quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Voz de Ruy Barbosa

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Se Ruy Barbosa fosse vivo, se fosse botafoguense e se tivesse lido a nota oficial do “presidente” Pinóquio Omissão sobre o MCR, responderia provavelmente com um dos seus proverbiais pensamentos:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”Ruy Barbosa.
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7 comentários:

Gil disse...

Rui,

Como sempre, PERFEITO!

Esse pensamento do seu xará é uma obra prima e eterno. Tenho como lição de vida e utilizo-o na minha assinatura do correio eletrônico.

A cada dia tenho a convicção que o fantoche e atual presidente do nosso amado BOTAFOGO foi escolhido a dedo pelo grupo do Montenegro.
Ele falar em 4 meses de salários atrasados tendo o Good na antiga e atual gestão. Ter o ex-presidente do rebaixamento, Mauro Ney Palmeiro, como eminência parda, que deixou o clube falido, e entre outras contas 18 meses de salários atrasados dos jogadores, só pode ser brincadeira.

Abs e Sds, BOTAFOGUENSES!!!

Ruy Moura disse...

Pois fica sabendo, querido amigo, que eu não conhecia o pensamento e foi o teu correio eletrônico que, há uns meses, mo revelou. Achei que era o momento apropriado para a sua utilização, porque a frase abrange os comportamentos ético-intelectuais inadequados, como é caso em referência.

Abraços Gloriosos!

Lorismario disse...

Prezado Rui.
E que o proverbio se aplica aos n casos, de n condições, sobre n assuntos, inclusive aos dois em epígrafe, ou seja, para ser claro a diretoria e ao MCR. Loris.
PS. O que os dois fizeram pelo Botafogo?

Ruy Moura disse...

Queridíssimo amigo Loris, creio que o MCR, como movimento com perspectiva política já fez algo pelo / para o Botafogo, tal como provavelmente a Com.fogo com as suas campanhas pró-Botafogo ou outros movimentos que se interessam por definição de políticas e estratégias e não apenas por gestão casuística em cima do joelho. Por exemplo, se eu vivesse no Rio de Janeiro certamente aderiria a um desses movimentos que estivesse de acordo com a minha linha e no qual eu pudesse expressar-me livremente num grupo ao serviço do clube. Porque entendo que a política como suporte de estratégias, de métodos e objetivos é essencialíssima.

Confesso que, como foi dito há décadas, concordo que somos 'animais políticos'. Quem não se interessa por política e se omite dela acaba sendo gerido por quem se interessa por ela, e não tem meio de reclamar.

Como não sei omitir-me não teria nenhum problema em participar de um grupo, até porque o poder toma-se em grupo e não individualmente. A questão é determinar se o poder é exercido apenas como poder - caso da atual "presidência" do BFR, que desconhece completamente o 'ramo de negócio' - ou se é exercido para mudar, melhorar e alcançar metas e desideratos. Eu sou por este último poder.

Pessoalmente, já exerci o topo de instituições na qualidade de presidente e diretor-geral, duas vezes eleito e uma vez nomeado, e exerci outros elevados cargos de natureza política. Em todos eles exerci o poder exclusivamente ao serviço da instituição, e a prova é que saí pela porta grande e ainda hoje sou muito considerado. Não devemos ter medo de exercer o poder; a política é que comanda a vida social, e se não nos envolvermos alguém se envolverá por nós - e nem sempre será quem desejamos...

Em todo o caso, continuarei observando o teu conselho anterior, embora isso não me impeça de apoiar quem eu entenda que está melhor posicionado para comandar o nosso Botafogo. Porque como dizes, o nosso lema deve ser:

QUEREMOS O NOSSO BOTAFOGO DE VOLTA!

Abraços Gloriosos!

Ruy Moura disse...

Loris, na Internet, a defesa de Pinóquio Omissão já passa por comparar Eurico Miranda com Bebeto de Freitas. Estou simplesmente estupefacto!

Por outras palavras: é preciso ainda arrasar Bebeto de Freitas para que a atual diretoria possa submergir do pântano em que se move. Neste momento estão sendo transformados em alvo o MCR e o Bebeto de Freitas; são métodos políticos bem conhecidos, e com o meu passado antifascista condeno-os severamente. Não pode valer tudo entre os homens, Loris! Quando vale tudo, os homens auto-destroem-se!

Abraços Gloriosos!

Lorismario disse...

Caro Rui. Certíssimo. Sem política não existe nada. Vou no entanto usar uma sentença retirada do seu texto para ilustrar como a atual diretoria do Botafogo e o MCR fazem a mesma coisa em faces opostas. Sua sentença é a seguinte: " Em todos exercí o poder exclusivamente ao serviço da instituição". Responda-me Rui; a atual diretoria e o MCR praticam o conteúdo da sua sentença?
Ainda em tempo, quando lhe pedí para que você se concentrasse no lema "queremos nosso Botafogo de volta ", seria muita presunção minha pedir para você não falar de política. Te pedí apenas para se basear em fatos. Por exemplo, vejo pessoas ligadas ao MCR chamar o fundo para aquisição de jogadores de "fundilho". Se a pessoa tivesse dados consistentes e irrefutáveis sobre o que é verdadeiramente este fundo - eu não sei o que é e como funciona- não haveria necessidade de falar pejorativamente. É que nós que estamos distantes não sabemos o que se passa. E quem está dentro parece que mente e quem está fora não é consistente nas críticas. Críticas consistentes ajudam a governar pois parametrizam os governantes a se auto-controlarem. Já fui diretor de Departamento e Coordenador de Pós-graduação em cursos de Psicologia. Não há em nenhuma ciência tanta discordância de objeto de estudo como em psicologia. Eu tenho minhas posições pessoais mas quando fui diretor e coordenador eu não era diretor da minha posição nem dos gestaltistas, nem dos psicanalistas, nem dos behavioristas, nem dos fenomenologistas nem dos sócio-históricos, nem de ninguem. Eu era diretor e coordenador da instituição chamada Departamento de Psicologia e Pós graduação em Psicologia. Parece-me bem em concordância com sua sentença descrita acima. Assim deveria ser nossa presidencia. Assim deveria ser o MCR. Por incrível que pareça quem é mais "assim" somos nós os torcedores. É sempre um prazer debater contigo. Forte e afetuoso abraço. Loris.

Ruy Moura disse...

Também gosto muito de debater contigo, desde as nossas antigas conversas por correio eletrónico. Começou em 2007, não foi?...

Fizeste-me sorrir sobre a discordância dos psicólogos quanto ao objeto de estudo. É mesmo isso. Trabalho desde há muito tempo com alguns psicólogos que convido para as minhas equipas e as discordâncias são bem frequentes.

Creio que estamos de acordo sobre a forma como dirigias o departamento, e seria dessa mesma maneira que BFR e MCR deveriam agir. Tu sabes, e todos sabem, que acima do "presidente", do MCR, da Com.fogo, de ti ou de mim, colocamos sempre o nosso Botafogo. Portanto, não obstante eu apoiar algo, sempre criei espaço de manobra para criticar 'por dentro'. Por exemplo, apesar do balanço favorável que fiz da gestão Bebeto num artigo publicado no Arena Alvinegra - quando ele já tinha saído e todos lhe caíam em cima com algum oportunismo -, evidenciei tanto aspectos positivos como negativos. Não me escuso a criticar mesmo quem apoio porque isso é saudável, 'criador' e o meu único 'ismo' no desporto chama-se mesmo BOTAFOGUISMO. Então, concordarei com este ou com aquele quando considerar que isso é fundamental para o BFR.

No caso vertente, reconheço que o MCR nem sempre apresenta o mesmo tom nas suas análises (a nota que contesta a do "presidente" é exemplo disso, aqui e ali), e deveria fazê-lo porque é um movimento que quer tomar o poder um dia para mudar os rumos do clube e precisa ser muito consistente nas suas afirmações e acusações. Sucede que, como os próprios partidários do "presidente" afirmam, a oposição não sabe nada porque não está dentro do Glorioso. Isto é, SÓ SABE A VERDADE (?) QUEM ESTÁ LÁ! Por consequência, quando a informação é escassa os homens torneiam-na ou criam boatos. No caso, o MCR não cria boatos, simplesmente torneia porque desconhece certas coisas que devia conhecer se a gestão do BFR fosse transparente para os seus torcedores, e então é menos cirúrgico a criticar. Mas creio que o problema não é deles, mas de quem não fornece as informações que deveria.

Na política não há anjos, mas há linhas com as quais discordamos ou concordamos, sendo que muitas vezes participamos delas em cargos de relevo. Essas linhas são para defender e o combate político é legítimo desde que não se troce do adversário nem se criem situações desiguais. Ora, a nota da "presidência" troça do adversário e evidencia que cria condições desiguais quando reconhece que 'eles' não sabem porque não estão lá e ninguém dá informações sobre o que se passa. O torcedor botafoguense é realmente muito maltratado por esta “presidência” mais preocupada a combater os de dentro do que a recriminar os adversários de fora.

Então, face a um tal estado de coisas, alguém tem que fazer algo - e foi o MCR que fez. É um movimento político e quer o poder?... Nem sempre age bem?... Nem sempre conhece os dossiers?... Pois, Deus faria isso na perfeição, mas o MCR é composto por pessoas e... tens muitos inimigos à espreita... E são inimigos revanchistas, que até já comparam Eurico Miranda a Bebeto de Freitas!!!... Depois desta comparação não se poderá esperar um único contributo positivo dos partidários do “presidente” nem dele mesmo. Seja o MCR seja outro movimento qualquer, o poder tem que mudar de mãos tão brevemente quanto possível (quiçá somente no fim deste mandato – e veremos se ainda existe Botafogo…). Em dias de temporal os homens tem que escolher um abrigo, mesmo que não seja o desejado, porque ficar ao relento pode ser a sua morte. E a atual diretoria do Botafogo significa o ‘relento’.

Abraços Gloriosos!

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