por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Édison de
Assis Pinto Filho, o ‘Praça Mauá’,
nasceu no dia 12 de dezembro de 1935, no Rio de Janeiro, e faleceu em 1989, em
data incerta, presumivelmente no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu, tendo
jogado futebol na posição de meio campista.
Édison começou a jogar futebol no Banco onde trabalhava, mas um dos seus amigos levou-o para o Botafogo, integrando a equipe de Juvenis. Assim, foi cria do Botafogo, clube onde se formou e permaneceu entre 1954 e 1963.
Em 1956 subiu aos Aspirantes e estreou profissionalmente no dia 20 de junho de 1957, na vitória por 3x2 sobre o Náutico, em amistoso no Estádio dos Aflitos (Recife), gols de Paulinho Valentim (2) e Édison. O Botafogo formou com Amaury; Beto, Domício e Nilson Santos; Pampolini e Nilton Santos; Garrincha, Didi, Paulinho Valentim, Édison (Amoroso) e Quarentinha (Neivaldo). Técnico João Saldanha.
Édison Praça Mauá começou jogando de meia esquerdo, fazendo parceria com Didi, mas quando o ‘Mr. Football’ ingressou no futebol espanhol, Édison preencheu o seu lugar, que acabou por lhe devolver quando Didi regressou. Porém, quando Didi foi para o Peru, Édison não recuperou o seu lugar porque, segundo as suas próprias palavras, “Arlindo estava jogando uma enormidade” e o seu contrato estava praticamente acabando, o que colocava Arlindo em vantagem. O atleta só regressou à sua posição de origem em novembro de 1962 nos jogos contra o Internacional pela Taça Brasil.
Em 1957 Édison sagrou-se
campeão carioca pelo Botafogo, na célebre decisão pré-natalícia de 22 de
dezembro contra o Fluminense, em que Paulinho Valentim marcou 5 gols e o
Tricolor foi goleado por 6x2 no Maracanã. Édison esteve na final, tendo o
Botafogo formado com Adalberto; Beto, Thomé, Servílio e Nilton Santos; Édison e
Didi; Garrincha, Paulinho Valentim e Quarentinha. Édison realizou 20 jogos e
assinalou 4 gols.
Entretanto, em 1958 e 1959, com tantos craques na equipe do Botafogo, Édison acabou por atuar em muitos jogos da categoria de Aspirantes e, nesses dois anos, sagrou-se bicampeão carioca na categoria.
Édison Praça Mauá sagrou-se bicampeão de Aspirantes no dia 30 de dezembro de 1959, no Maracanã, na vitória por 2x1 sobre o Vasco da Gama, gols de Amoroso, tendo o Botafogo formado com Adalberto; Cetale, Paulistinha e Marcelo; Ayrton e Ademar; Bruno, Tião Macalé, Amoroso, Édison e Amarildo. Técnico: João Saldanha. No conjunto, Édison atuou em 27 jogos e assinalou 11 gols.
Logo no primeiro mês do ano seguinte Édison, conquistou o Torneio Internacional da Colômbia, no dia 24 de janeiro de 1960, no Estádio El Campin (Bogotá), na vitória por 2x0 sobre o Áustria de Viena, tendo o Botafogo formado com Ernâni; Cacá, Zé Maria, Nilton Santos e Chicão; Pampolini e Édison; Garrincha (Amoroso),Paulinho Valentim, Amarildo e Zagallo (Bruno). Técnico: Paulo Amaral.
Em 1961, ano muito frutífero para o atleta, foi campeão do Triangular Internacional da Costa Rica, no dia 7 de fevereiro de 1961, no Estádio Nacional (em San José), na vitória sobre o Herediano por 4x0, gol de Quarentinha (2), Amarildo e Garrincha, tendo o Botafogo formado com Manga (Adalberto); Cacá (Chicão), Zé Maria, Nilton Santos (Paulistinha) e Rildo; Pampolini (Ayrton) e Didi (Édison); Garrincha, Quarentinha (Amoroso), Amarildo e Zagallo. Técnico: Paulo Amaral.
Pelo meio, antes de se tornar novamente campeão carioca, venceu a Taça Antônio Gomes Avellar de Aspirantes, no dia 24 de setembro de 1961, na vitória sobre o Fluminense por 2x1, tendo Édison realizado 10 jogos e assinalado 2 gols.
Três meses depois Édison sagrou-se campeão carioca pela segunda vez, no dia 28 de dezembro de 1961, no Maracanã, na vitória sobre o Flamengo por 3x0, gols de Amarildo (2) e China, tendo o Botafogo formado com Manga; Cacá, Zé Maria, Paulistinha e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, China, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues. Édison jogou 3 partidas.
Em 1962 o atleta tornou a acumular títulos. No estrangeiro venceu o Torneio Pentagonal do México, no dia 4 de fevereiro de 1962, no Estádio Cidade Universitária, na vitória por 2x1 sobre o América do México, gols de Zagallo e Amarildo, tendo o Botafogo formado com Manga; Cacá, Zé Maria, Nilton Santos e Rildo; Ayrton e Didi; Garrincha (Iroldo), China (Édison), Amarildo (Amoroso) e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
No mês seguinte Édison conquistou o Torneio Rio-São Paulo, tendo realizado duas partidas, uma na 1ª Fase contra o Flamengo e outra na Fase Final na vitória por 2x1 sobre o São Paulo, no Maracanã, a 11 de março de 1962, gols de Garrincha e Amarildo, tendo o Botafogo alinhado com Manga; Paulistinha, Jadir, Nilton Santos e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues.
Finalmente, Édison também se sagrou, pela terceira vez, campeão carioca, no dia 15 de dezembro de 1962, no Maracanã, na vitória por 3x0 sobre o Flamengo, gols de Garrincha (3), tendo o Botafogo formado com Manga; Paulistinha, Jadir, Nilton Santos e Rildo; Ayrton e Édison; Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo. Técnico: Marinho Rodrigues. Édison realizou 5 jogos.
O último jogo de Édison ocorreu no dia 11 de agosto de 1963, em General Severiano, no empate por 1x1 com a Portuguesa, válido para o campeonato carioca, gol de Quarentinha. O Botafogo formou com Manga; Joel, Zé Maria, Paulistinha e Rildo; Ayrton e Édison; Jairzinho, Amoroso, Quarentinha e Jair Bala.
Curiosamente, embora Édison tenha sido muitas vezes reserva, atuou em 245 jogos e assinalou 27 gols pelo Botafogo, e esteve nas finais de todas as conquistas importantes do Glorioso entre 1957 e 1962, seja na equipe principal, seja na equipe de aspirantes.
Posteriormente representou o Santa Cruz (1964), Unión Magdalena (1965) e Portuguesa (1966), tendo encerrado a sua carreira de futebolista aos 31 anos de idade.
Fontes:
Blog do Marcão; blogdorobertoporto.blogspot.com; Boletim Oficial do
Botafogo; Datafogo; instagram.com/acervobotafogo; Mundo Botafogo; ogol.com.br; Revista do Esporte.
2 comentários:
Excelente. Para quem não era titular absoluto e encerrou a carreira relativamente cedo vestiu a "Gloriosa" em um bom número de jogos. Hoje tem jogador que quando completa 50 participações recebe até placa comemorativa do clube.
Verdade, Vanilson. Aliás, foi esse ineditismo de não ser titular e chegar a tantos jogos e a tantos títulos que me despertou para lhe fazer a biografia.
E essa coisa da placa de 50 jogos sempre achei um bocado ridículo. Às vezes ficam tão pouco tempo nos clubes que só lhes resta como memória uma placa de 50 jogos...
Abraços Gloriosos.
Enviar um comentário