Nota
preliminar: não publiquei este texto antes porque era, de algum modo, uma peça
da campanha de Marcelo Guimarães, e eu não tomei nenhum partido a favor, apenas
contra – fervorosamente contra a Chapa Azul. Se publicasse antes os leitores do
MB pensariam que eu estava a tomar partido pela Chapa Cinza. O texto é uma bela história geracional da família
Guimarães Botafoguense.
por Aguinaldo Guimarães
Aimoré,
Graham Bell e Nariz; Zezé Procópio, Zezé Moreira e Canali; Álvaro, Pascoal,
Carvalho Leite, Perácio e Patesko. Esse time é uma lembrança inesquecível. E
muito antiga.
Não
foi o time da inauguração do Estádio de General Severiano. 1938. Eu estava lá.
Com oito anos de idade. E um fato que ficou na memória: fui apresentado ao
Aimoré. Mais baixo do que eu esperava, mas ficou-me o aperto de mão forte e o
tamanho de sua mão...
Fomos
levados até lá, eu e meu pai Júlio, pelo craque Carvalho Leite, irmão de uma
tia, casada com um irmão de meu pai. O Carlos, como era chamado em família.
Haviam descido, ele e Canali, de Petrópolis, do Petropolitano para o Botafogo.
Pelos idos de 1932.
O
Botafogo entrou na vida da família. E ficou. Filhos, netos e bisnetos que já
estão por ai.
O
tempo correu e um pequeno fusca branco, uma bandeira de cada lado: uma branca
com estrela preta e outra preta com estrela branca a caminho do velho e querido
Maracanã, partia aos domingos, hipnotizado pelo esquadrão de 67/68!
Dos
meninos que agitavam essas bandeiras da sacada em um pequeno prédio na Urca,
meus filhos, um deles objetiva elevar, bem alta, a eterna estrela solitária de
nossas vidas.
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