Caricatura
do argentino Lorenzo Molas dos atletas do Botafogo que
participaram na Segunda Guerra Mundial (Globo Esportivo)
por
ZATONIO LAHUD
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Estão assustados com o título? Não fiquem, pois é a mais pura
e cristalina verdade, quase que desconhecida por nós, botafoguenses, e pela
humanidade, que ainda não deu o reconhecimento devido à nossa gloriosa
participação na vitória sobre o nazismo na II Guerra Mundial. Também de urubus,
bacalhaus e pós de arroz, não podemos esperar nada, a não ser inveja de nossos
feitos gloriosos. Nos roubam campeonatos e dizem ter mais títulos.
Andei fazendo uma rigorosa pesquisa histórica e, dos cerca de
109 campeonatos cariocas, ganhamos 20 e fomos roubados – miseravelmente
roubados – em 69 deles, títulos líquidos e certos, que nos afanaram sem
escrúpulos e rubor nas faces os energúmenos acima citados. Somando 71 + 20,
teremos 91, número real de títulos que deveríamos ter. Os outros 21 eles
venceram limpamente, sou justo.
Mas, voltemos à epopeia Alvinegra que salvou a humanidade da sanha hitlerista. Nos primórdios da II Grande Guerra a vitória da Alemanha parecia líquida e certa, os nazistas logo conquistaram quase toda a Europa e avançavam céleres para destruir o Império Britânico e se tornar a maior potência mundial. Com a entrada dos EUA e a invasão da antiga União Soviética, a coisa se equilibrou e a guerra se desenrola indefinida, quando, em 2 de julho de 1944, o Brasil envia suas primeiras tropas rumo ao Velho Mundo para participar dos combates. Dentre eles 5 heroicos alvinegros: Geninho, Walter, Dunga, Mato Grosso e Goulart – jogador de basquete e campeão carioca pelo Botafogo em 1942, 1943, 1945, 1947. Geninho e Walter eram profissionais, sendo Geninho um dos expoentes do título carioca que conquistamos em 1948 em cima do Bacalhau e formou um ataque histórico do Botafogo: Paraguaio, Geninho, Pirilo, Otávio e Braguinha; Mato Grosso e Dunga amadores.
Nossas tropas entram em combate no dia 2 de setembro de 1944.
Pesquisando os arquivos secretos do Pentágono, nos EUA, descobri que nossos 5
heróis foram decisivos na vitória das forças aliadas. Todos eles envergavam a
gloriosa camisa Alvinegra sob os uniformes de batalha e combateram com tal
denodo, valentia e coragem, que os alemães fugiam em polvorosa ao ver qualquer
dos cinco. E, tá lá nos arquivos, pena que são secretos, o general Eisenhower,
comandante das tropas aliadas, mandar um ultimato para o marechal Rommel,
comandante-em-chefe do exército alemão, avisando que se não se rendesse
imediatamente iria mandar buscar o resto do time do Botafogo no Brasil. Rommel,
desesperado, comunica o fato a Hitler – que, mais desesperado ainda, acaba se
suicidando. Logo após a Alemanha se rende. A mais gloriosa das vitórias do
Glorioso!
Como somos humildes, não ficamos nos
vangloriando de nossa homérica vitória e ainda a dividimos galhardamente com
nossos companheiros de luta. Só digo que após o fim da guerra, recebemos dos
países aliados o título de campeão invicto da II Grande Guerra Mundial. Diploma
e taça devidamente guardados na sala secreta de General Severiano. Quem tiver um título tão grandioso que se habilite.
Aceitamos apostas...
[Nota do Mundo Botafogo: a narração é fictícia, mas as personagens botafoguenses citadas estiveram efetivamente na II Guerra Mundial]
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