por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Uma frase irônica poderia definir esta partida: Lucas
Halter fez todos os possíveis e impossíveis para o Cuiabá ganhar, mas o Cuiabá
fez todos os possíveis e impossíveis para perder.
Por outro lado, também se poderia definir assim: os
craques podem decidir jogos, mas a equipe/plantel é que ganha as competições,
do goleiro aos suplentes, jogando bem ou mal.
No 1º caso, Lucas Halter ofereceu um pênalti infantil aos
40’ para o empate do Cuiabá, e não satisfeito com isso, ainda antes de se completar
o primeiro minuto da 2ª parte do jogo, ofereceu outra prenda ao adversário, que
caminhou livre dentro da grande área, tocou lateralmente para um companheiro à
boca da baliza e John defendeu cara a cara e ainda tapou o ângulo para o posterior
rebote sair rente ao poste. E se o Cuiabá tivesse marcado estaríamos agora a
comemorar 3 pontos? Porém, John defendeu esse e outros remates perigosíssimos
que o adversário não teve arte para faturar.
No 2º caso, eis a estrela de AJ brilhando: lançou mão
de não titulares, como Mateo Ponte e, sobretudo, Kauê, e foram eles, juntamente
com John, os grandes protagonistas da partida.
Aos 3´ John salvou o Botafogo de começar perdendo,
fazendo uma extraordinária defesa com as pontas dos dedos, e aos 4´ Mateo Ponte
roubou a bola perto da grande área do Cuiabá, tocou para Eduardo, que endossou
para Kauê rematar de primeira no canto inferior direito da baliza do Cuiabá e
inaugurar o marcador com um belíssimo remate de primeira. Botafogo 1x0.
Os primeiros quatro minutos definiram quase toda a 1ª
parte. Aos 9´ Júnior Santos ainda teve a oportunidade de ampliar, mas rematou à
figura do goleiro, e a partir daí o Botafogo começou a controlar o jogo com
bastante calma e com as suas peças muito bem posicionadas, mas acabou por
recuar demais – como é seu costume quando está vencendo – e o Cuiabá afoitou-se
ao ataque, até que Lucas Halter ofereceu um pênalti totalmente desnecessário e
o Cuiabá foi para o intervalo com mais esperança após empatar da marca dos 11
metros.
E a esperança ia dando a volta ao resultado na 2ª
parte, ainda antes dos 46’, quando Halter ofereceu a virada, o Cuiabá recusou e
John brilhou.
Aos 54’ mais um caso de claro prejuízo para o Botafogo
após falta violenta sobre Gregore, mas tal como no jogo anterior, o VAR calou e
o árbitro não expulsou.
O Botafogo deve tomar sérias medidas contra tais
destemperamentos de parcialidade clara em desfavor do nosso Clube! Jogo a jogo
as arbitragens vão-se mostrando para que lado estão viradas…
Aos 65’ John salvou novamente cara a cara o gol da
virada, embora o atacante estivesse em impedimento. Porém, as oportunidades do
Cuiabá apareciam…
Todavia, o tal plantel Botafogo, além do goleiro, tornou
aparecendo também pelos pés de Mateo Ponte com uma grande ajuda de Júnior
Santos.
Aos 75’, Mateo Ponte serviu Júnior Santos à entrada da
área, que no seu estilo peculiar rodou sobre si mesmo marcado pelos adversários
e ganhou uma brecha para rematar violentamente de fora da área, enquanto Mateo
Ponte continuou acompanhando a jogada, a bola foi à figura do goleiro, mas a
violência do remate não lhe permitiu segurá-la ou afastá-la para longe e Mateo
Ponte, na corrida, disparou um portentoso remate que balançou as redes aos 75’
e selou a nossa vantagem até final. Botafogo 2x1.
Em suma, o desempenho de dois titulares que são
habitualmente reservas, as defesas de John, a organização da equipe com bom posicionamento
do meio campo e a velocidade pelas pontas, deu muito trabalho ao Cuiabá, apesar
de, em contra-ataques, o adversário conseguir ganhar melhores oportunidades,
mais remates durante o jogo, mais remates enquadrados à baliza e mais
escanteios do que nós.
Não obstante, houve muito equilíbrio ao nível da posse
de bola e de passes certos e o Botafogo evidenciou muito mais capacidade
técnica nos gols marcados, ao contrário do Cuiabá que desperdiçou as suas
oportunidades ante um goleiro que, se afinar a sua capacidade de antecipação aérea,
será um verdadeiro caso no futebol brasileiro.
Se Júnior Santos retomar a sua forma, se Luiz Henrique
conseguir mostrar o seu prometido futebol e se os reforços de meio campo e
ataque surtirem o efeito desejado, faltará apenas reforçar o plantel a nível
defensivo para podermos disputar, palmo a palmo, os 3 pontos rodada a rodada e
as vitórias nas competições eliminatórias.
Não esquecer, senhores dirigentes, técnicos, jogadores
e torcedores: reforço a reforço, treino a treino, jogo a jogo… em busca da
vitória!
Ousar criar, ousar
vencer!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 2x1 Cuiabá
» Gols: Kauê, aos 4’, e Mateo Ponte, aos 75’ (Botafogo); Pitta,
aos 44’ (pen.) (Cuiabá)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Local: Estádio Arena Pantanal, em Cuiabá (MT)
» Data: 03.07.2024
» Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG); Assistentes: Guilherme Dias
Camilo (MG) e Fernanda Nandrea Gomes Antunes (MG); VAR: Charly Wendy Straub Deretti (SC)
» Disciplina: cartão amarelo – Óscar Romero (Botafogo)
e Alan Empereur, Filipe Augusto, André Luís e Raylan (Cuiabá)
» Botafogo: John; Mateo Ponte, Lucas Halter, Bastos e Marçal
(Cuiabano); Gregore (Tiquinho Soares), Marlon Freitas e Kauê (Danilo Barbosa); Luiz
Henrique (Óscar Romero), Eduardo e Júnior Santos (Diego Hernández). Técnico:
Artur Jorge.
» Cuiabá: Walter; Marllon, Alan Empereur (Lucas Fernandes)
e Bruno Alves; Matheus Alexandre (Raylan), Filipe Augusto, Denilson (Fernando
Sobral), Jonathan Cafú (Jadson) e Ramon; Clayson (André Luís) e Isidro Pitta.
Técnico: Petit.
2 comentários:
Jogou mal mas venceu, pelo menos isso.
Sinto que o time ainda não entendeu, ou o Artur Jorge não foi claro quando se propõe vá fzlazervo time do Botafogo protagonista, pois é edifício entender que ao fazer um gol inexplicavelmente recua dando campo ao adversário , mas sem uma estratégia para o contra ataques. Ainda sinto falta de um melhor entendimento entre as linhas, algo que necessita de treinamento, algo que no momento é praticamente impossível. Infelizmente o planejamento desde o final do ano passado e início deste ano foi uma lástima.
De fato o Halter ontem estava muito mal e além do pênalti ridículo, não satisfeito quase entrega o jogo no início do segundo tempo, o Halter merece uma menção horrorosa pela atuação de ontem. Urge que o Botafogo contratar um zagueiro de qualidade para jogar ao lado do Bastos.
Sobre arbitragem não há dúvida que o pênalti foi clara. Porém, o que me impressiona é que quando se trata do Botafogo o var é omisso. Contra o Atlético Paranaense o Junior Santos foi empurrado de forma acintosa muito parecido com o lance de ontem, mas nem o juiz e nem o var se deram ao luxo de revisar o lance.l, e segundo o Junior Santos o árbitro viu o lance e disse que dei vantagem! Não existe vantagem em lance de pênalti a não ser que a jogada terminei em gol. Mas as agressões a jogadores do Botafogo sem a punição devida é surreal.
Espero que os reforços venham a melhorar o time, principalmente na parte criativa, e tomara que o elenco se recupere fisicamente, pois me parecem bastante aquém de uma forma forma compatível com o que o clube se propõe. Abs e SB!
Inteiramente de acordo, Sergio. Ou é falha dos jogadores ou do técnico ou de ambos no que respeita tanto a propor jogo com em contra-atacar. Oferecer o espaço sem estratégia de contra-ataque é absurdo para quem quer ser 'ameaçador' e competitivo.
Sobre as arbitragens estamos entendidos: as arbitragens vão continuar o seu destino clássico, a não ser que JT continue desmascarand as arbitragens com os seus relatórios.
É difícil repor energias com jogos de 3 em 3 dias antes de haver intervalos de uma semana entre os jogos. E vamos ver o que nos reserva a janela de transferências.
Abraços Gloriosos.
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