por CARLOS VILARINHO
especialmente para o
Mundo Botafogo
sócio-proprietário e
historiador do Botafogo de Futebol e Regatas
[A narração que se segue
reporta-se ao ano de 1963]
No
dia seguinte, instigado, Mané procurou a Rádio Mauá para [...] escalpelar o
Botafogo. [….] Esquecendo o
apartamento na Rua Barata Ribeiro, 92 (7 milhões – 1963) que o Botafogo lhe deu,
Mané cobrou o prêmio do campeonato e a cota (futura) por jogo). E juntou
acusações descabidas contra um companheiro, Ernani […], e o Dr. Lídio Toledo. […]
Fora de si [ao microfone da
Rádio Mauá] ameaçou: “Só voltarei ao
Botafogo se me derem 10 milhões. […] Mas terão que me pagar na mão. […] Por esta quantia eu desistiria até [da] Juventus, de Turin, na Itália. […] A verdade é que enquanto o clube italiano
faz-me tal proposta, o Botafogo, em 10 anos, não me deu nem 10 milhões. Sei
muito bem o que estou fazendo. Tenho 20 milhões no banco, o que me proporciona
uma renda mensal de 200 mil, só de juros. Poderia viver com isto, mas tenho
sete filhas. […]
E qual era o papel da
cantora nisso tudo? Garrincha tentou explicar: “Ela gosta de mim, mas sabe que
sou um homem casado, pai de sete filhas. Andam inventando muita coisa. Ela é
apenas uma das minhas melhores amigas”. Quando a criatura (flamenguista
fanática) abriu a boca, mostrou-se inteira: “Garrincha não é bobo, não.
Espalharam por aí que ele é bobo, para aproveitar-se dele. Aliás, a maioria dos
que se dizem seus amigos só pensa no seu dinheiro”.
Fonte do excerto: VILARINHO, C. F. (2016). O Futebol do Botafogo 1961-1965. Edição
do Autor: Rio de Janeiro, p. 145-146.
LOCAIS DE AQUISIÇÃO DA OBRA: É
distribuída pela Editora e Distribuidora Mauad X (ver portal) e pode ser adquirida nos portais das
grandes livrarias do Brasil, na Internet,
e nas suas lojas, como, por exemplo, a Livraria da Travessa e a
Livraria Pontes. Também pode ser adquirido na tradicional Livraria Folha Seca, na Rua do
Ouvidor nº 37.
Sem comentários:
Enviar um comentário