sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Fragmentos ‘futebol do botafogo 1961-1965’: e assim começou a condenação do futebol arte… [24]

por CARLOS VILARINHO
especialmente para o Mundo Botafogo
sócio-proprietário e historiador do Botafogo de Futebol e Regatas

[A narração que se segue reporta-se ao ano de 1962]

Garrincha vinha fazendo Ivan de gato e sapato. Amílcar Ferreira então previne de que o expulsará se continuar driblando o lateral, pois isto era “gozar o adversário”. Didi sofre a mesma ameaça: “Pára de driblar. Isso é má educação”. […]

No vestiário, Garrincha comentou o facciosismo do juiz: “O olé é nosso, nós o inventamos não para nos divertirmos às custas do adversário, mas para nos defendermos. […]

O desatino de Amílcar não passou em branco. Paulo Azeredo declarou: “Foi visível o constrangimento de Garrincha quando proibido de driblar pelo juiz, sob a ameaça de ser expulso. O drible é a maior arte do nosso jogador e ele ficou espantado quando o Sr. Amílcar Ferreira, de dedo em riste, o ameaçou de expulsão. O Sr. Amílcar Ferreira, sem dúvida, exorbitou de suas funções”. […]

Em sua coluna no JB, Célio de Barros escreveu: “Impedir Garrincha de fintar é o mesmo que inutilizá-lo e isso não é função do juiz.”

Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição do Autor: Rio de Janeiro, pp. 80-81.

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