MUNDO BOTAFOGO: Manequinho aplaude (38)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Manequinho aplaude (38)

“Garrincha foi a maior figura do jogo, a maior figura da Copa do Mundo e, vamos admitir a verdade última e exasperada: a maior figura do futebol brasileiro desde Pedro Álvares Cabral.” – Nelson Rodrigues, escritor, depois do Brasil x Chile do Mundial de 1962.

6 comentários:

Botafoguense Clássico disse...: Meu amigo luso-botafoguense, tem mais uma do Nelson que gostaria de compartilhar contigo. Fala do Botafogo e também dos tempos idos.

"O assassinato do sanduíche" - Manchete Esportiva 10/11/1955

"Comparada às outras tribunas de imprensa – a do Botafogo tem um luxo asiático de consultório de psicanalista. Vi colegas perplexos, desconfiados e, mesmo, temerosos. Mas não foi só. Ouve mais: - ouve champanha, houve guaraná, biscoitos e sanduíches. Num ambiente cordialíssimo, confraternizaram jornalistas e paredros. Em dado momento, irrompe um garçom irrepreensível, com uma bandeja de sanduíches. Aceito um deles. Vejam vocês: - o sanduíche desencadeou em mim um processo proustiano. Recuei no tempo e vi-me a comer outro sanduíche, há 30 anos, num campo de futebol, também. Naquele tempo, certos clubes ofereciam, uma vez por outra, um lanche à imprensa nos intervalos de jogo. Hoje, o cronista esportivo conquistou um nível social e econômico vertiginoso. Pode olhar um mísero, um franciscano sanduíche com um desperzo de rajá. Naquela época era diferente: - o repórter especializado andava de taioba e morria fisicamente de fome. Daí o sucesso dos lanches que o Bangu, o Andaraí e outros clubes proporcionavam.

Vejam o abismo entre as duas épocas: - ontem, no Botafogo, os sanduíches circulavam nas bandejas, intactos e impunes; mas em 1920 nenhum sanduíche poderia aparecer, num reservado de imprensa, sem perigo de vida. Era acometido por todos os lados, sumariamente. Os biscoitos, também, e qualquer espécie de comestível. Pois bem: - no tal jogo antediluviano, houve o lanche. Vi um dos meus colegas arremessar-se, derrubando cadeiras, devastando mesas, ceifando pessoas; vi, ainda, quando ele agarrou um sanduíche ou, por outra, agrediu um sanduíche. Mas a simples agressão ainda não foi tudo. Houve mais: - houve um verdadeiro assassinato de sanduíche. Não existia, ali, nenhum guaraná. Do contrário, o confrade teria engolido a garrafa, com chapinha e tudo, qual um elefante de circo."

fonte: http://migre.me/ckrhz; 11 de dezembro de 2012 às 14:00
Ruy Moura disse...: Muito bom, meu amigo! No tempo em que havia cronistas desportivos e não apenas narradores funcionalmente analfabetos e culturalmente inúteis como há hoje.

Abraços Gloriosos!; 11 de dezembro de 2012 às 14:38
Lorismario disse...: Rui. Foram estes tipos de crônicas, feitos por não botafoguenses, que lançaram a ira dos catartídeos contra nós. Loris; 11 de dezembro de 2012 às 22:39
Anónimo disse...: Prezado Irmão
Ainda em luta com dados e textos finalmente lhe comunico que o lançamento do livro do Botafogo nos Campeonatos Cariocas - 1906/2013 - será lançado em brasília em Setembro durante o Feijão do Fogão.
Haverá ainda uma pequena probabilidade de que o Clássico Vovô também seja lançado na mesma época, livro que escrevo em parceria com um grande amigo tricolor Ricardo Ayres.
Espero que em 2013 possamos ter um time de verdade que honre as cores e o manto alvinegro.Que possamos ter um treinador de verdade - acho que o O2 já era - e que a diretoria possa finalmente apresentar um projeto sério e que cumpra a risca o mesmo.Volto a dizer ficaria muito feliz se tivermos um elenco que saiba honrar o manto sagrado, que transpire luta e dedicação, que transforme a dor em vitória e que na derrota saiba achar os erros e corrigir no dia seguinte.
Feliz daquele que tem uma estrela como símbolo.
Eternamente

SAUDAÇÕES ALVINEGRAS GLORIOSAS

MARCOS VENICIUS; 12 de dezembro de 2012 às 09:25
Ruy Moura disse...: É verdade, Loris. É que além da nossa qualidade, havia o reconhecimento da nossa qualidade pela voz e pela pena dos melhores cronistas que não eram botafoguenses. E acrescia, ainda, a enorme qualidade dos nossos cronistas também.

Abraços Gloriosos!; 12 de dezembro de 2012 às 09:46
Ruy Moura disse...: Boas novidades, Irmão.

Quanto ao OO, já era, mas parece que ainda vai ser... Saiu todo o mundo: André Silva, Anderson Barros, Maíra Ruas, Departamento Médico, etc. Espero que para melhor. Só o sargento zero-zero é que parece que fica. Não é bom sinal.

A esperança é a última que morre e a fé é eterna...

Abraços Gloriosos!; 12 de dezembro de 2012 às 09:50

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2018: Entre a Fúria e a Loucura: análise de duas formas de torcer pelo Botafogo de Futebol e Regatas, de Isabella Trindade de Menezes
2017: Sandro Moreyra – um autor à procura de um personagem, de Paulo César Guimarães
2017: Mendonça do Botafogo, de Roberto Oliveira
2017: As 100 melhores crônicas comentadas de João Saldanha, de Alexandre Mesquita e Cesar Oliveira (orgs.)
2016: O Futebol do Botafogo - 1961-1965, de Carlos Ferreira Vilarinho
2016: Datafogo: números gloriosos do Botafogo de Futebol, Regatas e outros Esportes, de Claudio Falcão
2016: Bíblia do Botafogo, de Júlio Gracco e Octavio Azeredo
2015: O Botafogo de 95, de Thales Machado
2015: Garrincha 'O Rei dos Reis' II, de Dominique Beaucant
2015: 95 - A tua estrela brilha, de Claudio Portella e Rafael Casé
2014: Jogo do Senta - a verdadeira origem do chororô, de Paulo Cezar Guimarães
2014: Garrincha, a flecha fulniô das Alagoas. Mestiçagem, futebol-arte e crônicas pioneiras, de Mário Lima
2014: Garrincha - O Rei dos Reis - O Divino Anjo Voa Novamente, de Dominique Beaucant
2014: Como o Botafogo Conquistou a China, de Bruno Porto
2013: O Velho e a Bola, de Maneco Muller
2013: O Maior Botafogo de Todos os Tempos, de Roberto Porto
2013: O Futebol do Botafogo - 1951-1960, de Carlos Ferreira Vilarinho
2013: General Severiano: 100 anos de um campo glorioso, de BFR
2013: De Pernas para o Ar - minhas memórias com Garrincha, de Gerson Suares
2013: Botafogo na intimidade, de Adilson Taipan
2013: A Estrela do Amanhã, de Adilson Taipan
2013: 1962 o Ano Mané, de Maurício Neves de Jesus
2012: Os 70 anos da fusão do Botafogo, de Rafael Casé
2012: Jogos Memoráveis do Botafogo, de Auriel de Almeida
2012: Garrincha x Pelé, de Filipe Mostaro
2011: Passos do Campeão, de Auriel de Almeida
2011: O dia em que me tornei Botafoguense, de Maurício Stycer
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2011: Botafogo, uma paixão além do trivial, de Gabriel Marques
2011: A Magia do 7, de Caio Polido Braga, Eduardo Freitas, Humberto Cottas, João Paulo Velozo Oliveira Arantes, Wesley Barbosa Machado, Paulo Roberto Silva de Carvalho e Ricardo Mezavila
2011: A cavadinha muito loca, de Adilson Taipan
2011: 7 Crônicas Alvinegras, de Milene Lima, Gabirel Pinto Antoniol, Jora Laila de Brito Oliveira, Luiz Sergio Cunha, Renato Gomes da Silva, Helder Jayme da Luz Ferreira, Marcos Jucá
2010: Quem derrubou João Saldanha, de Carlos Vilarinho
2010: Proibidão: Bota Tudo, Botafogo!, de Adílson Taipan
2010: Meu Pequeno Botafoguense, de Helio de la Peña
2010: Botafogo - muito mais que um clube, de Thiago Pinheiro
2010: 21 depois de 21, de Paulo Marcelo Sampaio e Rafael Casé
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2009: O Time do Meu Coração, de BFR e José Antonio Gerheim
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2009: Botafogo: O Glorioso!, de Roberto Porto
2009: Botafogo desde menino, de Luís Pimentel e Carlos Amorim
2008: Quarentinha: o artilheiro que não sorria, de Rafael Casé
2008: Manual do Torcedor Botafoguense, de Luís Pimentel e Carlos Amorim
2008: Camisa 7, de Adílson Taipan
2007: Poeta do Povo e do Botafogo, de Adílson Taipan
2007: João Saldanha: uma vida em jogo, de André Iki Siqueira
2006: Nunca Houve um Homem como Heleno, de Marcos Eduardo Neves
2006: Dei a Volta na Vida, de Paulo Cézar Lima
2006: Clássico Vovô, de Alexandre Mesquita e Jefferson Almeida
2005: Botafogo: 101 Anos de Histórias, Mitos e Superstições, de Roberto Porto
2004: João Sem Medo - Futebol-Arte e Identidade, de Eduardo Manhaes
2004: Botafogo — entre o céu e o inferno, de Sérgio Augusto
2004: 100 Anos Gloriosos — Almanaque do Centenário do Botafogo, de Rafael Case e Roberto Falcão
2003: A sétima maravilha, de Cristiano Silva
2002: A História do Botafogo em Cordel, de Cláudio Aragão
2001: Treino é treino, jogo é jogo (sobre Didi), de Roberto Porto,
2000: Botafogo de Futebol e Regatas — Histórias, Conquistas e Glórias no Futebol, de Antonio Carlos Napoleão
1999: Mauro Capitão Galvão - lições de vida, lições de futebol, de Hélio Ricardo
1998: Prezado Amigo Afonsinho, de Kleber Mazziero de Souza
1998: Nílton Santos — Minha Bola, Minha Vida, de Nílton Santos
1996: Oder per Mané - quando Garrincha parlava ai pesseri, de Darwin Pastorin
1996: João Saldanha, de João Máximo
1996: Botafogo, o Glorioso — Uma história em branco e preto, de Braz Pepe, Luiz Mendonça e Ney Oscar Carvalho
1995: Estrela Solitária, de Ruy Castro
1994: Histórias do Futebol, de João Saldanha
1993: Didi, o gênio da folha seca, de Péris Ribeiro
1988: Futebol & Outras Histórias, de João Saldanha
1985: Histórias de Sandro Moreyra, de Sandro Moreyra
1984: Mané Garrincha, de Telmo Zanini
1980: Garrincha Só, de Raimundo de Oliveira
1973: Garrincha - o Demônio das Pernas Tortas, de Renato Peixoto dos Santos
1971: As lições da Copa, de Mário Zagallo
1969: Minha vida com Mané, de Elza Soares
1951: O Futebol no Botafogo (1904-1950), de Alceu Mendes de Oliveira Castro

FILMES E SÉRIES

2016: Barba, Cabelo e Bigode [filme], de Lucio Branco
2015: Filme 95 (documentário), Departamento de Marketing BFR
2014: Ídolo [Nilton Santos, documentário], de Ricardo Macedo e Ricardo Calvet
2014: Garrincha, El mito [documentário], de Marcos Horácio Azevedo
2012: Heleno - o Príncipe Maldito [filme], de José Henrique Fonseca
2008: João - é tudo verdade [documentário], de André Iki Siqueira e Beto Macedo
2006: O Rio é Preto e Branco [documentário], de Jefferson Mello
2005: Jogada Decisiva [Garrincha, filme], de Jan Verheyen
2005: Garrincha - Estrela Solitária [filme], de Milton Alencar
2004: O Resgate da Dignidade [filme], de Ricardo Abeleira
2004: Botafogo, campeão brasileiro [documentário]
2004: A volta do Glorioso a General Severiano [documentário]
2002: Pelé e Garrincha, Deuses do Brasil [documentário], da BBC
2002: O Gilda [filme]
2002: Memória de Garrincha [filme]
2000: Garrincha [documentário], de Paulo César Saraceni
1998: Hilda Furacão [minissérie], de Glória Perez
1996: O Glorioso Botafogo [documentário], de Carlos Niemeyer
1990: Desejo (Tragédia da Piedade) [minissérie], de Glória Perez
1989: Botafogo, campeão invicto de 89 [documentário]
1987: Heleno e Garrincha [documentário], de Ney Costa Santos
1978: Mané Garrincha [documentário], de Fábio Barreto
1974: Passe livre [filme], de Oswaldo Caldeira
1963: Garrincha, Alegria do Povo [documentário], de Joaquim Pedro de Andrade

ESCULTURA E PINTURA

2023: Garrincha, 'O Drible de um Anjo', de Glauco Bernardi
2014: Marinho Chagas, escultura em ferro, de Guaraci Gabriel
2012: Heleno de Freitas, escultura em bronze, de Edgar Didier
2010: Jairzinho, escultura em bronze, de Edgar Duvivier
2010: Garrincha, escultura em bronze, de Edgar Duvivier
2009: Nilton Santos, escultura em bronze, de Edgar Duvivier
2009: João Saldanha, escultura em bronze, de Ique
2004: Rosto de Garrincha, painel de ladrilhos, de Ana Durães
1997: Mané Garrincha, Alegria do povo, acrílico sobre tela, de Rubens Gerchman
1997: Gérson, Canhotinha de ouro, acrílico sobre tela, de Rubens Gerchman
1983: Gol, homenagem a Garrincha, óleo sobre eucatex e colagem, de Newton Rezende
1950: El Jogador, escultura de Heleno de Freitas, na Colômbia
1920 (anos): Estudo para decoração da sede do Botafogo, carvão e grafite sobre papel, de Carlos Oswald

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Manequinho aplaude (38)

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Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)