
Existem muitas histórias sobre Garrincha. O Mundo Botafogo já reproduziu várias dessas histórias, e hoje narra mais algumas.
São histórias contadas por ‘Seu’ Toti, o primeiro técnico do eterno camisa 7 no Sport Clube Pau Grande, atualmente com 87 anos de idade.
Solidariedade e competitividade
“Garrincha gostava de jogar pelo time mais fraco ou de atuar com o de número menor de jogadores. Ele falava que assim ficava mais competitivo o futebol. Mesmo assim, ele fazia muita gente passar vergonha. Driblava o time adversário inteiro, mesmo com todo mundo marcando por pressão.”
Dois pés direitos
“Em uma das visitas a Pau Grande, Mané Garrincha queria jogar uma pelada para relembrar os velhos tempos com os amigos. Mas ele chegava sem chuteira disponível e só tinha dois pés direitos. Garrincha calçou-os e com os dois pés iguais marcou dez gols na pelada. Antes, ele prometera que iria marcar dez gols na partida. Ele era um homem de palavra.“
O Guarda e o sinal vermelho
“Depois do bi mundial (1958/62), Garrincha estava comigo em Volta Redonda. Teimoso, avançou um sinal vermelho. Não deu outra: o guarda parou o carro para multá-lo. Quando descobriu que era Garrincha, começou a gritar para todo mundo que o Mané estava ali. O guarda era o Ávila, que havia atuado com ele pelo Botafogo nos anos 50.”
Desconcentração
“Ele adorava pescar e passar o tempo nas cachoeiras de Pau Grande. Na véspera de um Botafogo x Flamengo, ele fugiu da concentração, pegou carona com um amigo e veio para cá. Ainda trouxe o Nílton Santos para ficar pescando e jogando conversa fora. Apenas no fim do dia eles conseguiram carona e voltaram escondidos para a concentração.”
Simplicidade
“Mané era tão simples que às vezes as pessoas não acreditavam que era ele mesmo. Em uma das muitas festas que ele frequentou, uma mulher não acreditava que Garrincha estava presente. Ela não acreditava que o Mané era uma pessoa que andava vestido com roupa simples e calçando chinelo de dedos.”
Prazer de jogar
Garrincha escapava-se muitas vezes à concentração do Botafogo no Rio, preferindo pernoitar em Pau Grande, junto da família, dos amigos e… alguém mais. Numa véspera de jogo contra o Flamengo, Aracy, uma das amigas do craque, acordou com as gargalhadas dele e disse: - “Garrincha, por que você está rindo? Vá dormir que amanhã é dia de jogo!” – mas Garrincha retrucou: - “Não é nada não, Aracy. É que amanhã eu vou fazer o Jordan rodar! Quero ver o Jordan dançar” - dizia, às gargalhadas. Jordan era lateral-esquerdo do Flamengo, um dos ‘joões’ que tomava sucessivos dribles do camisa 7 do Botafogo, e Garrincha divertia-se jogando futebol assim.
São histórias contadas por ‘Seu’ Toti, o primeiro técnico do eterno camisa 7 no Sport Clube Pau Grande, atualmente com 87 anos de idade.
Solidariedade e competitividade
“Garrincha gostava de jogar pelo time mais fraco ou de atuar com o de número menor de jogadores. Ele falava que assim ficava mais competitivo o futebol. Mesmo assim, ele fazia muita gente passar vergonha. Driblava o time adversário inteiro, mesmo com todo mundo marcando por pressão.”
Dois pés direitos
“Em uma das visitas a Pau Grande, Mané Garrincha queria jogar uma pelada para relembrar os velhos tempos com os amigos. Mas ele chegava sem chuteira disponível e só tinha dois pés direitos. Garrincha calçou-os e com os dois pés iguais marcou dez gols na pelada. Antes, ele prometera que iria marcar dez gols na partida. Ele era um homem de palavra.“
O Guarda e o sinal vermelho
“Depois do bi mundial (1958/62), Garrincha estava comigo em Volta Redonda. Teimoso, avançou um sinal vermelho. Não deu outra: o guarda parou o carro para multá-lo. Quando descobriu que era Garrincha, começou a gritar para todo mundo que o Mané estava ali. O guarda era o Ávila, que havia atuado com ele pelo Botafogo nos anos 50.”
Desconcentração
“Ele adorava pescar e passar o tempo nas cachoeiras de Pau Grande. Na véspera de um Botafogo x Flamengo, ele fugiu da concentração, pegou carona com um amigo e veio para cá. Ainda trouxe o Nílton Santos para ficar pescando e jogando conversa fora. Apenas no fim do dia eles conseguiram carona e voltaram escondidos para a concentração.”
Simplicidade
“Mané era tão simples que às vezes as pessoas não acreditavam que era ele mesmo. Em uma das muitas festas que ele frequentou, uma mulher não acreditava que Garrincha estava presente. Ela não acreditava que o Mané era uma pessoa que andava vestido com roupa simples e calçando chinelo de dedos.”
Prazer de jogar
Garrincha escapava-se muitas vezes à concentração do Botafogo no Rio, preferindo pernoitar em Pau Grande, junto da família, dos amigos e… alguém mais. Numa véspera de jogo contra o Flamengo, Aracy, uma das amigas do craque, acordou com as gargalhadas dele e disse: - “Garrincha, por que você está rindo? Vá dormir que amanhã é dia de jogo!” – mas Garrincha retrucou: - “Não é nada não, Aracy. É que amanhã eu vou fazer o Jordan rodar! Quero ver o Jordan dançar” - dizia, às gargalhadas. Jordan era lateral-esquerdo do Flamengo, um dos ‘joões’ que tomava sucessivos dribles do camisa 7 do Botafogo, e Garrincha divertia-se jogando futebol assim.
2 comentários:
Caro amigo, essas histórias são maravilhosas, sobretudo porque "limpa" a imagem medonha de bêbado e irresponsável que o Sr. Ruy Castro (flamenguista ressentido) ajudou a construir com seu livro (sic!).
Completamente de acordo, Ronau. Detesto esse senhor, mais um ressentido cathartiforme que não tem onde cair intelectualmente morto. Que escreveu um livro não sobre Garrincha, mas sobre álcool. Só para diminuir uma das pessoas mais doces do mundo, como dizia Nelson Rodrigues, porque ele não envergava aquela camisa horrível dos enjeitados pela arte do futebol - a camisa dos obscenos cathartiformes.
Abraços Gloriosos!
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