por RUY MOURA |
Editor do Mundo Botafogo
Constatações:
Início de partida com preponderância para o
Botafogo, que poderia ter aberto o placar.
Depois o Bahia, bem organizado, encaixou no
jogo do Botafogo e a partida seguiu equilibrada.
Até que o VAR marca um pênalti muito duvidoso
na medida em que a bola raspa o braço do nosso lateral e não parece mudar de
trajetória.
Na 2ª parte o Botafogo foi claramente
superior e teve um gol absurdamente anulado por um… cotovelo (?!?!?!)
O Bahia foi jogando à maneira de Luís Castro:
muito organizado na defesa, linhas coesas e alguém no ataque sempre à espreita
do gol.
Porém, o domínio alvinegro levou ao empate e
o Bahia ficou claramente à mercê do Botafogo, que a qualquer momento viraria o
jogo e, com paciência, ganharia a partida.
Eis senão quando AJ decidiu substituir
Jeffinho por Diego Hernández e depois colocar Barboza a centroavante (!!!)
A defesa do Botafogo desorganizou-se e o
Bahia, em falha de marcação de Halter, recolocou-se em vantagem e ganhou a
partida – sem reação do Botafogo sequer para buscar o empate.
Se der para que a comissão técnica aprenda a
inovar sem colocar em causa a identidade e a segurança de jogo da equipe, valeu
a derrota. Caso contrário…
Protagonista pela positiva: Rogério Ceni.
Protagonistas pela negativa: o VAR, evidenciando
que as arbitragens contra o Botafogo passaram para o vídeo com traçados
altamente duvidosos e vão continuar sempre em nosso prejuízo; AJ, que se deu
muito mal com as suas invenções quando o Botafogo mostrava que ainda tinha
condições de ganhar o jogo – e esperemos que não perca jogos devido à sua
‘veia’ atacante a qualquer preço, que embora tendo bom potencial como técnico
já tomou algumas goleadas antes por essa razão.
FICHA TÉCNICA
Botafogo 1x2 Bahia
» Gols: Jeffinho,
aos 63’ (Botafogo); Everaldo, aos 45+2’, e Rafael Ratão, aos 85’ (Bahia)
» Competição: Campeonato Brasileiro
» Local: Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
» Data: 05.05.2024
» Árbitro: Rafael
Rodrigo Klein (RS); Assistentes: Rafael
da Silva Alves (RS) e Tiago Augusto Kappes Diel (RS); VAR: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
» Público:
19.655 pagantes; 22.685 espectadores
» Renda: R$ 906.955,00
» Disciplina: cartão amarelo – Bastos e Alexander Barboza (Botafogo); Kanu e Rezende (Bahia)
» Botafogo: John;
Damián Suárez (Alexander Barboza), Lucas Halter, Bastos e Hugo (Cuiabano); Luiz
Henrique (Óscar Romero), Danilo Barbosa (Gregore), Marlon Freitas e Jeffinho
(Diego Hernández); Júnior Santos e Savarino. Técnico: Artur Jorge.
» Bahia: Marcos
Felipe; Arias, Gabriel Xavier, Kanu e Luciano Juba; Caio Alexandre (Carlos de
Pena), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Rezende) e Cauly (Biel); Thaciano (Rafael
Ratão) e Everaldo (Ademir). Técnico: Rogério Ceni.
6 comentários:
Eu acho que o futebol é o único esporte em que um time jogando mal é capaz de vencer uma partida, e foi o que aconteceu ontem por um erro absurdo de marcação da defesa. Mas os erros da arbitragem na minha opinião foram cruciais para a derrota. O pênalti eu já percebi que depende da interpretação do soprador, pois no jogo Vasco X Fluminense o zagueiro do Fluminense claramente coloca a mão e nada acontece, acho que depende da camisa a interpretação. Sobre o var, o absurdo é tão grande que eu sinceramente estou cansado disso, desanima.
Eu tenho a impressão que além de querer ganhar o jogo a qualquer custo, o Artur Jorge mandou um recado para o Textor e o scout: não tenho jogadores para colocar na frente, preciso de um centro avante .
Se o Artur Jorge querendo vencer o jogo a qualquer custo e arriscar o que ele fez, e ele reconheceu o erro, não podemos deixar de lembrar que o egoísmo do Jefinho mais uma vez prejudicou o Botafogo. Ontem o Savarino entrava livre pela direita e o deixaria na cara do gol, preferiu arrematar de forma errada, repetindo o egoísmo que teve contra o Cruzeiro. Nessas duas partidas o panorama certamente mudaria se o Botafogo marcasse o gol. O outro problema foi o gol perdido pelo Cuiabano, faltou tranquilidade e sobretudo categoria.
Mais um detalhe sobre o Jefinho e o Luís Henrique: futebol é um jogo coletivo, prendam menos a bola e colaborem mais com o restante dos companheiros. Apesar do gol, acho o Jefinho muito fominha e displicente e sobretudo toma decisões erradas em vários momentos do jogo.
Enfim, essa derrota não muda muita coisa num campeonato que ainda tem 33 rodadas, mas ela veio no momento certo e serve de alerta para o restante da competição. Agora o importante e ganhar quarta feira, esse jogo sim é decisivo. Abs e SB!
Sergio, concordo com as suas observações em gênero, número e grau. E numa delas eu não tinha pensado: além de querer ganhar o jogo a qualquer preço, o AJ terá enviado recado ao JT, que, francamente, acho que não toma o Botafogo tão a sério como devia. Para endividar o Botafogo a fim de socorrer os outros clubes da Eagle, ele pode, contratar gente que falta na equipe, ele não pode. Textor fez-nos muito bem em 2022, fez-nos muito mal em julho de 2023 e continua fazendo mal em 2024. Com ocomportamento de JT não creio em nenhum título neste ano.
Soprador do apito, é o que já sabemos; Jeffinho, Hugo e Diego Hernández parece que também já sabemos do que não são capazes - embora o Diego tivesse qualidades à partida, mas até agora não se confirmaram. Quanto ao Cuiabano, acredito que se acerte e tenha melhor desempenho.
"Vida que segue." - Joã Saldanha.
Abraços Gloriosos.
Ruy,
O ponto mais fraco da equipe, a meu ver, é a lateral-esquerda. Marçal mora no DM, e Hugo...
Ele não tem a mínima noção de posicionamento defensivo. Quando estamos sendo atacados pelo lado direito, Hugo fecha para o meio da área, para a quarta-zaga. Parece ser uma tendência mundial, mas ele abre espaço demais para o adversário. Quando ele chega para marcar, o atacante já tem dominado a bola, escolhido a melhor jogada, esperado um companheiro para tabelar... todos os times já perceberam isso, o mapa da mina. Se ele se posicionasse melhor, melhoraria muito seu futebol. Ou, então, que se arranje um lugar pra ele na ponta-esquerda...
Rogério Ceni, em minha opinião, deu sorte. O time dele, cujo principal trunfo é o meio-campo, que é melhor que o nosso e estava em vantagem numérica (só tínhamos dois volantes, e o recuo dos pontas), dominou o primeiro tempo. No segundo tempo, ele sacou Éverton Riberiro e outro, cujo nome não lembro, e o Botafogo passou a dominar o meio e o jogo.
Mas, aí, Artur Jorge, que, até agora, tinha acertado praticamente todas as substituições, tirou nossos pontas e povoou o meio com Romero, Savarino e Hernández. A cereja do bolo foi botar Barboza de centroavante, sem ter mais os pontas.
Tomara que Artur Jorge tenha aprendido com os erros de ontem. O que me deixa desesperançoso é saber que, mais uma vez, mais um ano, o planejamento do plantel foi muito mal feito. As laterais são fracas; só temos Bastos jogando bem, na zaga, embora não tenha altura para a posição; não temos meias; só temos Jeffinho na ponta-esquerda e não temos substituto para Tiquinho.
Mais uma vez, o ano se desenha sem títulos, infelizmente.
Saudações Gloriosas!
Ruy,
O comentário é meu, Émerson (não consegui publicar através de login).
Viva, Émerson!
Concordo inteiramente que Hugo é um desastre, mas isso não é de agora. Todo o ano de 2023 praticamente não tivemos laterais capazes (e lateral-direito já não tínhamos em 2022) e essa terá sido uma das variáveis que contribuiu para a perda do título. Tanta gente no staff e ganhando tão bem, e parece que nunca viram tais necessidades em ambas as laterais, ou viram e não interessava mostrar que sabiam.
O AJ ontem foi um desastre. Acredito que tenha algumas qualidades interessantes e concordo que conseguiu pegar bem na equipe, e talvez possa ter algum sucesso, mas essa não teria sido a minha escolha. Tem 52 anos, é treinador de equipes modestas há 15 anos e não tem nenhum título de campeão nacional, muito longe disso (tem uma simples Taça da Liga). Todavia, foi a escolha do Textor e estarei torcendo por ele, mas na sua ânsia de ataque, entre novembro/2022 e fevereiro/2024 (cerca de 14/15 meses), tomou 3 goleadas do Sporting, todas por 5x0! Já mencionei isso no blogue e continuo receando que ele faça erros por excessivas ânsias de ataque. Ele tem que perceber a equipe, estudar muito bem os limites de cada um dos jogadores e entender claramente que o plantel não é de 'primeira água' e deve cuidar-se acerca disso.
Por outro lado, ter um único centroavante como Tiquinho, que já nem consegue exibições próximas às do passado após ter-se lesionado, é absolutamente lamentável. E o Dep. de Futebol anunciou, com todo o desplante, que a posição de Tiquinho seria disputada por Matheus Nascimento, Jeffinho e outro que nem me lembro do nome. É preciso ter desplante para afirmar isso, e Textor sossegado, sem contratar.
Um título este ano só por 'milagre'...
Abraços Gloriosos.
Adenda: como é costume dizer-se, "tomara que eu queime a língua" quantoo a títulos este ano.
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