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Finalmente, tornei a gostar de ver um jogo do Botafogo. A vitória por 2x0 sobre o Grémio poderia mesmo ter sido mais ampla, não fosse duas ou três defesas miraculosas do goleiro rival.
A equipa de hoje teve muito mais a ver com desempenhos do campeonato carioca do que com as pífias partidas realizadas pelo campeonato brasileiro.
A movimentação desde o primeiro minuto até à marcação do gol foi muito importante para obrigar o Grémio a manter-se afastado do meio-campo botafoguense. A equipa foi muito mais rápida, o acerto de passes foi muito maior, as bolas em profundidade aconteceram com mais frequência e o adversário foi obrigado a recorrer a múltiplas faltas sobre os nossos atletas.
Apesar de o ataque não ter feito gols, pareceu-me muitíssimo melhor do que há uma, duas, três semanas. Jorge Henrique continua muito irrequieto e movimenta-se bem, enquanto Wellington Paulista fez uma boa partida ao desassossegar permanentemente a defesa gremista.
Aliás, somente uma defesa miraculosa do goleiro adversário impediu que Wellington Paulista não tivesse interrompido o seu jejum de gols. Pelo chute, merecia o gol; pela defesa fantástica do goleiro, justificou-se o jejum.
Se a defesa da tarde foi a do goleiro gremista, o pontapé da tarde foi de Zé Carlos. Confesso que pensei: “lá vai o Lúcio Flávio e nova oportunidade perdida”. Mas quando vi Zé Carlos a correr na bola senti o gol antes de acontecer. Não me esqueço do 1º gol de falta assinalado por Zé Carlos em Janeiro e considero que é o melhor cobrador de faltas do Botafogo. Deveria aprimorar-se nessa função.
Aliás, esta questão leva-me a outra que considero muito importante: Lúcio Flávio. Nunca teci críticas severas a Lúcio Flávio, porque antes dele estavam para criticar negativamente o Renato Silva, o Bruno Costa, o Abedi, o Adriano Felício, o Fábio, etc., etc., etc.
Porém, em minha opinião (não compartilhada por muitos), Lúcio Flávio está jogando muito pouco. Todos os escanteios são bastante mal batidos e todas as cobranças de falta levam pouquíssimo perigo à área adversária. Como em jogo jogado o Lúcio Flávio tem feito pouca vista e perdido bastantes bolas, penso que deveria sair da equipa por um tempo. Ademais, é pernicioso que seja sempre ele a cobrar as bolas paradas, porque o adversário já lhes conhece a trajectória. A unanimidade é ‘burra’, não é?... Há que diversificar as cobranças de bola parada…
O jogo de armação seria provavelmente melhor com Diguinho e Carlos Alberto, tendo Lúcio Flávio ausente até se reencontrar. A ligação de ambos a Jorge Henrique e a Wellington Paulista talvez ganhasse com isso, acabando com o ‘chuveirinho’ das bolas muitas vezes inúteis levantadas por Lúcio Flávio.
Quanto à defesa também me pareceu mais rápida e decidida e o goleiro não fez sequer uma defesa importante, porque o ataque do Grémio não conseguiu chegar à baliza botafoguense.
No conjunto, o Botafogo foi hoje muito mais clarividente, sem bolas trabalhadas ao ‘excesso’ - como é seu costume – e passes de primeira, mudanças de ritmo e de rumo, indo mais à bola e marcando bem o adversário.
Além do mais, desde há algum tempo é a primeira vez que o Botafogo torna a ‘ter pernas’ no segundo tempo. Espero que isso seja fruto da mudança de preparação física levada a cabo pelo técnico. A equipa estava completamente ‘rebentada’ desde a final da Taça Rio e Geninho percebeu logo isso.
Desejo que a velocidade imposta hoje, o passe acertado, a mudança de flancos, a jogada clara e a preparação física não tenham sido ocasionais e continuem a valer – para melhor – no próximo jogo fora de casa.
Botafogo 2x0 Grêmio
Gols: Túlio 15’ 1ºT e Zé Carlos 8’ 2ºT
Competição: Campeonato brasileiro
Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’; 06/07/2008
Arbitragem: Cláudio Luciano Mercante Júnior (PE); Jossemmar José Diniz Moutinho (PE) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Cartões amarelos: Túlio e Wellington Paulista (Botafogo); Jean, Paulo Sérgio e Réver (Grêmio)
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Édson e Leandro Guerreiro; Alessandro, Túlio, Diguinho, Lúcio Flávio (Thiaguinho) e Zé Carlos; Wellington Paulista e Jorge Henrique. Técnico: Eugénio Souto, o ‘Geninho’
Grémio: Victor, Jean (Maylson), Willian Thiego e Réver; Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca, Rudnei (Marcel), Rodrigo Mendes (Makelele) e Hélder; Perea. Técnico: Celso Roth
A equipa de hoje teve muito mais a ver com desempenhos do campeonato carioca do que com as pífias partidas realizadas pelo campeonato brasileiro.
A movimentação desde o primeiro minuto até à marcação do gol foi muito importante para obrigar o Grémio a manter-se afastado do meio-campo botafoguense. A equipa foi muito mais rápida, o acerto de passes foi muito maior, as bolas em profundidade aconteceram com mais frequência e o adversário foi obrigado a recorrer a múltiplas faltas sobre os nossos atletas.
Apesar de o ataque não ter feito gols, pareceu-me muitíssimo melhor do que há uma, duas, três semanas. Jorge Henrique continua muito irrequieto e movimenta-se bem, enquanto Wellington Paulista fez uma boa partida ao desassossegar permanentemente a defesa gremista.
Aliás, somente uma defesa miraculosa do goleiro adversário impediu que Wellington Paulista não tivesse interrompido o seu jejum de gols. Pelo chute, merecia o gol; pela defesa fantástica do goleiro, justificou-se o jejum.
Se a defesa da tarde foi a do goleiro gremista, o pontapé da tarde foi de Zé Carlos. Confesso que pensei: “lá vai o Lúcio Flávio e nova oportunidade perdida”. Mas quando vi Zé Carlos a correr na bola senti o gol antes de acontecer. Não me esqueço do 1º gol de falta assinalado por Zé Carlos em Janeiro e considero que é o melhor cobrador de faltas do Botafogo. Deveria aprimorar-se nessa função.
Aliás, esta questão leva-me a outra que considero muito importante: Lúcio Flávio. Nunca teci críticas severas a Lúcio Flávio, porque antes dele estavam para criticar negativamente o Renato Silva, o Bruno Costa, o Abedi, o Adriano Felício, o Fábio, etc., etc., etc.
Porém, em minha opinião (não compartilhada por muitos), Lúcio Flávio está jogando muito pouco. Todos os escanteios são bastante mal batidos e todas as cobranças de falta levam pouquíssimo perigo à área adversária. Como em jogo jogado o Lúcio Flávio tem feito pouca vista e perdido bastantes bolas, penso que deveria sair da equipa por um tempo. Ademais, é pernicioso que seja sempre ele a cobrar as bolas paradas, porque o adversário já lhes conhece a trajectória. A unanimidade é ‘burra’, não é?... Há que diversificar as cobranças de bola parada…
O jogo de armação seria provavelmente melhor com Diguinho e Carlos Alberto, tendo Lúcio Flávio ausente até se reencontrar. A ligação de ambos a Jorge Henrique e a Wellington Paulista talvez ganhasse com isso, acabando com o ‘chuveirinho’ das bolas muitas vezes inúteis levantadas por Lúcio Flávio.
Quanto à defesa também me pareceu mais rápida e decidida e o goleiro não fez sequer uma defesa importante, porque o ataque do Grémio não conseguiu chegar à baliza botafoguense.
No conjunto, o Botafogo foi hoje muito mais clarividente, sem bolas trabalhadas ao ‘excesso’ - como é seu costume – e passes de primeira, mudanças de ritmo e de rumo, indo mais à bola e marcando bem o adversário.
Além do mais, desde há algum tempo é a primeira vez que o Botafogo torna a ‘ter pernas’ no segundo tempo. Espero que isso seja fruto da mudança de preparação física levada a cabo pelo técnico. A equipa estava completamente ‘rebentada’ desde a final da Taça Rio e Geninho percebeu logo isso.
Desejo que a velocidade imposta hoje, o passe acertado, a mudança de flancos, a jogada clara e a preparação física não tenham sido ocasionais e continuem a valer – para melhor – no próximo jogo fora de casa.
Botafogo 2x0 Grêmio
Gols: Túlio 15’ 1ºT e Zé Carlos 8’ 2ºT
Competição: Campeonato brasileiro
Estádio Olímpico João Havelange, o ‘Engenhão’; 06/07/2008
Arbitragem: Cláudio Luciano Mercante Júnior (PE); Jossemmar José Diniz Moutinho (PE) e Fabiano da Silva Ramires (ES)
Cartões amarelos: Túlio e Wellington Paulista (Botafogo); Jean, Paulo Sérgio e Réver (Grêmio)
Botafogo: Castillo, Renato Silva, Édson e Leandro Guerreiro; Alessandro, Túlio, Diguinho, Lúcio Flávio (Thiaguinho) e Zé Carlos; Wellington Paulista e Jorge Henrique. Técnico: Eugénio Souto, o ‘Geninho’
Grémio: Victor, Jean (Maylson), Willian Thiego e Réver; Paulo Sérgio, William Magrão, Rafael Carioca, Rudnei (Marcel), Rodrigo Mendes (Makelele) e Hélder; Perea. Técnico: Celso Roth
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7 comentários:
bingoooooooooo!!!!!
como é bom ver que alguém pensa como eu com relação ao lúcio flávio...
muito bom!
e concordo também que deve haver mais variações nas cobranças de falta, tanto nas que se levanta a bola na área, quanto nas que se chuta direto pro gol.
o problema é que o zé carlos não vinha merecendo lugar no time titular.
agora, com a boa atuação e se mantiver o nível, isso pode acontecer.
o botafogo foi compacto e considero essa a maior virtude da vitória de ontem: manteve o brio ofensivo e a força defensiva nas duas etapas.
tomara que continue assim!
abraço e sds. botafoguenses!!!
É, Rui!! Finalmente uma vitória convincente!!
Que seja o sinal de mudança nos nossos ares!
Como é bom iniciar a semana assim!
Abs e SA!!!
Olá, amigo Fábio...
Sobre o LF digo um pouco mais: tomei esta posição pela primeira vez sobre ele precisamente num jogo em que jogou razoavelmente. E fi-lo propositadamente, para que não se pense que o faria apenas por causa de uma má exibição noutro jogo qualquer. É que se o LF jogou ontem, como já li noutros sítios, uma das suas melhores partidas, então, meu amigo, que se substitua o homem por outro que saiba melhor 'carregar o piano'. Se o Zé Carlos voltar aos jogos em que já o vi jogar bem, se o Diguinho tomar juízo fora do campo e estiver em forma e se o Carlos Alberto se inspirar e largar mais a bola (ele poderia ser o 'carregador de piano'), então teríamos um forte meio-campo. Talvez aí o LF pensasse em voltar a fazer alguns jogos notáveis que eu lhe vi fazer. Com passes notáveis. Assim não. Dizem que ontem 'brigou' muito. É verdade... E quantas dessas brigas ganhou?... Não tenho nada contra ele, pelo contrário, mas precisa refrescar-se...
Sobre jogar 'compacto', é isso mesmo!... Os melhores jogos do Botafogo são aqueles em que ninguém tenta jogar para si, mas para os outros. Lembro-me das notáveis jogada do início do ano entre o JH e o WP (foi aí que comecei a gostar do WP) em que ambos ofereciam ao outro a melhor oportunidade. Ganhávamos, então... Penso que mesmo a meio fôlego o JH faz imensa falta ao ataque botafoguense. Eu não gosto do jeito dele se atirar para o chão nem de parecer que está sempre zangado, mas que mexe com as defesas, mexe... O WP é um rapaz notável a combater. Gostava que ele tivesse sucess na vida pela sua postura humilde e batalhadora.
Abraços grandes com saudações botafoguenses
Amigo Rodrigo, vitória muito convincente, sim. Penso mais: se estes jogadores estiverem a fim de fazer algo de jeito e se aprimorarem podem vencer por mais de 2x0 um jogo como o de ontem.
Não estou sequer a pedir que fiquemos no G4, não. Estou apenas a desejar que lutemos em campo, assentes num esquema tático clarividente e operacional. Ontem o Geninho criticou de novo subrepticiamente os 'vícios' do passado (entrar na área com a bola muito trabalhada como gostava o Cuca) e disse que as mudanças não caem do céu de repente. Estou de acordo (nisso e em maior objectividade e menor 'bola trabalhada') e continuo a aguardar até proferir um comentário fundamentado sobre o Geninho no BFR. Se o esquema de ontem teve a 'sua mão', então vou-lhe dar mais tempo. Eu desejo muito que tenha mesmo tido a sua mão...
Abraços grandes com saudações botafoguenses
Nota genérica: tive pena que o Vasco tivesse perdido para aquele Figueirense que ainda me está atravessado...
Saudações botafoguenses
Estive lá no Engenhão juntamente com meu filho e posso dizer que ainda falta um pouco para que possamos ter maior segurança em relação ao time do Botafogo.
Alguns podemos podemos destacar:
1 - Apesar de não vir fazendo gols, o Wellington Paulista é um excelente distribuidor de bolas. Falta um pouco de sorte para que ele volte a marcar.
2 - Em determinados momentos o Lúcio Flávio parece apagar no meio do jogo.
3 - A zaga não é lá muito confiável.
4 - Diguinho e Alessandro estão jogando bem.
5 - Tenho certeza que logo retomaremos o rumo das vitórias convincentes.
Olá, Jorge Alberto.
Concordo interamente com os pontos 1, 2 e 3. Ponto 4: penso que o Alessandro exagera a atacar. Desde que estipulou uma meta de gols para si só pensa nisso e menos na equipa. Ponto 5: que todos os deuses, bruxos e entidades afins o oiçam!...
Saudações botafoguenses
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