por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Wilson Roberto Gottardo nasceu no dia 23 de maio de
1963, em Santa Bárbara d’Oeste, estado de São Paulo, atuava como zagueiro e
volante, era destro, media 1,83m de altura e pesava 78kg.
Gottardo iniciou a sua formação no União
Barbarense, clube de Santa Bárbara d’Oeste, sua cidade natal, e aos 19 anos
transferiu-se para o Guarani FC, onde permaneceu por quatro anos (1982-1986),
atuando em 197 jogos e marcando 3 gols.
Em 1986 passou fugazmente pelo Náutico Capibaribe
(13 jogos e 1 gol). Identificado com o Botafogo, ingressou no clube em 1987, a
tempo de participar no emocionante regresso do Botafogo às conquistas após 21
anos de jejum de título oficiais.
Gottardo estreou pelo Botafogo no dia 22 de
março de 1987 no empate com o Campo Grande, em partida válida pelo Campeonato
Carioca. Sob o comando de Jair Pereira, a equipe alinhou com Luiz Carlos;
Josimar, Marinho, Wilson Gottardo e
Mongol; Derval, Luisinho (De Lima) e Édson Maradoninha; Helinho (Toni),
Fernando Macaé e Berg.
Dois anos e três meses depois o maior sonho
dos botafoguenses à época tornou-se realidade: o Botafogo sagrou-se Campeão
Estadual, invicto, no dia 21 de junho de 1989, superando o rival Flamengo por
1x0, gol de Maurício ao 57’, e terminando com o jejum de títulos. Sob o comando
de Valdir Espinosa, a equipe formou com Ricardo Cruz; Josimar, Wilson Gottardo, Mauro Galvão e
Marquinho; Carlos Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma
e Gustavo (Mazzolinha).
E no ano seguinte, comandado em campo pelo
seu ‘Xerife’ Gottardo, o Botafogo repetiu a façanha e assegurou o bicampeonato
estadual no dia 29 de julho de 1990, superando desta vez o Vasco da Gama por
1x0, gol de Carlos Alberto Dias, a 79’. B o comando de Joel Martins da Fonseca,
a equipe alinhou com Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Wilson Gottardo, Gonçalves e Renato Martins; Carlos Alberto Santos,
Luisinho e Djair (Gustavo); Donizete, Valdeir e Carlos Alberto Dias.
Durante o período da sua primeira passagem
pelo Botafogo (1987-1990) e além do bicampeonato, Gottardo conquistou a Taça
Rio (1989) e dois torneios internacionais, Troféu Cidade de Palma de Mallorca
(1988) e Torneio da Amizade de Vera Cruz (1990).
Os dados públicos conhecidos indicam que o
nosso craque atuou em 144 jogos e marcou 6 gols.
Em 1991 rumou ao Flamengo (131 jogos e 8
gols) e conquistou o Campeonato Brasileiro (1992), o Campeonato Estadual
(1991), a Taça Rio (1991), a Copa Rio (1991) e o Campeonato da Capital (1991 e
1993). Entretanto foi convocado para a Seleção Brasileira em 1991 e atuou em 6
jogos.
Em 1994 teve uma breve experiência
internacional no CS Marítimo (10 jogos e 1 gol) e nesse mesmo ano regressou ao
Botafogo, atuando em 27 jogos com 1 gol marcado e conquistando o Triangular
Eduardo Paes (1994).
Em 1995 tornou a experimentar uma breve
passagem, desta vez pelo 1995 São Paulo FC, atuando apenas em 9 jogos e
conquistando a Copa dos Clubes Brasileiros Campeões Mundiais (1995) –
competição que teve 3 edições e reunia os clubes brasileiros que haviam
conquistado a Copa Intercontinental.
Finalmente ingressou no Botafogo pela 3ª vez
ainda em 1995, a tempo de se sagrar campeão brasileiro nesse mesmo ano e
assumir a braçadeira de capitão do Glorioso.
No dia 17 de dezembro de 1995, no jogo de
volta pela decisão do Brasileirão, Santos 1x1 Botafogo (Botafogo 2x1 no jogo de
ida), o Glorioso tornou-se campeão brasileiro alinhando com Wagner; Wilson
Goiano, Wilson Gottardo, Gonçalves e
André Silva; Jamir, Leandro Ávila e Beto; Túlio Maravilha e Donizete. O gol
botafoguense foi de Túlio Maravilha.
Wilson Gottardo foi líder absoluto da
defensiva botafoguense e o grande capitão da equipe em 1995. Por vezes atuava
tão rispidamente que lesionava os adversários e a si próprio, mas, conforme o
próprio afirma em entrevista, atuando sempre de modo leal.
Nos anos 1995-1996 – 3ª e última estadia no
Botafogo – Gottardo atuou em 101 jogos e marcou 3 gols, segundo as fontes
consultadas, e conquistou mais de metade dos troféus na sua carreira pelo
Botafogo, sagrando-se vencedor do Campeonato Brasileiro (1995), Torneio da
Capital (1995), Taça Cidade Maravilhosa (1996), Troféu Teresa Herrera (1996),
Copa Nippon Ham (1996), Torneio Presidente da Rússia (1996) e Torneio Cidade de
Brasília (1996).
Nas fontes consultadas, Gottardo atuou em 272
jogos e marcou 10 gols no conjunto das três passagens pelo Botafogo; uma 3ª
fonte contabiliza mais jogos, talvez devido a diferenças relativas à
contabilização de jogos amistosos – e em qualquer do casos o Botafogo foi o
Clube pelo qual Wilson Gottardo atuou mais vezes e marcou mais gols.
Entretanto, esta mesma fonte contabiliza apenas 10 títulos conquistados, mas as
pesquisas do Mundo Botafogo (ver etiqueta z.futebol senior) encontraram os 13
títulos mencionados nesta biografia, devidamente confirmados e fundamentados
com fichas técnicas.
O último jogo da sua carreira a defender a
zaga botafoguense realizou-se no dia 24 de novembro de 1986 na derrota para a
Portuguesa de Desportos por 4x1, gol de Zé Carlos. Sob o comando de Jair
Pereira a equipe formou com Carlão; França, Wilson Gottardo, Gonçalves e Jeferson; Souza, Otacílio, Clayton
(Giuliano) e Zé Carlo (Marcelo Augusto).
Após 1996 o percurso de Gottardo foi o
seguinte: Fluminense (1997, 7 jogos); Cruzeiro (1997-1998, 102 jogos, gols),
pelo qual conquistou a Copa Libertadores da América (1997); o Campeonato
Estadual (1997 e 1998) e a Recopa Sul-Americana (1998); Sport (1999, 20 jogos,
1 gol), conquistando o Campeonato Pernambucano (1999).
Após aposentar a chuteiras, Wilson Gottardo
treinou Villa Nova – MG (2011); Bonsucesso – RJ (2012); Tupi – MG (2014); Villa
Nova – MG (2016); Palmas (2020-2021); CRAC (2022); GE Brasil [sub-23] (2022).
Em 2014 foi Diretor de Futebol do Botafogo e em 2023 Coordenador Técnico do
Resende – RJ.
Fontes: https://cruzeiropedia.org; https://datafogo.blogspot.com; https://pt.wikipedia.org;
https://terceirotempo.uol.com.br; https://www.zerozero.pt; https://www.lance.com.br
Sem comentários:
Enviar um comentário