terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Dia de festa, espinha na testa!


por LÚCIA SENNA, escritora e cantora
escrito para o blogue Mundo Botafogo

Ela sempre aparecia no finais de semana, tipo encontro marcado.

E quando havia uma festa lá estava uma delas: a espinha, na ponta do nariz ou no meio da testa! Aquilo era um verdadeiro drama! E toma de maquiagem para tentar escondê-la, mas era uma missão simplesmente impossível. Incrível, quanto mais base eu usava, mais ela se destacava, pois a pele ficava oleosa, brilhante... que coisa mais irritante! Eu já saia de casa insegura, sentindo-me a última das criaturas, sem chances de ser paquerada, a noite estava perdida, acabada. Apenas um ‘chá de cadeira’, por mim esperava. Eu me desesperava!

Lá pelas tantas, no meio da festa, cansada de estar sentada, dirigia-me ao banheiro, louca para olhar-me no espelho e aplicar um pouco mais de base, melhorar a aparência. No entanto, de nada adiantava a minha insistência. A espinha tornara-se um ponto de referência.

Com a autoestima baixa, para a mesa voltava cabisbaixa, para a saideira de mais um ‘chá de cadeira’. Aquilo não era brincadeira! Chegava em casa arrasada e minha mãe, que não dormia enquanto eu não chegasse, ainda tentava me animar dizendo: “Minha filha, espinha é juventude, é mocidade”. As sábias palavras de mamãe soavam como uma verdadeira calamidade, pois davam-me a certeza de que delas só me livraria na terceira idade.

A moda hippie chegou, trazendo saias compridas, camisetas e colares de todas as cores, muitas flores, um certo ar relaxado, nas roupas muito bordado e no rosto estrelinhas autocolantes, feitas de papel brilhante, um verdadeiro achado! Meu problema estava resolvido. Se me aparecia uma espinha, eu colava uma reluzente estrelinha. Felicidade total! Bem... se não fosse o meu cabelo.

Sim, o cabelo era um capítulo à parte na minha adolescência. Eu o considerava quase uma indecência. Herança familiar, pra meu azar. Rebelde, indomável, cacheado e bastante desidratado. Piorava nos feriados e finais de semana. Confesso que nunca entendi a razão. Investia em bons shampoos, cremes caros, massagens com óleo de babosa, abacate, vinagre e limão, mas tudo, tudo em vão. Meu cabelo, esta era a minha dura realidade, estava fora do padrão.

Bacana era tê-los lisos, bem lisos. Uma amiga, tornou-se inimiga, ao confessar-me que o dela era tão liso, mas tão liso, que nem grampo segurava. Fiquei estarrecida com tal declaração e inconformada com o meu DNA familiar. Mas não me deixava abater com facilidade. Afinal, mesmo com pouca idade, já havia aprendido que o mundo é dos fortes, dos que tem garra. E eu tinha!

Usava de todos os recursos disponíveis para deixá-los mais sedosos, bonitos, lisos e brilhantes. Sábado era dia de fazer touca. Touca pra lá, touca pra cá, touca pra cá, touca pra lá e só faltava ficar louca ao retirar lenço e grampos e verificar que o meu cabelo estava todo espigado, meio ressecado, totalmente, sem jeito. A touca não tinha produzido nenhum efeito!

Chegava a sentir dor no peito e minha mãe já irritada por me ver sofrer por tão pouco, por nada, da cozinha gritava: “Sabes de um coisa, minha filha, é bem feito. Tens que aprender a te aceitar, aceitar o teu cabelo.”

O tempo passou, a maturidade chegou e, com ela, a aceitação dos fatos. Espinhas já não as tenho; o cabelo ondulado, vai bem, obrigada. Felicidade total! Bem... se não fosse por certas ruguinhas que estão surgindo e...

Mas isso, minhas amigas, será matéria para uma próxima crônica. A tônica poderá ser: De espinhas a pés de galinha, uma viagem no tempo...

27 comentários:

Anónimo disse...

Lúcia
Ca estou eu a ler tua crônica!
Como podes fazer de uma espinha na testa um escrito tão inteligente e divertido?
Impressiona- me a tua facilidade no uso da rima. Prosa musicada. Quer dizer que cantas e escreves ao mesmo tempo? Deixas- me enfeitiçado com tua voz que,infelizmente, não conheço, mas pressinto ser encantadora.
Li no Blog que és da região amazônica. Pois,muito certo.Certamente es o Uirapuru - aquele pequeno passaro de voz tão extraordinária mente bela que todos as outras aves ficam em silêncio ao ouvirem seu canto.
Gostaria de te ouvir cantar mas tudo bem, já que pões a tua voz nas tuas maravilhosas crônicas.
Mário

Anónimo disse...

Minha amiga querida,
Sempre admirei esse teu jeito de enfrentar a vida, tirando tudo por menos e até rindo de ti mesma em certas ocasiões ,quando tudo
parecia conspirar contra.
Se na tua juventude eram as espinhas na testa que te incomodavam na hora da festa, colavas os adesivos de estrelinhas.Isso é bom demais.Hoje,sei,tens sempre uma solução inusitada para os problemas do cotidiano. Muitas pessoas " curtem " um dramalhao". Cultivas o bom humor e a vida agradecida sorri pra ti.
Es uma festa,minha amiga. E as tuas crônicas são imperdiveis.
Beijos,
RACHID

Anónimo disse...

Lacera menos o espinho do que a espinha --
Um motivo, pras amigas, de picuinha --
Castiga a menina antes de ser mulher!
Ilíada, tu descreves, dos verdes anos,
A carga do que ela trazia em desenganos...

Mostrá-la, na crônica, como algo que quer
A luciféria, filha do coisa ruim,
Redirecionando-a somente pra ti,
Ignorado o propósito, dor sem fim...
Agora a encaras com graça e o leitor rí!

Sérgio Sampaio,
www.umpoetinha.com.br

Unknown disse...

Como fico feliz ao ler suas belas crônicas , suas ótimas rimas sobre o tempo e a vida , de como são as fazes da vida , de como uma simples espinhas nos incomodava na adolescência e hj umas rugas a aparecer , como me divirto ao ler essas passagens incríveis da vida dita em uma crônica fantástica !!!
Parabéns Lucia pela sua alegria de ver o tempo de escrever e brincar com as palavras sempre a combinar , perfeitos , parabéns minha cara , que vc continue sempre assim a pensar a sonhar e a nos divertir com suas crônicas maravilhosas !!!!

Anónimo disse...

Ao ler a crônica da Lucia, de repente, o passado voltou, me vi nos bailes, nos grandes problemas de adolescentes, como as espinhas, que tive muitas...Foi divertido, tive que rir...senti saudades...Muito agradável a leitura, escrita com muito humor, divertida e inteligente. Adorei. Como se sabe:_"Recordar é Viver".Continue escrevendo. Bjs. Sonia Costa

Marcos e disse...

Também tive algumas espinhas quando adolescente. Mas não sofria tanto com isso. E não usava dos artifícios das estrelinhas (tsrsrs)
A crônica de Lúcia é muito interessante. De um jeito ou de outro, acabamos sempre nos identificando com os temas que ela aborda. Impossível entrar no blog e não ler os textos
Sou atraído também pelos títulos
Sempre instigantes e criativos.
Parabéns!
MARCOS - advogado

Anónimo disse...

Amiga, quanta criatividade!!!! Amei essa forma de falar de algo que já chateou tantas de nós!

Beijos,
Graça

Anónimo disse...

Lúcia,
Leio suas crônicas, gosto,mas não chego a comenta- las. Essa me chamou atenção de forma especial.
Ri bastante e me identifiquei totalmente.Tive acne na adolescência e me aborrecia com isso. DePois o cabelo era outro drama. Problema comum para homens e mulheres na juventude.
Muito legal tocar em um assunto pouco abordado e criar um texto bacana de ser lido.
Valeu!

Lúcia Costa disse...

Oi, Mário

Sinto-me honrada com tantos elogios. Mas, tenho que dizer que a comparação com o UIRAPURU só existe na sua fértil imaginação.
Não Mário, não é nada disso. Tenho uma voz agradável e só.
Uma espinha na testa não é só uma espinha na testa. Quando somos muito jovens, tudo o que temos a oferecer ao mundo - nas nossas cabeças ocas- é a nossa aparência física. Ainda não fomos temperadas pela vida e qualquer espinha acaba com a nossa autoestima. Problemas típicos da adolescência. Ainda bem que é apenas uma fase e logo passa.
Obrigada pela participação.
Um abraço,

Lúcia Costa disse...

Imperdíveis são teus comentários, meu amigo. Acho que foi contigo que aprendi a ri de mim mesma. Belíssimo ensinamento, pois é um passo importante em direção à nossa maturidade emocional.
Tens razão, procuro cultivar o bom humor e os amigos também. Assim, tudo fica mais fácil e a vida flui macia, macia. Problemas? Quem não os tem? Não sou imune à eles.
Nem gostaria de ser. São fontes inesgotáveis de aprendizado. Mas, acabamos "sacando" também, que podemos fazer dos azedos limões, doces limonadas.
Gosto demais das tuas visitas.
Beijos, Rachid

Lúcia Costa disse...

Oi, Daiane

Feliz fico eu com tuas mensagens tão cativantes!
As espinhas eram problemas seríssimos. Hoje, morremos de rir de nós mesmas ao nos lembrarmos desses pequenos/grandes dramas vividos na juventude. Queríamos ser belas e " competitivas". E só conseguíamos piorar a situação. Além de feias, mal humoradas. Olhando pra trás, percebemos como éramos " bobocas". Mas, pensando bem, foi ótimo. Gerou uma crônica cômica. Mais uma vez, o limão virou limonada.
Beijos, Daiane.
Obrigada pelos elogios.

Lúcia Costa disse...

Oi, amiga

Com espinhas ou sem espinhas aproveitamos muito a nossa juventude. Disso não podemos reclamar. Sem nenhuma razão especial, lembro-me que acordava com uma alegria contagiante e não queria perder um minuto sequer do dia. Vivemos intensamente e com todos os problemas inerentes à idade. Inclusive as malvadas espinhas - pontuais nos dias de festa. Agora, só nos resta rir e sentir um tantinho de saudade daqueles dias em que todos os nossos problemas se resumiam em uma indesejável espinha na testa.
Beijos, querida

Lúcia Costa disse...

Oi, Graça

Naquela época eram as espinhas...
Hoje, são os espinhos . Ainda bem que já aprendemos a lidar melhor com eles e sem tanto sofrimento...
Nada como a maturidade! kkkkkkk
Beijos,

Lúcia Costa disse...

Oi, Marcos
Impossível entrar no blogue e não ler os meus textos? Que honra, caro leitor!
Gostei imensamente de saber que os títulos das crônicas te incentivam a lê-las.
Nunca havia tido um comentário nesse sentido. Confesso que tenho dificuldade no momento da escolha. Demoro bastante nesse processo. Por essa razão, fico muito feliz por os considerares " instigantes e criativos".
Muito obrigada pela participação e elogios.
Forte abraço,

Anónimo disse...

Além de tudo és muito modesta e não aceitas elogios.
Tenho certeza que tens uma voz linda e bem mais do que simplesmente agradável.
Ah. Lúcia es dona de personalidade forte. Conheço outras pessoas do Norte do Brasil e são assim como tu!:
Fortes e determinadas.
Aceite meus elogios . São sempre
sinceros. Abraços

Lúcia Costa disse...

S into-me lisonjeada
E bastante emocionada!
R icos comentários
G erando belos acrósticos
I ntérprete já necessário
Obrigada, poeta, pelos certeiros diagnósticos!

Lúcia Costa disse...

Oi, querido leitor ( ou leitora)

Parece que é um tributo que devemos pagar na fase da adolescência: cabelos rebeldes, espinhas em dias de festa ou não, enfim, umas pequenas "chatices" que acabam tornando-se - por conta da nossa natural imaturidade- DRAMÁTICAS (kkkkkk)
Gostaria que tivesses te identificado.Ficaríamos mais próximos (as). Agradeço por teres postado um comentário e espero que as crônicas seguintes, possam continuar chamando tua atenção de alguma forma. Estou sempre aqui e terei imenso prazer em ler tuas opiniões a cerca dos meus textos.
Abraços,

Anónimo disse...

Lisonjeado, sinto-me eu pois desces desta
Umbilical ligação que possuis com a crônica,
Caçando teus assuntos nos arrebóis, nas festas,
Incluindo a tua rima, original, sinfônica,
A vida, muitas vezes, vendo através das frestas,

Cuidadosamente, pelas gentes, escondidas...
Ousas delatando as tuas, corajosa assim,
Sem quaisquer medidas meias, sem meias medidas!
Toda essa verve latente deixas e, anti Midas,
Abres florestas virgens só por causa de mim!

Sérgio Sampaio
www.umpoetinha.com.br

Anónimo disse...

querida amiga. À principio devo deixar bem claro, ser eu, pessoa um tanto quanto suspeita a tecer comentário sobre o teu trabalho, haja vista a amizade que nos une.
Todavia, salta aos olhos de tantos quanto forem aqueles que, ao tomar contato com as tuas cronicas, se apercebam da forma solta, livre e gostosa, como tú analisas fatos do cotidiano, quer aqueles outrora os tenha vivenciado, quer aqueles dos quais tu tenhas tomado ciência. Es criativa, bem humorada, e sobretudo muito critica.

Josezito, advogado.

Lúcia Costa disse...

Oi, Zezito

Tens razão. Amigos são sempre suspeitos. Estão sempre a me fazer elogios, alguns até mesmo com uma boa dose de exagero! Assim são os amigos: complacentes, benevolentes e sempre presentes. Obrigada , Zé, pela tua amizade.
Bjs,

Anónimo disse...

Amiga, nossa longa amizade me fez ver de perto esses dois dramas reais que acompanharam sua adolescência. Lembro-me das horas intermináveis que passava na frente do espelho a domar a franja rebelde e o total desatino que lhe causava o aparecimento de uma reles espinha. Hoje, já bem grandinha, me encanto com sua capacidade de reverter aquilo que a incomoda em algo a seu favor. Você é minha amiga fênix querida, aquela que renasce a cada dia levando alegria e risos a quem conhece. Beijos e meus aplausos por mais esta crônica. Nenhuma espinha seria capaz de imaginar que se transformaria na protagonista dessas suas divertidas linhas. Beijos e parabéns por mais esta que me fez relembrar nossa deliciosa e inesquecível juventude! - Maria Inês Galvão.

Lúcia Costa disse...

Morri de rir lembrando-me da minha rebelde franja. Ela não obedecia aos meus comandos de forma alguma. Ficava toda encaracolada , deixando-me à beira da loucura. Espinha na testa ( elas sempre apareciam na testa!) era um sofrimento terrível.
Tu tinhas o cabelo lindo e liso e nenhuma espinha. Os meninos da nossa "turma" eram todos apaixonados por ti. Eu era a patinha feia. Foi então que percebi que poderia atrair alguns "admiradores" com simpatia e gargalhadas, porque no quesito "beleza", ganhavas de mim de lavada (KKKKKKKKK).
Amigas de infância, adolescência, juventude e , certamente , quando estivermos bem "velhotas", teremos muitas e muitas outras histórias pra contar e muitas gargalhadas para alegrar a vida de quem de nós se aproximar.
" Você minha amiga de fé, irmã, camarada... amiga de tantos caminhos, de tantas jornadas.."
Beijos,

PCORRÊA disse...

Já tinha dado meu parecer sobre mais essa crônica dessa rainha mas não foi publicada.
Enfim, retornei e reparei mas enfim...
Nessa sua crônica e seria repetitivo já que li vários colocarem o mesmo é uma vigem ao passado, das festinhas, do cuba libre, hi-fy, calça boca de sino, sapatos cavalo de aço ( aqueles de verniz )... É uma verdadeira massagem nas lembranças, no saudosismo e voc^^e Lúcia parece ter nascido com o dom de apanhar as emoções e de forma simples traduzi-las em simples e objetivas palavras.
Parabéns mesmo !

Anónimo disse...

Lúcia Sena,
Vou ser Franco com você. Entro no Mundo Botafogo porque sou botafoguense doente e me interesso por tudo aquilo que se refere ao clube. Passo pelas suas crônicas direto. Nunca abri nenhuma pra ler.
Mas, hoje ,fiquei curioso quando notei o grande número de comentários
às suas crônicas. Resolvi abrir a última publicada. Li de um fôlego só. Depois voltei a ler . Resultado:
Agora vi que estava perdendo o glace
Do bolo.Você é ótima!
Engraçada, criativa e muito talentosa. Alguém escrever com graça
uma crônica tão divertida sobre uma simples espinha na testa,atesta que você é realmente incrível.
Fiquei buscando as anteriores. Encontrei outra sobre o ato de cantar e fiquei encantado.
Você ganhou mais um fiel leitor.
Parabéns,Lúcia.
E eu que não sabia o que estava perdendo.Como faço para ler as anteriores? Espero sua resposta.
Um abraco
Maurício Dantas -

Ruy Moura disse...

Grande surpresa, hein, Maurício?... Presentinho de Natal... O Mundo Botafogo não é só cultura futebolística: tem esta cronista fantástica, tem um poeta 'camoniano' extraordinário como Sérgio Sampaio, tem um poeta 'humorista' como Abilio Fernandes, tem informação de todas as modalidades do Botafogo, tem cultura lusófona e tem um MUNDO sem fim de BOTAFOGO!

Maurício, certamente a Lúcia lhe responderá com mais uma das suas magníficas prosas comentadas, mas não quero deixar de lhe indicar como pode ler as crônicas da Lúcia Senna: vá ao lado direito do ecrã e encontrará um rubrica designada por 'etiquetas', clique e procure a etiqueta que atende pelo nome de 'letras lúciasenna' e encontrará as mais deLÚCIosas crônicas da 'Rainha' do blogue.

Abraços Gloriosos, companheiro!

Lúcia Costa disse...

Maurício,

Foi com imenso prazer que recebi teu comentário.Vou usar da mesma franqueza que usaste comigo: li o que me escreveste de um fôlego só, ansiosa para chegar ao final.
Ufa!!! Final feliz. Aliás felicíssimo!!! Diante de tantos elogios, fico sem saber o que te dizer. Meus amigos sabem que emudeço quando alguém ou alguma coisa me toca profundamente.
E tu, Maurício, com esse jeito direto de deixar bem claro que passavas pelas minhas crônicas, sem jamais acessá-las, ganhaste minha admiração. Nada mais charmoso do que a franqueza! Em consequência, teremos que dividir o glace do bolo (kkkkkk).
Sinto-me verdadeiramente honrada por quereres ler os meus textos anteriores. Ruy Moura, nosso querido editor, competente e atencioso como ninguém, já te passou as " dicas" de acesso aos meus escritos. Escrevo sobre coisas aparentemente banais, e penso que exatamente por isso, acabam não sendo abordados pelos cronistas, de modo geral.
Quem escolheria como tema uma simples espinha na testa ? E quem na juventude já não se sentiu, no mínimo, incomodado com a presença de uma delas?
Sim, um tema banal, mas com o qual a maioria de nós acaba por se identificar. E é essa identificação que busco ao escrever um texto. Sem falsa modéstia, Maurício, acho que estou trilhando o caminho certo. E tu és o meu melhor exemplo. (kkkkk).
Obrigada , caro amigo.
Abraços.

Lúcia Costa disse...

Obrigada, Paulo.

Era tudo muito divertido: as festas no clube " Sírio e Libanês", as praias no Leme,
as mini-saias, os primeiros sapatos de salto alto, as primeiras maquiagens, os namoricos, enfim... a menina, começando a querer ser mulher. Tudo muito alegre, colorido e repleto de ludicidade. Mas as espinhas na testa, eram verdadeiros espinhos no coração (kkkkkkk) .
Dos espinhos no coração, não nos livramos jamais. Faz parte do aprendizado da vida.
Mas, das terríveis e ameaçadoras espinhas na testa , Ah!... essas se foram de vez (kkkkkk).
Bjs,

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

Fonte: X – Botafogo F. R. por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo O Botafogo conquistou brilhantemente o Campeonato Estadual de Futebol...