domingo, 4 de maio de 2008

Parabéns pela 3ª final consecutiva

A minha opinião sobre o momento do Botafogo está expressa na minha coluna no sítio Arena Alvinegra, sob o título ‘Obrigado, Botafogo!’

O Botafogo foi o único clube a fazer as três finais do campeonato carioca, apesar de no início do ano haver uma anunciada finalíssima fla x flu. Merece, por isso, parabéns!

Sobre o jogo da finalíssima penso que não vale a pena falar pormenorizadamente de lances, mas gravar algumas notas que me parecem importantes.

Em primeiro lugar, dizer que a 1ª parte e a 2ª parte do jogo foram bem diferentes. Na 1ª parte houve equilíbrio, mas o Botafogo – ao contrário de certas opiniões – mostrou-se muitas vezes mais lúcido do que o adversário. No entanto, essa ligeira superioridade não foi evidenciada mais fortemente porque o esquema defensivo dos rubros-negros era notável. Joel Santana receou o Botafogo e jogou pelo seguro, ancorando a equipa numa forte ligação suportada por uma defesa muito difícil de bater. Tão difícil de bater que o gol de Lúcio Flávio só aconteceu devido a falha clamorosa do goleiro.

Em vantagem no marcador, o rubro-negro procurou ir para a frente, mas não conseguiu fazer passar o seu jogo aéreo, tal como os jogadores reconheceram ao intervalo. Em nenhum momento o adversário foi superior, mas também em nenhum momento afroxou as suas tentativas. Os rubro-negros não foram capazes de mostrar superioridade; pelo contrário, evidenciaram que estavam bem ao alcance do Botafogo.

No final da 1º parte parecia que o jogo estava favorável ao Botafogo. Porém, os treinadores existem em campo precisamente para mudarem o jogo e ganharem-no no terreno. E Joel Santana acreditou muito mais na sua equipa do que Cuca, começando a 2ª parte com quatro atacantes e aos quatro minutos a sua estrela voltou a brilhar com um gol de Obina ajoelhado!

A seguir foi o descalabro com substituições absurdas de Cuca. Se no 1º jogo o treinador trabalhou para o empate - acabando por perder -, no segundo jogo ‘amarelou’ mais uma vez, porque não é capaz de encontrar soluções alternativas para o seu plano de jogo, especialmente quando o adversário muda de estratégia e baralha o esquema do Botafogo.

Após o intervalo, Cuca ficou à espera das decisões de Joel e respondeu mal às alterações do adversário, indo sempre um passo atrás de Joel, cujas mudanças táticas fizeram com que ganhasse ambos os jogos.

Não obstante, até aos trinta minutos do 2º tempo os jogadores ainda se esforçaram, criaram duas oportunidades de golo, mas o ‘eterno pereba’ do Renato Silva acabou novamente com as últimas esperanças. Foi a partir daí que os rubros-negros venceram claramente. Com apenas dez jogadores, o Botafogo foi completamente dominado nos últimos quinze minutos e andou à deriva., salvando-se de uma goleada no segundo tempo devido à extraordinária presença de Renan!

Torna-se muito mais claro, agora, a justeza das minhas ‘velhas’ críticas às opções do treinador. Um treinador tem que saber explorar as falhas dos adversários no terreno de jogo e reverter jogos a seu favor, como acontece frequentemente com Joel Santana. Sou favorável à continuidade de Cuca, mas é necessário uma reflexão muito séria e humilde da diretoria e do comando técnico para se perceber que é necessário mudar. O conceito de estratégia e gestão do plantel tem que ser mudado no Botafogo.

Para um clube com ambições, esta política de contratações é absolutamente insuficiente e as opções do treinador são muitas vezes erradas. Sem banco e sem estratégia de jogo não há final que resista…

FICHA DO JOGO
Botafogo 1x3 Flamengo
Gols: Lúcio Flávio 22’ 1ºT; Obina 3’ e 46’ 2ºT, Tardelli 36’ 2ºT
Competição: Campeonato Carioca
Estádio Mário Filo, o ‘Maracanã’; 4 de Maio de 2008
Cartões amarelos: Fábio Luciano, Renato Silva, Túlio, Jorge Henrique (Botafogo), Ronaldo Angelim (F), Toró (F), André Luís (B)
Cartão vermelho: Renato Silva (Botafogo)
Arbitragem: Luís Antônio Silva Santos; Dibert Pedrosa Moisés e Jorge Luís Campos Roxo
Botafogo: Renan, Alessandro, Renato Silva, André Luís, Zé Carlos (Fábio), Leandro Guerreiro, Túlio (Edson), Diguinho (Adriano Felício), Lúcio Flávio, Jorge Henrique, Wellington Paullista. Técnico: Alexi Stival, o ‘Cuca’
Flamengo: Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim, Juan, Jaílton (Diego Tardelli), Cristian, Ibson (Obina), Toro, Marcinho (Kleberson). Souza. Técnico: Joel Santana

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