por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
As
arbitragens não são justificativa suficiente para o que está ocorrendo com a
equipe, porque todos sabemos como tem sido ano após ano a perfídia dos
apitadores. A nossa parte seria jogar futebol criativo, rápido, envolvente e
objetivo com foco obsessivo no alvo. Quem sabe se terça-feira a comissão
técnica e a equipe se reinventam a partir da sucessão de três fracassados jogos
desinspirados por um tiki-taka repetitivo, burocrático e ineficaz. 73% de posse
de bola… Fiquemos por aqui na análise crítica até terça-feira, quando somente a
vitória interessa…
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x1 Vitória
» Gols:
Tiquinho Soares, aos 87’ (Botafogo); Alerrandro, aos 20’ (Vitória)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Data: 23.11.2024
» Local: Estádio Nilton
Santos
» Público: 29.235
pagantes; 35.491 espectadores
» Renda: R$
2.419.790,00
» Árbitro: Ramon Abatti
Abel (SC); Assistentes: Alex
dos Santos (SC) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR); VAR: Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira (MG)
» Disciplina: cartão amarelo – Gregore, Mateo Ponte, Cuiabano e Artur Jorge – técnico (Botafogo);
Willian Oliveira, PK, Lucas Esteves e Carlos Eduardo (Vitória); cartão vermelho: Tiquinho Soares (Botafogo)
» Botafogo: John;
Vitinho (Mateo Ponte), Adryelson, Bastos e Cuiabano; Gregore (Óscar Romero),
Tchê Tchê (Eduardo) e Thiago Almada (Matheus Martins); Júnior Santos (Tiquinho
Soares), Igor Jesus e Savarino. Técnico: Artur Jorge.
» Vitória: Lucas
Arcanjo; Edu, Neris e Wagner Leonardo; Raul Cáceres (Willean Lepo), Ricardo
Ryller (Filipe Machado), Willian Oliveira, Matheusinho (Gustavo Mosquito) e
Lucas Esteves; Janderson (Carlos Eduardo) e Alerrandro (Léo Naldi).Técnico: Thiago
Carpini.
12 comentários:
Resumiu tudo. Não precisava esticar mesmo. Agora só interessa vencer até o final com o desperdício de empates seguidos. Em casa e com times lá de baixo na tabela. Esta é a realidade!
Não tenho muito o que falar sobre o jogo do Botafogo ontem, mas sinceramente não entendi nem a escalação e muito menos a estratégia de jogo do Artur Jorge. Junior Santos que sempre jogava prioritariamente pela direita mas flutuando no ataque, ontem simplesmente parecia não ter função dentro de campo. Almada completamente isolado no meio e tentando resolver individualmente; a marcação do lado esquerdo muito equivocada, time sem mobilidade e velocidade e insistindo em cruzamentos ineficientes, principalmente por parte do Vitinho que até agora não justificou sua titularidade, Mateo Ponte foi um pouco melhor. Enfim, o que o Botafogo apresentou depois do jogo contra o Vasco não parece ser o estilo de jogo que a equipe apresentou ao longo do campeonato,. Tudo bem poupar alguns jogadores, mas não seria mais eficiente tentar resolver o jogo e depois poupar esses jogadores?
Talvez minha dúvida em relação a escalação foi a entrada do Tchê Tchê, completamente ineficiente na parte criativa do time. Enfim, me pareceu um time engessado que jogava junto a pouco tempo, não repetindo seu estilo de jogo. Só resta ao Botafogo tentar se encontrar e vencer o Palmeiras na terça. É possível? É, se jogar com seu estilo de jogo, sem invencionices.
É duro ver o time cair de produção e o treinador inventar na parte final do campeonato. Triste sina a nossa, torcedores do Botafogo. Abs e SB!
E ou dão o corpo e a alma em campo para vencer os muito difíceis Palmeiras, Internacional e São Paulo e subirem a Monte Olimpo, ou vão ficar na história como bicampeões do 'turfe paraguaio'...
Abraços Gloriosos.
Tudo absurdamente errado, Sergio. Botafogo é bloqueado jogando pelo interior e ao ser obrigado a ir para as alas faz o jogo do 'chuveirinho'. Ora, sem gente capaz de fazer centros milimétricos para gol, vê-se logo que marcar gols é mentira. 3 jogos com 1 gol e porque desviou no zagueiro, caso contrário seria 3 jogos sem marcar.
AJ anda perdido e faz os jogadores se perderem em campo, como muito bem observou o Sergio no que respeita ao Júnior Santos.
E mais não digo para não contagiar a esperança de tantos botafoguenses.
Abraços Gloriosos.
Vendo a entrevista de um jogador do Vitória que disse claramente que para jogar contra o Botafogo tem que ser com anti jogo, pois confessou que não dá voará segurar o time do Botafogo sem esse recurso. Fiquei estupefato, pois esse recurso só pode ser utilizado com a convivência da arbitragem. Não acho que o Botafogo tenha empatado por isso, faltou mesmo foi futebol. Não gostaria de falar sobre essas calamitosas arbitragens do futebol nacional. Entretanto esse tipo de atitude além de ter a clara intensão de esfriar o adversário, com certeza irrita demais os jogadores , o que com certeza prejudica o desempenho. Infelizmente nos últimos 3 jogos esse tipo de artifício do anti jogo só foi possível com a aquiescência da arbitragem, o que é um dos motivos da nossa decadência em relação ao futebol mundial. Abs e SB!
Boa noite, Blog! Esperei até o fim dos jogos da Série B para comentar sobre um que me chamou a atenção e serve de ilustração após o desfecho final: o Novorizontino dependia apenas de si para conseguir o acesso e fazer história. Passou boa parte da Série B no G4, mas na reta final perdeu consistência, principalmente em casa, e desperdiçou pontos contra equipes da zona de rebaixamento. Esses times, tanto na Série A quanto na B, costumam ser desafiadores, pois são estratégicos e jogam com o emocional a seu favor. Muitas vezes, estão livres de pressão por já estarem rebaixados ou sem chances de conquistar algo relevante. Assim, focam no jogo em si ou buscam chamar atenção, como no gesto icônico ao marcarem gols contra o Botafogo no Estádio Nilton Santos.
O Campeonato Brasileiro é imprevisível e, por vezes, dramático. Independentemente da posição na tabela, é crucial compreender as dinâmicas das partidas e o que está em jogo, buscando eficiência e agilidade nos momentos decisivos.
Analisando os últimos jogos de Botafogo e Palmeiras, podemos observar contrastes significativos. Enquanto o primeiro apresenta partidas dominantes sem obter os resultados desejados, o segundo é preciso e objetivo, vencendo de forma pragmática, ainda que não encantadora. O Palmeiras prioriza a constância positiva, ao passo que o Botafogo oscila e se perde, especialmente em casa. O time paulista transforma sua arena em um refúgio de confiança e vitórias contra adversários mais fracos, enquanto o alvinegro enfrenta instabilidade emocional e técnica. Além disso, o Palmeiras encontra soluções através da bola parada ou de heróis inesperados, algo raro no Botafogo, onde o banco é sinônimo de problema e tensão, reflexo de escolhas duvidosas do técnico e da gestão.
O problema não está em enfrentar dificuldades contra determinados adversários, algo esperado em um campeonato extenso e desgastante. O verdadeiro desafio é a frequência com que o Botafogo deixa de conquistar os três pontos ou, pior, acumula empates e derrotas, especialmente em seu estádio, onde o emocional do rival deveria ser mais afetado do que o nosso.
Gostaria de destacar algumas questões sobre o nosso clube:
1. Contamos com muitos jogadores de 2023 no elenco, que já demonstraram falta de maturidade e controle emocional. O desempenho técnico é altamente irregular, com declínio evidente em relação ao ano passado. Mesmo assim, continuam recebendo oportunidades e parecem exercer uma influência desproporcional no vestiário.
2. Apesar dos reforços, ainda há uma enorme disparidade entre os titulares e os reservas. Além disso, falta confiança em jovens da base, que poderiam ser úteis contra times retrancados, já que jogadores rápidos e destemidos geralmente quebram essas defesas.
3. Não temos soluções eficientes em bola parada. Onde estão as jogadas ensaiadas? Cadê os batedores de falta que podem decidir partidas?
4. Um exemplo de sucesso contra retrancas foi o gol do Savarino contra o Peñarol, resultado de uma jogada trabalhada. No entanto, insistimos no chuveirinho, enquanto os adversários copiam as estratégias defensivas uns dos outros, até mesmo repetindo discursos nas entrevistas.
5. É urgente aprender a gerir as expectativas e o psicológico dos jogadores na reta final do campeonato, além de estabelecer uma hierarquia clara no vestiário. Não faz sentido Tchê Tchê ter mais minutos em campo do que Alan, reforço que gerou expectativas mas segue subutilizado. Também é fundamental traçar metas claras de pontuação, especialmente nos jogos em casa.
6. Estamos prestes a disputar dois dos jogos mais importantes da nossa história. É o momento de fazer sacrifícios e apostar nos titulares, garantindo ritmo de jogo e foco mental. O risco de lesão existe, mas é hora de colocar nossa força máxima em campo, sobretudo os jogadores contratados a peso de ouro.
7. A arbitragem continua deixando a desejar. Não podemos contar com decisões favoráveis ou acréscimos exagerados. Precisamos ser resilientes e evitar depender de fatores externos.
O Botafogo ainda tem tudo para encerrar 2024 de maneira gloriosa. O desfecho depende exclusivamente do próprio clube e de qual versão escolherá para os momentos decisivos: o time que enfrentou o Peñarol na primeira partida da Libertadores ou o que jogou contra o Vitória no sábado? Se for o primeiro, os títulos estão ao alcance. Caso contrário, 2025 será um reflexo de 2024, e 2024, uma repetição de 2023.
Saudações alvinegras.
O que é compatível com o desfecho da partida: árbitro ajuda adversário à cera; o Botafogo desajuda-se jogando de modo totalmente desarticulado e comprometendo seriamente o título.
Quanto ao adversário, em minha opinião é assim: o que interessa atualmente no futebol é ganhar, consequentemente, as equipes modestas têm que se defender com as armas que podem. A culpa não é delas, mas das arbitragens.
Abraços Gloriosos.
Bom dia, Dinali. Estou com tempo curto neste momento. Responderei mais tarde. Obrigado.
O retrato do momento nos comentários de quem entende. Pelo menos isso para me alegrar com os amigos. Enfim, o Dinali foi cirúrgico. Inclusive conversei com um torcedor sobre estes pontos perdidos em casa. Acho que a estratégia de poupar jogador nunca dá certo.
Dinali, concordo na generalidade com os seus comentários. Eu tenho evitado comentários porque não quero ser um elemento desestabilizador entre a torcida. Torcida que, como todas as outras, tem pessimistas, realistas e otimistas. Por isso não quereria, neste momento, levantar celeumas, mas muita coisa temos visto e julgo que o pior que nos aconteceu foi golearmos o Peñarol por 5x0. Desde aí, a tendência é o ruir do castelo, porque todos à nossa volta começaram a falar que somos os melhores, que já somos praticamente campeões e até AJ fala em equipe muito difícil de ser superada por qualquer adversário (e eu diria que também nos é agora dificílimo superar os adversários, empatando... empatando.... empatando....), o que nos tem aumentado o nosso convencimento e, sobretudo, tirar-nos do foco. Estamos sem capacidade de (re)focar no essencial, ao contrário do Palmeiras que mantém a obsessão do gol salvador - e vai conseguindo (com muita ajuda da arbitragem). E temos jogador que se acha estrela altamente brilhante nos céus do futebol mesmo antes de um título alcançado e um status confirmado. E temos torcedores já com faixas de campo, como em 2023, e tatuagens do mesmo tipo, como em 2023.
Pior mesmo do que isso são as opções de AJ, que creio - apesar de ter pensado o contrário - não ter percebido o contexto do futebol brasileiro nem o contexto de certos jogos. Fez escalações quase absurdas; faz discursos, em jogos que empatamos com adversários modestos, sobre desempenhos maravilhosos que não tenho visto, em vez de considerar publicamente que a equipe tem que melhorar muito; insiste em substituições favorecendo Eduardo Tchê Tchê e Tiquinho Soares quando já se percebeu que estes já não estão na onda de campeões tal como não estiveram em 2023 e carregam esse fardo numa fase final da qual não deveriam já fazer parte da equipe; coloca-se JS a jogar fora da sua posição preferencial; parece que se deixou de treinar jogadas ensaiadas, faltas e escanteios ( e se treinam, pior um pouco, porque em campo não resultam); as jogadas trabalhadas de pé em pé têm muita dificuldade de penetração, e em vez de se encontrarem alternativas estratégicas e táticas capazes, optou-se pelo 'chuveirinho' que raramente tem sucesso.
Ou se tornam todos verdadeiramente humildes e resilientes no campo da luta nestes escassos jogos que faltam, ou não teremos nada para contar aos nossos filhos e netos.
E eu queria ter muito para contar neste ano de todas as promessas!
E fico por aqui porque o meu realismo começou a descambar...
PS: neste ano o Textor não vacilou, fez o que tinha que ser feito e ninguém lhe pode assacar responsabilidades. Consequentemente, só podemos encontrar responsáveis noutros sítios que não no topo da 'SAF Botafogo'.
Abraços Gloriosos.
Errata: deve ler-se "E temos torcedores já com faixas de campeões", em vez de "E temos torcedores já com faixas de campo."
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