por RUY MOURA | Editor do Mundo Botafogo
Todos os botafoguenses conhecem a célebre estória do
‘Jogo do Senta’ em partida disputada entre Botafogo e Flamengo no dia 10 de
setembro de 1944, pelo campeonato carioca, na qual o Clube da Estrela Solitária
goleou o futuro tricampeão rubro-negro da Gávea por 5x2.
Em publicação do Mundo Botafogo (27.08.2008) escrevemos:
O jogo decorria com a
vitória do Botafogo por 4x2 (2x1 ao intervalo) quando, a 14 minutos do fim, o
Botafogo marca o seu quinto gol.
Subitamente o Glorioso é
surpreendido por um protesto dos adversários, que se sentaram no gramado,
inconformados com o que consideravam gol irregular. Mas a imprensa opinou que
no chute de Geninho para gol a bola batera na parte inferior do travessão,
entrara na meta e depois saíra. Era mesmo gol. […]
A torcida botafoguense não perdoou e fez a sua
gozação:
– “Senta, para não apanhar de mais!” – e com esta
expressão a partida ficou eternizada como o ‘Jogo do Senta’.
Há quem defenda que foi precisamente nesse jogo que a
grande rivalidade entre os dois clubes surgiu, em virtude dos rubro-negros se
sentirem vexados.
Ver publicação do Mundo Botafogo clicando em O Jogo do Senta.
No dia 24 de setembro de 1995, 51 anos depois do ‘Jogo do Senta’, estava
marcada a derradeira disputa que decidia o campeão estadual de polo aquático
desse ano.
Porém, a enorme superioridade da equipe do Botafogo suscitou no Flamengo
tais temores que, para evitar uma goleada, não compareceu à decisão.
Em 1995 e 1996 o polo aquático do Botafogo foi bicampeão brasileiro e
bicampeão carioca.
O Jornal do Brasil narrou assim o acontecimento da ‘fuga’ flamenguista:
Para não sofrer uma goelada histórica – segundo
avaliação do vice-presidente de Esportes Aquáticos do Botafogo, Michel
Karfunkelstein –, o Flamengo preferiu passar vergonha e simplesmente não
aparecer para decidir o título do Campeonato Estadual de polo aquático adulto,
programada para ontem, na piscina do alvinegro. “Isto não é esporte, é uma
vergonha, um fato lamentável. O Flamengo não veio pois sabe que a equipe do
Botafogo é muito superior. Um gesto covarde”, lamentou o dirigente. O Botafogo
foi considerado o vencedor pelo placar simbólico de 5 a 0. “Eles ficaram com
medo de voltar para casa com uma goleada e preferiram se ausentar. Essa atitude
não tem nada a ver com a tradição de um clube como o Flamengo”, criticava
Karfunkelstein, que sequer festejava a fácil conquista do se clube.
Sobre a fuga do Flamengo, o Mundo Botafogo
considera-a... empolgante! Se no ‘Jogo do Senta’ os flamenguistas se sentaram,
no polo aquático a fuga era obrigatória porque os atletas do Flamengo sabiam
que quando a super goleada começasse não poderiam ‘Sentar Dentro da Piscina’,
já que não são águas do Mar Morto e certamente recearam afogamentos, preferindo
a fingida figura de Morto.
PS: Se o
leitor tiver dúvidas sobre as vergonhas perpetradas às tradições centenárias do
clube rubro-negro por diversos dos seus atletas e dirigentes, clique e leia a
história de Almir na final do estadual de 1966 conquistada pelo Bangu contra o
Flamengo: O meu maior clímax negativo no
futebol.
2 comentários:
Interessantíssimas essas histórias .O mais interessante é esses bobões continuarem com esse papo de chororo quando são protagonistas das atitudes mais repulsivas no futebol brasileiro. Mas afinal é o clube das papeletas amarelas, do roubado é mais gostoso e outras imbecilidades.
Há um artigo do saudoso José Inácio Miller que explica a razão de tanto dos cathiformes ao Botafogo, esses dois fatos citados ilustram bem a razão do ódio. E o que dizer de uma goleada de 6 como presente de aniversário para o time da lagoa. ABS e SB!
Ademais, Sergio, o Flamengo chora, chora, chora, e este ano já chorou diversos vices, o que até considero normal para quem está triste. Eles é que acham que os outros quando choram são chorões. Intelectualmente lamentável! E também estão sempre chorando para a CBF e a CBF alimentando o seu 'filhote', cedendo caso a caso para o 'filhote' não chorar mais. Dirigismo lamentável! Chororô miserável!
Abraços Gloriosos.
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