por RUY MOURA
Editor do Mundo Botafogo
Como no passado, o Botafogo não
ganha em casa ao Bahia ou ao Coritiba, equipes claramente para vencermos, mas
ganha em casa ao líder Atlético Mineiro e acaba com a invencibilidade de 20
jogos do Palmeiras.
Sempre Robin Hood, tirando aos
‘ricos’ para dar aos ‘pobres’… Tá certo, antes assim do que ao contrário…
Foi um Botafogo com uma atitude
diferente da atitude de desmotivação e de clara falta de vontade de uma equipe
que era treinada por um homem entediado, zangado com o futebol e incapaz de
incutir energia.
A equipe começou bem, pressionou
o adversário, robou bolas ao ataque do Palmeiras e atacou, mas depois a
preparação física fraquejou – o que remete, uma vez mais, para a insuficiência
técnica na preparação física dos atletas – e o Palmeiras equilibrou a partida.
No segundo tempo os jogadores
tomaram novamente as rédeas do jogo, fizeram dois gols relâmpago e depois
conseguiram resistir à pressão atacante do Palmeiras, tendo Cavalieri brilhado
novamente e garantido a vitória. E também Honda mostrou novamente a sua
importância, sendo necessário saber poupá-lo fisicamente para responder nos
momentos mais decisivos.
O técnico montou um esquema que
relembra o Botafogo de Jair Ventura (com saída de má memória do Botafogo), que
sabendo das limitações da equipe montava uma defesa forte e pressionava para
ganhar bolas e marcar em contra-ataques rápidos, dando a posse ao adversário.
Ontem foi de certo modo semelhante. Muita posse vã de bola pelo Palmeiras
(65%), mas com 11 remates do Botafogo à meta adversária, 4 dos quais
enquadrados na baliza e 2 gols. O adversário também enquadrou 4 remates, mas
ficou-se por um único gol. Eficácia é isso: converter 50% ou mais das chances
criadas.
No final houve tentativa de
sufoco do Palmeiras, mas a defesa não cometeu as infantilidades do passado
recente bobeando nos últimos minutos e assegurou os 3 importantíssimos pontos.
Noite de conspiração astral em
prol do futebol botafoguense, contrariando felizmente as minhas más
expectativas que apontavam para uma derrota ou mais um empate...
Vamos, rapaziada! Alegria, ânimo
e energia são meio caminho andado!…
FICHA
TÉCNICA
Botafogo 2x1 Palmeiras
» Gols: Pedro Rau, aos 46’, e
Caio Alexandre, aos 53’ (Botafogo); Willian, aos 77’ (Fluminense)
» Competição: Campeonato
Brasileiro
» Data: 07.10.2020
» Local: Estádio Nilton Santos,
no Rio de Janeiro (RJ)
» Árbitro: Rodolpho Toski Marques
(PR); Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Sidmar dos Santos Meurer (PR); VAR:
Rafael Traci (SC)
» Disciplina: cartão amarelo –
Guilherme Santos, Diego Cavalieri, Matheus Babi, Warley (Botafogo) e Wesley,
Jailson, Marcos Rocha (Palmeiras)
»Botafogo: Diego Cavalieri;
Kevin, Marcelo Benevenuto, Kanu, Victor Luís; Rafael Forster (Rentería), Caio
Alexandre (Sousa), Keisuke Honda (Kalou); Rhuan (Guilherme Santos), Pedro Raul
(Warley), Matheus Babi. Técnico: Bruno Lazaroni.
» Palmeiras: Jailson; Marcos
Rocha, Felipe Melo, Luan, Mayke (Gustavo Scarpa); Patrick de Paula (Ramires),
Bruno Henrique (Zé Rafael); Rony (Gabriel Veron), Raphael Veiga (Lucas Lima),
Wesley; Willian. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
2 comentários:
O Botafogo jogou bem aproximadamente 45 minutos, 30 do primeiro tempo e 15 do segundo até o segundo gol quando o time parou de jogar, preferiu se defender e parou de construir jogadas, apenas se livrava da bola. Se a estratégia era o contra ataque foi uma escolha errada, pois não temos atacantes nem velozes e de pouca habilidade, não podem jogar pelos lados do campo, PR e MB são jogadores de área e olhe lá. As substituições não surtiram efeito e até pioraram o time, os que entraram pareciam completamente perdidos em campo.
Falta ao time jogadores no meio para compor com o Honda e o CA que fizeram boa partida, e pelo menos um atacante veloz. Outro grande problema é o preparo físico do time, que naturalmente prejudica o desempenho.
Até agora eu não entendi a marcação do pênalti a favor do Palmeiras, na achei pênalti, no máximo uma sola que é lance para dois lances. Menos mal que o Cavalieri defendeu. Valeu pela vitória, mas ainda falta mais confiança e estratégia melhor definida ao time. E ontem a sorte bafejou sobre o Botafogo. Abs e SB!
Concordo na generalidade, Sergio, mas com algumasnuances. Sobre a questão do contra-ataque achei de certo modo que o modelo de jogo adotado foi semelhante ao modelo do Jair. O Jair fazia marcação alta, ganhava a bola ao ataque adversário e partia para o ataque o mais rápido que podia. O modelo faz-me relembrar isso, embora possa ter as deficiências que mencionou.
Sobre os lados do campo, um dos gols foi trabalhado justamente pelo lado diretito do ataque com cruzamento de acordo com as regras.
Quanto ao penalti, em minha opinião não foi. Cavalieri não entrou ilegalmnete, tanto que tocou na bola abaixo da meia altura. O árbitro estava torcendo por mais um empatezinho... (rsrs)
Abraços Gloriosos.
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