sábado, 6 de julho de 2013

Um dia de 1925...

Dia 25 de Outubro de 1925. Botafogo x Flamengo. O esquadrão do Flamengo era temido, e foi campeão do ano, embora tivesse obtido o resultado na secretaria. Já nesses tempos o Flamengo e o Fluminense eram descaradamente beneficiados contra o Botafogo. Veja-se a história do jogo dentro de campo e depois fora de campo.

No segundo tempo o Botafogo perdia por 2x0. Alemão e Josibel machucaram-se e foram substituídos, mas nem por isso a equipa baixou os braços. Alceu Castro (1951: 257) descreve assim os acontecimentos:

“O Botafogo reage bravamente e, após um escandaloso foul penalty de Helcio em Néco, que o juiz manda bater como escanteio, juca marca nosso primeiro goal.

Logo após, fechando resolutamente, Claudionor, com formidável tiro enviezado, empata o jôgo. O Flamengo investe e Nonô choota para fora, punindo o juiz o Botafogo, com um absurdo corner que transforma-se no 3º goal rubro-negro. Sem desanimar, Maciel investe e centra. Claudionor emenda irresistivelmente e a bola passava a meta flamenga quando o parcial cronometrista, desastrada invenção da A.M.E.A., apita dizendo, falsamente, que o jôgo findara!

O juiz, que nada ouvira, confirma o ponto e nossa torcida, em delírio, invade o campo, carregando em triunfo Juca, Claudionor e Alkindar.

Foi o célebre empate de 3x3 que assim consideraremos sempre, porque foi marcado no campo, na súmula e na comissão executiva, tendo o Flamengo [leia-se cathartiformes] um mês após, conseguido transformar nos salões da A.M.E.A., nos 3x2, que lhe asseguraram o campeonato. (…) O futuro demonstrou que o cronometrista Zolachio Diniz era um fervoroso rubro-negro.”

O Botafogo alinhou com Ribas, Couto e Alemão (Nestor); Pamplona, Alfredinho e Lagreca; Maciel, Alkindar, Jolibel (Juca), Nequinho e Claudionor.

Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo Botafogo); fontes: Alceu Mendes de Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo (1904-1950), Rio de Janeiro, 1951.

2 comentários:

Émerson disse...

Rui, até hoje, nunca vi nada mais sujo que o Esgoto da Gávea. Nem o Fluminense.
Tal filho, tal pai (ditado invertido cabe, nesse caso).

Ruy Moura disse...

Sim, concordo num sentido: o Fluminense faz as sujeiras com estilo e o Flamengo é a própria sujeira. E isto não tem nada de persecutótio contra o Flamengo: é porque tudo o que é ruim e tudo o que é ridículo acaba sempre caindo sobre o Flamengo. Ruindade atrai ruindade... É só ver as peripécias públicas e privadas dos jogadores do Flamengo ao longo do tempo, desde Almir Pernambuquinho até o goleiro Bruno... Nem sei como certas pessoas conseguem torcer por um tal clube sem se encherem de vergonha.

Abraços Gloriosos!

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