sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Voz de Caio


Eu acabei estourando muito novo no Botafogo. Quando a gente estoura tão rápido, você acaba se deslumbrando um pouco. Depois que conquistamos o título em 2010, deixei a seriedade de lado, deixei de trabalhar mais do que os outros. Faltou aquele comprometimento a mais nos treinamentos.” - Caio, ex-futebolista do Botafogo.

Nota do Mundo Botafogo: A declaração de Caio explica bem porque razão o Mundo Botafogo sempre insistiu no acompanhamento sistemático dos atletas das bases, com planos individuais de trabalho, que incluam obviamente o progresso técnico mas também o acompanhamento mental e o tempo certo para as estreias nas equipes principais. São vários os atletas que desperdiçaram as suas carreiras, quer no Botafogo quer em outros clubes, não por exclusiva culpa, mas também porque os clubes os lançam demasiado cedo, colocam enormes responsabilidades sobre os seus ombros e se acaso a estreia é boa (casos de Caio, Hyuri ou Luís Henrique) é passo para o deslumbramento e o eclipse posterior.

3 comentários:

Unknown disse...

Parece-me bem o caso do Luis Henrique, que contou com a afobação da mãe, e do empresário, para complicar ainda mais o seu progresso.

Ruy Moura disse...

Saulo, o caso do LH parece-me o mais paradigmático de todos. Primeiro, estava no sub-17 marcando imensos gols. De repente, o Ricardo Gomes fica sem atacantes e lança o rapaz, sem preparação nem acompanhamento, para a equipe principal. De sub-17 para a equipe principal sem passar pelos juniores, o que seria fundamental para a sua preparação, a não ser que fosse um gênio como Pelé e PC Caju que se estrearam aos 17 anos. Mas não era. Tem sorte na estreia, marca gols, então o ricardo Gomes dá-lhe toda a responsabilidade do ataque e a torcida - sequiosa de ídolos, mas imprudente - trata-o como a nova revelaç~ºao, o xodó, o sucesso garantido. Vai daí o LH não aguentou a pressão, obviamente, e nunca mais fez coisa nenhuma. O Botafogo mete-o na prateleira, a mãe não gosta, o empresário quer ganhar dinheiro e foi o que se viu. Parece-me que se perdeu um nº 9 para sempre.

Chamei a atenção para isso tudo, mas ninguém ligou aos avisos até que todos acabaram por concordar que LH tinha sido uma fífia e já o esqueceram. Em minha opinião não teria sido fífia se houvesse competência na gestão dos 'meninos' da base. Uma pena.

Abraços Gloriosos.

Ruy Moura disse...

Creio que depois do que ocorreu com o LH, Manoel Renha estará mais atento às precipitações, evitando-as. O Renha é capaz, precisa apenas de aprofundar mais as técnicas de gestão dessa garotada, muito jovem, sedenta de sucesso e facilmente deslumbrada.

Abraços Gloriosos.

Botafogo campeão estadual de futebol sub-17 (com fichas técnicas)

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