“Dezembro
de 2006. O heroico Internacional consegue brecar o favoritíssimo Barcelona e é,
pela primeira vez, campeão do mundo. Um clube que tinha o seu programa de
sócio-torcedor como alavancador de receitas começava a ser visto como exemplo
no Brasil.
Dezembro de
2016. Um apático Internacional não consegue vencer o desinteressado Fluminense
e é, pela primeira vez, rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Como, em 10
anos, o Inter conseguiu sair do topo do mundo para a queda à Série B?
O Inter, em
2006, era o exemplo. O clube havia encontrado, no sócio-torcedor, uma fonte
alternativa de receita, que ajudou a lotar estádio e gerar receita. Em campo, o
time correspondeu e foi campeão. Nos anos seguintes, a toada foi sempre a
mesma. Mais receita fora de campo e time vencedor dentro dele.
Onde foi que
o clube desaprendeu?
O ponto é
que, por mais que parecesse, o Inter não profissionalizou o seu comando. Apesar
dos resultados dentro de campo, o clube não é profissional. E isso ficou claro
agora, dez anos depois da maior conquista da história do clube.” – Erich
Beting, in Linkedin.
Nota do
Mundo Botafogo: Nenhum clube brasileiro se profissionalizou realmente de modo
persistente e consistente. Por isso também o futebol brasileiro caiu do topo do
mundo e tomou a histórica goleada alemã em sua própria casa. No futebol
brasileiro, além de jogadores excelentes que bem depressa rumam para os clubes
europeus, tudo é genericamente ruim: dirigentes confederativos e federativos,
dirigentes de clubes, comissões de arbitragens e árbitros, treinadores e
jornalistas, além de claras deficiências em muitos departamentos médicos e de
preparação física. Arbitragens grosseiramente incompetentes, decisões inacreditáveis
de secretaria, peso descomunal de empresários nos clubes, etc., são elementos
que prejudicam o mundo do futebol – e enquanto o futebol americano caiu redondo
na Argentina, no Brasil, no Uruguai, tradicionais campeões do mundo, o futebol
europeu tomou conta de tudo com uma pujança que poderá durar por longas décadas
até que um novo sistema seja implantado pelos países do ‘novo mundo’. O mais
provável é que seja os Estados Unidos da América a tomar no futuro lugar dos
sul-americanos na disputa com os europeus pelo melhor futebol.
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