artur Jorge substituiu Mateo Ponte por Damián Suárez, Diego
Hernández por Óscar Romero e Patrick de Paula por Danilo Barbosa.
Daí em diante o Vitória
eclipsou-se completamente e aos 63’, na mais bela jogada da partida, que envolveu
toda a equipe botafoguense da defesa ao ataque, e após 15 passes, num total de
30 toques, Eduardo carimbou uma jogada merecedora de placa. Botafogo 1x0.
Nessa jogada a equipe
mostrou todo o seu potencial, que pode ser melhor concretizado através de
aperfeiçoamento do sistema montado por AJ e mais afinco dos atletas com foco no
coletivo e não nas individualidades.
Depois disso o Botafogo
poderia, e deveria, ter ampliado o placar. Aos 65’ gol anulado a Júnior Santos,
e aos 75’ uma vigorosa cabeçada de Cuiabano merecia ter estufado as redes
adversárias, mas, obviamente, o goleiro está na baliza para evitar os gols, e
foi exatamente isso que fez.
Já no final da partida novo
gol anulado a Savarino e uma boa oportunidade novamente defendida pelo goleiro
Vitória.
Quinta vitória consecutiva,
quebra do tabu com o Vitória na Copa do Brasil e uma exibição que, não sendo
relevante, anulou praticamente qualquer ataque do Vitória.
As contas finais mostram 15
remates para cada equipe, sendo que o Botafogo acertou o enquadramento da
baliza em 5 ocasiões e o Vitória apenas 1 vez conseguiu um remate enquadrado, fora
da área, e dirigido ao centro da baliza, permitindo defesa fácil a John.
Curiosamente o Botafogo
recebeu dois cartões amarelos e fez 22 faltas, contra nenhum cartão amarelo e
10 faltas do adversário. Jogo perigoso do Botafogo?... Não, meus amigos,
arbitragem incompetente e sempre a nosso desfavor – o habitual. Talvez John
Textor venha a ter sucesso nas denúncias que tem vindo a fazer nos últimos
tempos.
Em resumo, 2x0 seria um
placar mais justo.
Em frente, Botafogo!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x0 Vitória
» Gols: Eduardo, as 63’
» Competição: Copa do Brasil
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 02.05.2024
» Público: 17.107 pagantes; 19.146 espectadores
» Renda: R$ 750.720,00
» Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP); Assistentes: Neuza Inês Back (SP)
e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP): VAR: Wagner
Reway (ES)
» Disciplina: cartão amarelo
– Gregore e Danilo Barbosa
(Botafogo)
» Botafogo: John; Mateo Ponte (Damián Suárez), Lucas Halter,
Alexander Barboza e Cuiabano; Diego Hernández (Óscar Romero), Gregore, Patrick
de Paula (Danilo Barbosa) e Jeffinho; Luiz Henrique (Júnior Santos) e Eduardo
(Savarino). Técnico: Artur Jorge.
» Vitória: Lucas Arcanjo; Zeca, Camutanga (Bruno Uvini) e
Wagner Leonardo; Willean Lepo (Osvaldo), Willian Oliveira, Dudu, Jean Mota
(Janderson) e PK; Matheusinho (Léo Naldi) e Alerrandro (Luiz Adriano). Técnico:
Léo Condé.
4 comentários:
Vou começar pela arbitragem: tendenciosa. O Vitória bateu a vontade e algumas faltas evidentes o árbitro não marcava, o que não ocorreu quando era o Botafogo. Péssimo árbitro.
Quanto ao time, não há dívidas que há alguns jogadores que ainda não estão em boa forma, mas evidentemente precisa de rodagem para ganhar ritmo de jogo, por essa razão o Botafogo fez um primeiro tempo pouco efetivo, mas ressaltando que este é o terceiro ou quarto jogo que o nosso goleiro não precisou fazer nenhum milagre.
Com as substituições vimos um outro time e o time do Vitória simplesmente desapareceu. O resultado poderia ter sido mais elástico se houvesse um pouco mais de capricho nas finalizações, mas gostei do time pós substituições, o que mostra que o Artur Jorge tem uma boa leitura do jogo. É interessante que após as substituições, alguns jogadores que não estavam bem cresceram. Gostei muito de algumas situações, em especial a do Oscar Romero, e da estréia Cuiabano, apesar de um primeiro tempo discreto, algo natural para um jogador ainda pouco ambientado no clube, mas acho que ele pode crescer muito.
Ainda há muito trabalho a ser feito, e isso o próprio AJ tem ressaltado em suas coletivas, mas o que estamos assistindo parece ser bastante promissor. Abs e SB!
Faltou falar do gol, uma pintura do jogo coletivo. O Gérson disse que foi um golaço coletivo. Grande gol. Abs e SB!
Arbitragem muito tendenciosa, Sergio, tal como de costume.
Falta ritmo a alguns, mas falta também uma vontade competitiva permanente em busca de mais. O AJ tem que dar um jeito nisso. E penso que se deve entrar com mais titulares justamente para fazer comque os outros cresçam de produção comose viu na 2ª parte. A entrada de 3 jogadores melhorou o desempenho de mais três ou quatro.
No entanto, há recursos na equipe, tal como se viu na jogada do gol. Precisam ser mais explorados e os jogadores trabalharem mais, movimentarem-se mais.
Cuiabano prometo. Teve um remate muito bom e uma cabeçada também muito boa para duas boas defesas do goleiro. Não esperava tanto dele no início.
Ganhamos, quebranos o tbu e temps vantagem para a 2ª mão, mas a equipe não terá crescido em relação ao último jogo.Hámuit que fazer.
Abraços Gloriosos.
Falei, Sergio.Usei um parágrafo para isso. Só que não descrevi a jogada, porque um gol coletivamente tão bonito foi tão badalado que penso toda a gente ter visto e, por outro lado, descrevê-lo era de certo modo diminuir o gol. Vale a pena mesmo é vê-lo e revê-lo. Uma pintura. Equipe que faz um gol desses pode fazer muito mais coisas durante uma partida. Mas para isso precisa, em minha opinião, de mais foco e intensidade. Com mais foco e intensidade ontem teríamos feito 2 ou 3 a zero. Ms vamos melhorar, certamente.
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário