quarta-feira, 31 de julho de 2024

Botafogo 1x1 Bahia

Crédito: Vitor Silva / Botafogo.

por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo

Não assisti ao jogo. Pelo que observei num resumo de 7,5 minutos, o Botafogo entrou bem no início das duas etapas. Aparentemente diminuiu o ritmo de jogo após as duas boas entradas iniciais; marcou na 1ª, não marcou na 2ª.

No conjunto do resumo, o Botafogo teve mais oportunidades de gol e o Bahia pareceu menos eficiente na 2ª parte. No entanto, aproveitando uma falha clamorosa de marcação dentro da área, empatou a partida.

Quanto às oportunidades de gol, mantém-se o problema: pouco criteriosa a definição do último remate.

Vai ser uma ‘pedreira’ o jogo de volta. A equipe sem Júnior Santos é outra, mas ainda assim, se houver concentração total, melhor definição no último remate e alguma surpresa tática positiva, a equipe aparenta possuir potencial para superar o Bahia.

FICHA TÉCNICA

Botafogo 1x1 Bahia

» Gols: Carlos Alberto, aos 7’ (Botafogo); Cauly, aos 45’ (Bahia)

» Competição: Copa do Brasil

» Data: 30.07.2024

» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)

» Público: 17.656 pagantes; 19.121 espectadores

» Renda: R$ 1.100.400,00

» Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP); Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Evandro de Melo Lima (SP); VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (VAR-RN)

» Disciplina: cartão amarelo – Everaldo (BAH)

» Botafogo: John; Damián Suárez, Bastos, Alexander Barboza e Cuiabano; Gregore (Allan) e Marlon Freitas (Tchê Tchê); Luiz Henrique, Savarino (Tiquinho Soares), Carlos Alberto (Kauê) e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.

» Bahia: Marcos Felipe; Arias, Gabriel Xavier, Victor Cuesta e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro (Carlos de Pena) e Cauly (Rafael Ratão); Biel (Everaldo) e Thaciano (Iago Borduchi). Técnico: Rogério Ceni.

2 comentários:

Sergio disse...

Eu gostaria de entender o que leva um time que começa amassando o adversário no início do jogo, adversário esse que não conseguia trocar 3 passes, o time acuado toma um gol, esse era o Bahia, e o time que amassava, o Botafogo, continuasse a exercer essa pressão com certeza aumentaria a vantagem, o que é importante num mata mata, mas o time que tinha uma grande superioridade simplesmente depois do gol abdica de jogar e começa a dar campo ao adversário, não marca ninguém, parece que está vendo a banda passar e não tem em sequer uma estratégia para um contra ataques eficientes, esse foi o Botafogo de ontem. E o mais grave: as jogadas do Bahia eram todas do lado esquerdo do Botafogo, onde o Cuiabano não tinha auxílio de ninguém, o estádio inteiro viu esse problema, que não foi corrigido e dessa mesma jogada que já havia levado perigo e só não foi gol pela ação providencial do John. E fica a pergunta: será que ninguém dentro de campo viu isso? Será que só o treinador é que precisa chamar a atenção do probleoma? Acho que isso já foi o tempo em que dentro de campo sempre havia um ou dois jogadores que sabiam ler o jogo, hoje em dia me parece que isso não existe mais, salvo honrosas exceções.
No segundo tempo os erros de marcação e o desempenho do meio melhorou, porém o Bahia simplesmente abdicou do jogo, se fechou e esperou um contra ataque. O Botafogo ainda perdeu algumas chances, não muito claras, mas poderia ter desempatado o jogo em especial num lance em que a bola sobrou para o Marlon Freitas na entrada da área, sem ninguém na sua frente e sem goleiro e a finalização foi simplesmente horrorosa, isolando a bola. Custo a crer que um jogador da qualidade de passe que ele tem tenha feito um arremate tão bisonho. E diga-se de passagem, o Marlon ontem não estava nos seus melhores dias, o Allan entrou e melhorou a qualidade dos passes, mas este deveria ter entrado mais cedo.
Ainda sobre essa questão do time recuar, ontem não foi a primeira vez, isso é um fato que tem se repetido em vários jogos, depois que tem a vantagem o Botafogo recua de modo temeroso.
Não há dúvida de que com a ausência do Júnior Santos o time perdeu muito da sua velocidade na transição e movimentação no ataque, com o LH e o JS se movimentando na frente isso confundia os adversários, abria espaços para o meio, sem contar com a força física que o Junior Santos tem. Acho que o Artur Jorge vai ter que achar uma nova solução para adaptar o time sem o Junior, assim como tem que melhorar a marcação, principalmente do meio campo na proteção da defesa. Individualmente até que não houve muitos problemas, o problema maior foi coletivo, muito embora a atuação do Savarino tenha sido muito abaixo do que ele pode render, ele me pareceu perdido em campo e, em alguns momentos pensei que ele tivesse fora do time, ele simplesmente sumia da partida.
É incrível o que acontece com o Botafogo quando um jogador está numa fase muito boa, é um dos protagonistas do time e acaba se contundido. Ano passado foi o Tiquinho, Eduardo, esse ano o Junior Santos eo Eduardo, então a equipe vai muito de produção. Me faz lembrar de 1971,quando de forma criminosa a perna do Jairzinho foi quebrada. Dali por diante o time do Botafogo perdeu muito a força ofensiva, uma vez que o Furacão estava numa forma e fase esplêndida, o seu substituto, Nilson Duas era muito novo e não conseguiu dar a força ofensiva necessária que o time precisava. Às vezes parece que o destino conspira contra o nosso Botafogo. Abs e SB!

Ruy Moura disse...

A sua análise, Sergio, vem exatamente de encontro ao meu sentimento, o Botafogo marca e recua. Porém, eu pressinto um desencontro do cletiv desde que JS se lesionou. Fora a velocidade do Luis Henrique, a equipe amansou. Não há jogador que arraste os zagueiros, e isso prejudica toda a dinâmica de jogo. Dá ideia que os jogadores ficam reféns de quem sai e não conseguem rearticular-se, não sabendo jogar de outra forma. Isso é outro trabalho para o AJ. E, finalmente, relembrar o que aconteceu este século quando chegamos à liderança do Brasileirão: em 2007, Dodô dopa-se, Botafogo perde jogo logo a seguir e arrasta-se no resto do campeonato; em 2023, Tiquinho lesiona-se e a equipe desmorona; 2024, JS lesiona-se e a liderança foi-se. Quando um jogador pesa muito na equipe, parece que a sua ausência desarticula tudo. Não pode ser assim, tanto mais que o AJ insiste em nunca destacar um jogador, mas sim o Coletivo. Então, se o 'segredo' é o Coletivo, e acredito que esse é um dos grandes 'segredos' dos títulos, então, comissão técnica e equipe têm responsabilidades para segurar capazmente as adversidades.

Abraços Gloriosos.

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