segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Estatística global no fim de 2008


O acervo estatístico preparado por Marcos Venícius, segmentado por competições, contabiliza os diversos resultados do futebol botafoguense e destaca os que se referem ao Campeonato Carioca, à Copa do Brasil e ao Campeonato Brasileiro.

Os seguintes resultados globais nos 104 anos de existência do futebol botafoguense são os seguintes:

· 4.921 JOGOS
· 2.488 VITÓRIAS (51%)
· 1.183 EMPATES (24%)
· 1.250 DERROTAS (25%)
· 9.864 GOLS A FAVOR (2,0)
· 6.319 GOLS CONTRA (1,3)

No que respeita ao Campeonato Carioca as estatísticas globais são as seguintes:

· 2.050 JOGOS
· 1.135 VITÓRIAS (55,4%)
· 452 EMPATES (22,0)
· 463 DERROTAS (22,6)
· 4.392 GOLS A FAVOR (2,2)
· 2.523 GOLS CONTRA (1,2)
· SALDO 1.869 GOLS

Comparativamente ao conjunto de todos os jogos do Botafogo, o percentual de vitórias aumenta em 4% à custa de uma diminuição de cerca de 2% em empates e 2% em derrotas. O placar médio por jogo é, aproximadamente, de 2,2x1,2 – um gol de diferença por jogo.

O acervo estatístico relativo à Copa do Brasil apresenta os seguintes parâmetros:

· 84 JOGOS
· 39 VITÓRIAS (46,4)
· 25 EMPATES (29,8)
· 20 DERROTAS (23,8)
· 143 GOLS A FAVOR (1,7)
· 98 GOLS CONTRA (1,2)

Comparativamente ao conjunto de todos os jogos do Botafogo, o percentual de derrotas é semelhante, mas a diferença entre vitórias e empates é significativa. Na Copa do Brasil o Botafogo apresenta menos 5% de vitórias, mais 6% de empates e menos 1% de derrotas. O placar médio por jogo é, aproximadamente, de 1,7x1,2 – meio gol de diferença por jogo.

No que respeita ao Campeonato Brasileiro, o conjunto das estatísticas configura-se do seguinte modo:

· 850 JOGOS
· 312 VITÓRIAS (36,7)
· 254 EMPATES (29,9)
· 284 DERROTAS (33,4)
· 1.099 GOLS A FAVOR (1,3)
· 1.042 GOLS CONTRA (1,2)

A tendência natural é para a diminuição relativa das vitórias botafoguenses à medida que a competição se torna mais exigente. O valor de 36,7% de vitórias é o mais baixo das três competições, caindo cerca de 15% em relação ao valor global e cerca de 10% em relação à Copa Brasil. Acresce que o saldo de gols é praticamente nulo, verificando-se um resultado médio de 1,3x1,2 – praticamente um empate, tal como se verifica na aproximação de vitórias e derrotas.

Na medida em que os empates apresentam sensivelmente o mesmo resultado no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil, então isso significa que há mais 10% de derrotas relativamente à Copa do Brasil.

Em suma, o Botafogo apresenta os melhores resultados no Campeonato Carioca e os piores no Campeonato Brasileiro. A Copa do Brasil assume valores intermédios.

Tais resultados indiciam que o Botafogo permanece com estruturas frágeis, evidenciando os seus melhores resultados dentro do Estado de origem. As estruturas relativamente ‘amadoras’ não estão preparadas, ainda, para lançar o clube com sucesso em competições de natureza nacional e internacional.

O desafio de modernização e profissionalização urge ser lançado mediante uma nova visão para o clube, novas metas e nova estratégia de médio/longo prazo.

2 comentários:

Fernando Lôpo disse...

Estatísticas em futebol não são como em basquete ou vôlei, mas podem ser úteis se bem analisadas. Peguei algumas no globoesporte.com sobre o Botafogo.

Finalizações (3º) e Gols Marcados (9º).
Isso quer dizer o que já sabemos: temos problemas graves de atacantes. Precisamos de gente que decida, que empurre a bola pro gol. O São Paulo por exemplo é o líder em finalizações e 2º melhor ataque. O vasco é o antepenúltimo em finalizações e o 6º ataque, o que indica que seus atacantes têm melhor aproveitamento.

Assistências (16º).
Acredito possa ser explicado pelo baixo número de gols marcados, o que conseqüentemente baixa o número de "assistências".

Faltas Sofridas (1º) e Passes Errados (2º).
Isso indica que nosso time tem por característica a posse de bola, o que se explica pelo nosso meio de campo ser composto por jogadores que sabem jogar, ninguém ali é cego. Mas os passes errados, embora sejam maiores em times de posse de bola, podem ser reduzidos com mais calma e organização em campo.

Somando as análises acima, concluo que o meio de campo bom e técnico faz o time ter mais posse de bola, envolver o adversário, criar oportunidades e o ataque deficiente faz com que essas oportunidades não sejam convertidas em gols.

Faltas Cometidas (10º), Cartões Amarelos (8º) e Cartões Vermelhos (1º).
Esse número alto de faltas não quer dizer que o time pratique o antijogo. É jogado pra cima pelas lamentáveis e decisivas faltinhas laterais ou perto da área de Triguinho e Diguinho, e também pelas faltas de ataque de Carlos Alberto e Wellington.

Sobre as expulsões, o que dizer? Deveriam exigir que todos os jogadores se comportassem como Renato Silva, que foi suspenso apenas uma vez por cartões amarelos, e jogou quase todos os jogos do ano. Não dá pro cara jogar 3 e ficar uma fora, sendo suspenso toda hora e deixando o time com 10. Aqueles cartões do jogo da Portuguesa são emblemáticos. É antiprofissional e prejudica demais o clube.

Gols Sofridos (18º) – 3ª melhor defesa
Mesmo tomando de 5 do Vitória com Geninho e apesar dos frangos dos goleiros e do destempero de André Luís. Por isso não concordo com tantas críticas ao Renato Silva.

Roubadas de Bola (8º).
Esse item pode melhorar se o time fizer menos faltas, mantiver a marcação começando lá na frente e um melhor posicionamento dos jogadores. O flamengo é o líder em roubadas de bola e o time que menos faz faltas. Acredito que de alguma forma sejam itens interligados. Também colabora pra isso o fato do flamengo jogar em contra-ataques, portanto tendendo a roubar mais bolas.

Estatísticas, se bem utilizadas, podem ajudar a apontar virtudes e defeitos do time. A comissão técnica certamente tem esses números, além de outros individuais e mais detalhes como bolas paradas, tempo de posse de bola, de que lado fazemos e sofremos mais jogadas, etc.

O que impressiona é não corrigirem erros recorrentes, como o excesso de faltinhas próximas à área e faltinhas laterais, quase sempre inúteis e muitas vezes com o adversário de costas. Cartões amarelos bestas, por puxões de camisa, reclamações idiotas, carrinhos por trás, etc. Do início ao fim as mesmas coisas se repetindo e ninguém chama os caras pra conversar.

Renato Gaúcho é um lixo de técnico, aliás sequer é técnico, mas tem um único mérito: seus times sempre fazem pouquíssimas faltas, e um fato explica isso. Num treino, o lateral Edu Pina fez falta no bico da área sobre um adversário que estava de costas. Reação de Renato:
- Edu, é isso que vocês aprendem nas divisões de base? O que ensinam pra vocês nas divisões de base? Você fez uma falta num adversário que estava de costas para o gol. Olha o lance de perigo que você proporcionou para eles...


Portanto, espero que pro ano que vem sejam mais duros, que não permitam que os mesmos erros se repitam ao longo de todo o ano, que não deixem os jogadores agirem com displicência e falta de profissionalismo, em faltas idiotas, amarelos praticamente forçados, expulsões absurdas, etc. Que tenham um treinador de goleiros que mostrem a eles suas falhas, que aprendam a sair do gol sem dar carrinho, sem fazer pênaltis idiotas, sem ficar no meio do caminho ans bolas altas, etc.

Enfim, muito trabalho, profissionalismo e por favor, nada de salários atrasados.

Abraços.

Ruy Moura disse...

Olá, Fernando. Já estamos combinados sobre o artigo.

Saudações Gloriosas!

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