por Adílson Taipan
Poeta do Povo e do Botafogo
Rio de Janeiro, 17/07/2013
A torcida do Botafogo é velha
Dizem os cegos
Eles não enxergam a meninice da alma.
Tirei a chuteira do armário
Tinha mais teias de aranha
Do que a infância um pouco distante.
Quê isso!
Tá querendo quebrar os ossos?
Não mulher!
Vou me escrever na Escolinha de Futebol do clube
Agora sou discípulo da Filosofia Seedorfiana
Tenho vaga naquele time.
Já vi muito cara bom de bola
dentro daquela camisa
Do pescoço prá baixo a quantidade é enorme
Mas no teto com massa cinzenta
Só Ele
Um Rei completo com cabeça, tronco e membros.
Acredito que é muito mais do que isso
É um Estadista
Um líder a ser seguido
Passos, gestos, palavras...
Apontam o caminho para uma vida melhor
E mais digna.
O Botafogo me dá muitas alegrias
Agora ser escalado para entrar em campo
É demais
Um escrete de cabeças feitas e grisalhas
Promete despertar a alvorada.
Isso é um milagre!
Até os cegos enxergarão
Paralíticos andarão
E a mídia, outrora turva,
Dará uns passos em direção
À luz da Estrela Solitária.
Seedorf é todo Preto e Branco
Vestindo de honra
Essa Gloriosa nação miscigenada.
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