sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Jogos inesquecíveis: Botafogo 4x0 Fortaleza

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A legitimação social é um dado poderosíssimo muito difícil de abalar, quer a razão seja ínfima ou infinita. O mais importante título do Botafogo até 1993 sempre foi muito pouco falado, escrito e mostrado. Foi um título nacional, mas os títulos cariocas é que estiveram na mente dos botafoguenses até 1993-1995.

Creio que a Taça Brasil 1968, conquistada já em 1969, acompanharia as mentes botafoguenses durante décadas se na final lá tivesse estado o Santos ou o Fluminense. Mas esteve o simpático Fortaleza, que nunca foi um clube de grande dimensão nacional.

Nestas circunstâncias, não possuo informações narrativas do jogo, nem relatos emotivos da conquista. O mesmo placar de 4x0, uns meses antes, sobre o Vasco da Gama, apenas pela conquista do campeonato estadual, teve muito mais impacto junto dos botafoguenses…

É, por isso, questionável que seja um ‘jogo inesquecível’. Creio que quase todos já o esqueceram, mas um título máximo nacional à época merece nota nesta etiqueta de Mundo Botafogo.

No dia 4 de Outubro de 1969 o Botafogo goleou o Fortaleza por 4x0, venceu a Taça Brasil – a mais importante competição à época – e tornou-se o representante do país na Taça Libertadores das Américas.

A primeira parte do jogo terminou com a vantagem de 1x0 para o Botafogo, gol de Roberto logo aos 7’. No início da segunda parte, aos 53’, Ferreti ampliou, e Afonsinho matou o jogo aos 65’. Ferretti ainda bisou na artilharia aos 83’, selando a vitória com uma goleada.

O jogo decorreu no Estádio do Maracanã, foi arbitrado por Guálter Portela Filho e assistido por 34 588 pessoas.

O Botafogo, comandado por Mário Zagallo, alinhou com Cao; Moreira, Chiquinho Pastor (Leônidas), Moisés e Valtencir; Carlos Roberto (Nei Conceição) e Afonsinho; Rogério, Roberto, Ferretti e Paulo César.

O Fortaleza, comandado por Gilvan Dias, alinhou com Mundinho; William, Zé Paulo, Renato e Luciano Abreu; Joãozinho e Luciano Frota; Garrinchinha, Lucinho, Erandir (Amorim) e Mimi.

Pesquisa e Texto de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo)
Foto de Sérgio Nunes, leitor e amigo do Mundo Botafogo
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3 comentários:

Anónimo disse...

Rui,

Infelizmente este time (um dos melhores de nossa história) não pode exercer o seu direito de jogar a Libertadores do ano seguinte. Na verdade era mesmo ano de 69. Enfim, a Taça Brasil de 68 terminou depois da Libertadores69.

Coisas que só acontecem ao Botafogo.

Merecíamos o convite de inclusão na Libertadores de 70.

Patrick Dias

Ruy Moura disse...

É verdade, Patrick. São coisas que acontecem ao Botafogo, mas também porque a confederação brasileira e as federações estaduais sempre inventaram de tudo. Continuo sem entender como é possível ser-se campeão carioca duas vezes no memso ano. Ou se mudam regulamentos como no Brasileiro de 1987. Enfim... Mas as coisas estranhas calham sempre para o nosso lado, é verdade que calha.

Abraços Gloriosos!

rafael botafoguense disse...

Ainda em dezembro de 1968, quando a CBD passou as vagas na Taça Libertadores 1969 ao
campeão e ao vice-campeão da Taça de Prata 1968, o presidente do Botafogo sugeriu que
o campeão e o vice-campeão da Taça Brasil de 1968 (que só viria a terminar em dezembro
de 1969) fossem classificados para a Taça Libertadores 1970.
Não se sabe que decisão a CBD tomou e quais seriam os participantes brasileiros na Taça
Libertadores 1970. Provavelmente, o Brasil não teve representantes na Taça Libertadores
1970 justamente por a CBD não ter conseguido chegar a uma decisão em tempo hábil.

http://www.rsssfbrasil.com/miscellaneous/brpartlib.htm

é uma pena. libertadores não se disputa toda hora,ainda mais pra gente.

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