por
RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
O Botafogo jogou de uma forma organizada como
não se tinha visto ultimamente, conseguindo estar por cima durante os primeiros
trinta minutos de jogo mediante uma defesa bem fechada e contra-ataques
contando com Erison para desestabilizar a zaga adversária. O Atlético
reequilibrou nos últimos quinze.
Na segunda parte o Atlético teve mais posse
de bola, mas só conseguiu marcar através de uma oferta de Sauer e da sorte que
teve Zaracho, porque ao centrar conseguiu introduzir a bola diretamente na
baliza.
Qualquer das equipes poderia ter ganho,
perdido ou empatado, mas os claros desfalques do Botafogo e a incapacidade de
decidir bem nos momentos cruciais do jogo – como se tem visto sucessivamente –
impediram um resultado melhor.
Desta vez a Comissão Técnica lançou mão de
todos os recursos disponíveis – que são poucos, seja de natureza técnica dos
atletas seja de infraestruturas – e a equipe aplicou-se para produzir o melhor
que sabe, embora o resultado não fosse o desejável, e até se pode considerar
injusto por não ter empatado.
A defesa continua a falhar nos gols
adversários, desta vez pelo fraco Sauer (Jeffinho é bem melhor), Saravia é
absolutamente inócuo em todas as jogadas, continuando a isolar a bola nos
centros para a área e como defesa é uma barata tonta sem saber para onde ir
cometendo sucessivos erros elementares. Saravia não produz nada e é uma festa
para os adversários. Esse tal de Romildo ‘Del Piage’ é fraco e Tchê Tchê existe
pouco.
A nossa única chance de marcar gol foi com
Erison. Porém, Erison é muito limitado tecnicamente e baseia-se exclusivamente
na força. Decidiu mal em todas as vezes que houve possibilidade de gol: por
duas vezes tentou avançar entre dois zagueiros pela força, sem passar a bola, e
uma vez poderia ter endossado passe para Vinícius Lopes descaído para a
esquerda e livre para rematar com sucesso, mas não o fez. Como não consegue
driblar, dificilmente supera um adversário sem ser na base da força. Embora
sendo útil, precisavamos da arte de um Toureiro, mas o que temos é a força de
um Touro com poucas armas para se defender na arena.
A entrada de Matheus Nascimento tirou
qualquer possibilidade de empate. Matheus pode vir a ser um jogador com alguma
qualidade (mas não a ‘joia’ que anunciam), porém não está ainda preparado para
a equipe principal ao nível da competição nacional. Creio que deveria
participar na equipe de Sub-20 ou na dos Aspirantes.
O meio campo também decide mal e muitas vezes
faz lançamentos para o flanco errado, além da falta de criatividade. Treinar
uma equipe assim não é fácil e a restante temporada apenas sorrirá se: (a) o departamento
de futebol efetuar contratações bem diferentes das que têm sido feitas, algumas
das quais mais ou menos ‘absurdas’; (b) o departamento médico se aprimorar e
aligeirar recuperações físicas dos atletas; (c) a comissão técnica travar a
infantilidade de certos jogadores fazendo faltas para cartão amarelo sem nenhum
necessidade, como se viu neste jogo; (d) a comissão técnica conseguir definir
um padrão de jogo flexível e veloz de contra ataque e preparar jogadas
ensaiadas que não se viram até agora.
Haja paciência com o Botafogo!... E sorte nas
contratações porque… Série B nunca mais!
FICHA TÉCNICA
Botafogo 0x1 Atlético (MG)
» Competição: Campeonato
Brasileiro
» Local: Estádio
Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 17.07.2022
» Árbitro: Raphael Claus
(SP); Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
e Evandro de Melo Lima (SP); VAR: Rodrigo
Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
» Disciplina: cartão amarelo – Tchê Tchê, Del
Piage, Lucas Mezenga e DG (Botafogo) e Igor Rabello, Allan e Mariano (Atlético)
» Gols: Matías
Zaracho, aos 55’
» Botafogo: Douglas
Borges, Saravia, Kanu, Philipe Sampaio e DG (Lucas Mezenga); Tchê Tchê, Luís
Oyama (Del Piage) e Lucas Fernandes; Gustavo Sauer (Jeffinho), Vinícius Lopes
(Lucas Piazon) e Erison (Matheus Nascimento). Técnico: Luís Castro.
» Atlético: Everson;
Mariano, Igor Rabello (Nathan Silva), Júnior Alonso e Guilherme Arana; Allan,
Jair (Otávio), Nacho Fernández (Keno) e Matías Zaracho (Réver); Vargas (Ademir)
e Hulk. Técnico: Antonio
Mohamed.
4 comentários:
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Vimos o mesmo jogo. Achei irracional alguns comentários culpando o Luís Castro pela derrota porque o time não teve esquema. A impressão que eu tenho é que muitos torcedores criaram uma antipatia gratuita em relação ao treinador português, desconsiderando as inúmeras limitações do elenco e as incríveis 89 contusões vão longo desse primeiro turno.
Gostei do time taticamente e o Botafogo perdeu por uma falha individual absurda e se o Erison não fosse egoísta e pouco inteligente muito provavelmente o Botafogo poderia ter saído com a vitória parcial na etapa inicial.
Aconselharia o Erison dar uma olhada nos aspirantes e em especial no terceiro gol contra o Náutico, futebol é acima de tudo um esporte coletivo.
Acho que com os reforços que estão chegando o time poderá dar um salto de qualidade, pelo menos parece que esses jogadores contratados tem qualidade e com isso o esquema tende a funcionar melhor.
Ainda sobre o jogo de domingo, não podemos de levar em consideração a diferença entre as equipes, o AM é o atual campeão brasileiro e da copa do Brasil, um time com bons jogadores e que jogam juntos há mais tempo. Apesar disse o Botafogo em muitos momentos base impôs e inacreditavelmente o Galo chegou a fazer cera, e por pouco o Botafogo não empatou.
Tenho esperança de que o Botafogo fará um bom segundo turno e não cairá. ABS e SB!
Responderei por email, Rodrigo.
Abraços.
Assino em baixo, Sergio. O Erison deveria mesmo ver e rever o 3º gol contra o Náutico. Golaço coletivo. E a defesa tem que ser muito mais cobrada e melhor trabalhada. São erros bisonhos e que nos fazem perder muitos pontos. Quase não há gol adversário que não seja por demérito da nossa defesa. Mas a coisa vai demorar a melhorar por conta das contusões e de novos jogadores que terão que ter algum tempo de integração.
Abraços Gloriosos.
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