Dia 7 de Dezembro de 1930. Botafogo x Fluminense. Último
jogo do campeonato, tendo o Botafogo assegurado o título de campeão carioca que
perseguia há 18 anos, com o empate de 2x2. Porém, a coisa não foi fácil.
Os fluminenses, sempre raivosos do seu rival de sempre,
“juraram nos vencer. E, não podendo tècnicamente com o nosso time, procurou
inutilizá-lo com selvagem violência” (Castro, 1951: 344).
Logo no início, C. Leite foi propositadamente machucado,
o que diminuiu a potência de ataque, já com Nilo ressentido e se resguardando.
(…) Pamplona retira-se machucado, entrando Canali. Iniciado o 2º tempo, Ariza
centra e, quando já sem a bola, é ostensivamente atingido pelos pés de Alemão
que lançara-se sôbre êle como uma fera. (…) Vítima dessa brutal e verdadeira
agressão, Ariza ficou inutilizado, nunca mais vindo a ser o mesmo. (…) O Glorioso
não desanima. Nilo envia lindo passe a Celso que fecha resoluto e com um tiro
rasteiro e enviezado marca o nosso 2º ponto. Um minuto depois, o mignon extrema
é brutalmente atingido pelas costas, sendo logo após, Paulinho inutilizado”
(Castro, 1951: 345).
Não conseguindo ganhar na técnica nem nos bastidores,
como era (e é) seu costume, o Fluminense mostrou mais uma vez a sua verdadeira
cara sem o seu verniz hipócrita de salão. Quiseram a todo o custo que o
Botafogo perdesse e o título fosse para o Vasco da Gama. A raiva de sempre…
A nossa equipa alinhou com Germano, Benedito e Orlando;
Burlamaqui, Martim e Pamplona (Canali); Ariza (Álvaro), Paulinho, Carvalho
Leite, Nilo e Celso. Gols de Nilo e Celso.
Pesquisa de Rui Moura (blogue Mundo
Botafogo); fontes: Alceu Mendes de
Oliveira Castro: O Futebol no Botafogo
(1904-1950), Rio de Janeiro, 1951.
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