Mensagem
do secretário-geral da ONU, António Guterres, para o Dia Internacional para a
Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado em 25 de novembro.
A
violência contra as mulheres é uma terrível violação dos direitos humanos,
uma crise de saúde pública e um enorme obstáculo ao desenvolvimento
sustentável. |
É
persistente, generalizada e está piorando.
Desde o
assédio e abuso sexual até ao feminicídio, a violência pode assumir muitas
formas, mas todas são consequência de uma injustiça estrutural enraizada em
milênios de patriarcado.
Continuamos
a viver numa cultura dominada pelos homens que deixa as mulheres numa situação
de vulnerabilidade, negando-lhes a igualdade em termos de direitos e de
dignidade.
Todos
pagamos o preço: as nossas sociedades são menos pacíficas, as nossas economias
menos prósperas e o nosso mundo menos justo.
Mas o
mundo pode ser diferente.
O tema
da campanha UNA-SE deste ano, "Investir para
prevenir a violência contra mulheres e meninas", convida todas as pessoas
a agir:
Apoiemos
leis e políticas abrangentes que reforcem a proteção dos direitos das mulheres
em todas as áreas
Redobremos
o investimento na prevenção e no apoio às organizações de defesa dos direitos
das mulheres.
Ouçamos
sobreviventes da violência e acabemos com a impunidade dos agressores em todos
os lugares.
Apoiemos
as mulheres ativistas e promovamos a liderança das mulheres em todas as fases
do processo de decisão.
Juntos,
vamos levantar nossas vozes e manifestar. Vamos construir um mundo que se
recuse a tolerar a violência contra as mulheres em qualquer lugar, sob
qualquer forma, de uma vez por todas. |
DEPOIMENTO DE LÚCIA SENNA, colunista do Mundo Botafogo:
Cada dia que passa testemunhamos um
aumento alarmante nos índices de violência direcionada a crianças e mulheres.
Essa realidade sombria desafia nossa
humanidade exigindo uma ação coletiva e urgente para erradicar esse flagelo de
nossas comunidades e sociedades.
Crianças e mulheres deveriam ser
sagradas, protegidas e nutridas dentro de um ambiente seguro e amoroso. No
entanto, muitas e muitas vezes são vítimas de abusos físicos, emocionais e
sexuais, enfrentando um destino que fere, não apenas seus corpos, mas também
suas almas e esperanças.
É imperativo que sejamos a voz da
mudança e que ergamos a bandeira contra a violência, não apenas como uma causa
social, mas como um chamado ético e moral.
A eliminação desse ciclo de abuso
requer não apenas políticas de leis mais vigorosas, mas também uma mudança
cultural profunda que rejeite a aceitação tácita da violência.
Precisamos construir comunidades onde
a empatia, o respeito e a igualdade prevaleçam e onde cada indivíduo,
independente do gênero ou idade, possa viver sem medo de ser maltratado ou
violentado.
Educação, conscientização e apoio são
pilares fundamentais na criação de um ambiente seguro e digno para crianças e
mulheres.
Nosso compromisso coletivo é garantir
que crianças cresçam em um mundo onde se sintam protegidas para sonhar,
aprender e prosperar e onde as mulheres possam viver suas vidas plenamente, sem
o medo constante da violência.
Juntos devemos alçar a voz e agir com
determinação. Nenhum abuso deve ser tolerado, nem um grito de socorro deve ser
ignorado. Vamos trabalhar incansavelmente unidos, para a construção de um mundo
onde a violência contra crianças e mulheres, seja apenas uma memória sombria do
passado.
6 comentários:
Mundo Botafogo nos representa e nos emociona sempre. Essa luta é de todos nós, homens e mulheres - em prol de um mundo onde os direitos humanos sejam , DEFINITIVAMENTE, respeitados .
A equipe do MB está de parabéns!
Esqueci de assinar.
Ivan Medeiros.
Ruy Moura e Lucia Senna, mais uma vez deixando- nos orgulhosos de sermos leitores desse maravilhoso blogue, sempre conectado com as questões mais relevantes do mundo.
Abaixo a violência contra crianças e mulheres! Esse deve ser um grito de todos nós, pois cada um deve dar a sua contribuição para o fim de tão grave flagelo.
Parabéns a vocês, dupla admirável!
João Martini
Ivan, obrigado pelo seu comentário DEFINITIVO sobre um assunto tão grave quanto omitido inclusivamente pelas mais diversas entidades oficiais em todo o mundo.
Um grande abraço, Ivan.
João Martini, foi sempre uma das muitas lutas ao longo da vida, seja por militância social seja através da minha própria ciência com a realização de estudos - embora apenas subordinados à área do Trabalho - tanto sobre a desigualdade de gênero como sobre o assédio moral e sexual.
Há muitas coisas que não consigo compreender em termos de preconceitos e violência, tanto física como psicológica, mas há sobretudo duas que eu considero absurdas de ataque à própria espécie humana: a misoginia e o racismo.
Bem haja pelo comentário. Um grande abraço, João!
João Martini e Ivan Medeiros, agradecemos o comentário e SIM, precisamos nos unir cada vez mais para que juntos e a uma só voz, possamos por fim a violência contra todo e qualquer ser humano . Hoje , estamos aqui em defesa das crianças e mulheres que , por serem mais frágeis sob vários pontos de vista, são presas fáceis de atos abomináveis vindos de comunidades e sociedades que deveriam protege- las.
Grande abraço,
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