por RUY MOURA | Editor do Mundo
Botafogo
Em 2018, na
final da Liga dos Campeões, Sergio Ramos conseguiu tirar Salah do jogo à meia
hora, após derrubá-lo à moda de um pugilista.
À época, Jürgen Klopp comentou assim o caso:
«Se virmos o lance de novo e não formos
adeptos do Real Madrid, pensamos que é impiedoso e brutal. Se juntarmos todas
as ações do Ramos, e eu vejo futebol desde os meus cinco anos, vemos que
aconteceram muitas coisas com ele. Penso que, numa situação como a de Ramos com
Salah, alguém tem de a julgar melhor. Com o VAR, é uma situação que tem de ser
analisada novamente... Não tenho a certeza se será algo que voltaremos a ver:
dar uma cotovelada ao guarda-redes, derrubar um adversário como um lutador no
meio do campo e depois ganhar o jogo.» – in A Bola.
Klopp tornou a falar no assunto recentemente:
«Já se passaram mais de seis anos, mas Jürgen Klopp ainda não perdoou
Sergio Ramos pela entrada dura sobre Mohamed Salah, na final da Liga dos Campeões
de 2018. Ainda antes da meia hora de jogo, o defesa-central do Real Madrid
lesionou o egípcio do Liverpool, quando o jogo estava empatado a zero, ao
puxá-lo pelo braço direito.
“O senhor Ramos é mesmo um bom tipo?”,
questionou o antigo treinador do Liverpool no podcast de Toni Kroos, “Einfach
mal Luppen”. “É um companheiro de equipa muito bom”, respondeu o antigo médio.
“Custa-me a crer. Não é o meu jogador
preferido, mas tudo bem. A ação foi brutal. É claro que ele não pode saber que
está a magoar o ombro, mas todos sabemos que aceitou aquilo com alegria. Nunca
consegui perceber essa mentalidade, nunca tive jogadores assim, e quando tive
fiz com que se fossem embora”, afirmou Klopp.»
– in MAISFUTEBOL.
2 comentários:
Vi o jogo e me lembro desse lance, e achei que realmente o defensor do Real Madrid foi maldoso no lance. E curioso é que o Salah vinha desequilibrando o jogo e o Liverpool era superior até o momento da contusão do Salah, mas com a saída dele o Liverpool caiu muito de produção.
Eu sinceramente não gosto nem um pouco do Real Madrid, sei lá, mas acho que esse clube parece ter ligação com o fascismo espanhol da década de 30. Posso estar errado, mas Real!? Sei não. Abs e SB!
Também vi o jogo. A mistura de política e futebol é um caso explosivo de aproveitamento mútuo. Três exemplos distintos: o Bayern de Munique sempre teve uma política democrática e por isso foi prejudicado pelas autoridades alemãs durante décadas; o Real Madrid sempre esteve ao lado do fascismo espanhol e foi sempre o clube mais beneficiado pelo regime; o comunismo romeno no tempo de Ceausescu obrigou a que todos os craques do país fossem transferidos para o Steua de Bucareste de modo a ser campeão europeu - e foi. Pierre de Coubertin ficaria indignadíssimo com qualquer destes casos. Tal como eu.
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário