Nesta competição o Botafogo obteve as seguintes medalhas de ouro:
· Rui Tadeu Aquino Oliveira em 100m livre – recorde sul-americano em 53”63
· Rosemary Peres Ribeiro em 100m costas em 1’11”68
· Rosemary Peres Ribeiro em 200m medley em 2’33”96
· José Sílvio Fiollo em 100m peito clássico em 1’75”
· Carlos António Azevedo, José Sílvio Fiollo, Eduardo Alijó Neto e Rui Tadeu Aquino Oliveira em 4x100m revezamento quatro estilos em 4’06”38
No dia 20 de Janeiro de 1983 faleceu o nosso maior ídolo futebolístico de todos os tempos, Mané Garrincha, aos 50 anos de idade. A história do fim de vida de Garrincha é por demais conhecida e quando me perguntam em que condições é que ele morreu, eu respondo: – “Não quer saber antes como é que ele viveu?”
Garrincha viveu livre como um passarinho, inclusive nos disparates que fez, e tornou-se a ‘Alegria do Povo’, Nem Pelé, nem Puskas, nem Di Stéphano, nem Eusébio, nem Kócsis foram capazes de transfigurar um povo inteiro que ia ao estádio, indiferentemente do seu próprio clube, para ver Garrincha jogar.

“Aqui descansa em paz aquele que foi A Alegria do Povo”
Vinícius de Moraes, um dos maiores botafoguenses de todos os tempos, interpretou muito bem Garrincha numa poesia eterna – O Anjo das Pernas Tortas:
A um passe de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.
Vem-lhe o pressenclubento; ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento,
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés – um pé de vento!
Num só transporte, a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: Gooooool!
É pura imagem: um G que chuta um O
Dentro da meta, um L. É pura dança!
O que é que ele mais gostava de fazer, mais ainda do que fazer um gol?... Deixar os ‘joões’ para trás!... Como Altair na foto que se segue… Ali, restava apenas driblar o goleiro – e isso valia mais do que um gol!...
A urna do ‘Chaplin do futebol’ foi coberta por uma bandeira do Botafogo e no cemitério de Pau Grande, onde jaz o corpo de Garrincha, existe um memorial que expressa bem como ele viveu também a sua vida privada: – “Ele era uma criança doce / Falava com os passarinhos”.
Fontes:
Acervo e pesquisa de Claudio Marinho Falcão (tópico ‘natação’)
Acervo e pesquisa de Rui Moura (tópico ‘futebol)
6 comentários:
A PERDA DE GARRINCHA NÃO FOI DIA 20 DE JANEIRO,MAS SIM MUITO ANTES QUANDO DE MANEIRA DESUMANA FOI USADO PARA BENEFÍCIO DO GLORIOSO ATRAVES DE INJEÇÕES DDE CORTICÓIDES E OUTRAS DROGAS PARA AMENIZAR MOMENTANEAMENTE SUA DOR E AUMENTAR A NOSSA.CONHECI GARRINCHA E CONVIVI COM ELE EM GENERAL SEVRIANO POR ALGUNS ANOS - ERA EU UM GAROTO DE 7 ANOS MAS QUE RECEBIA UMA ATENÇÃO ESPECIAL,ASSIM COMO TODOS OS MENINOS QUE POR PERTO SE CHEGASSEM A MANÉ - PROVAVELMENTE MAIS CRIANÇA QUE NÓS TODOS - PARA MIM MANÉ FOI E SEMPRE SERÁ O MAIOR JOGADOR QUE VI EM TODOS OS TEMPOS MAIS QUE PELÉ - ISSO IRA GERAR UMA DISCUSSÃO SEM FIM - GARRINCHA GANHOU DUAS COPAS - DOS SEUS PÉS SAIRAM OS GOLS DECISIVOS EM 58 E EM 62 SIMPLESMENTE FOI GENIAL POIS COMANDOU O ESCRETE CANARINHO.PELO BOTAFOGO VI MANÉ FAZER COISAS HILARIANTES MESMO QUANDO ESTAVAMOS PERDENDO, O POVO SORRIA,DELIRAVA - MANÉ ALEGRIA DO POVO - PENA QUE MANÉ NÃO TEVE A ORIENTAÇÃO NECESSÁRIA PORQUE SENÃO IMAGINE MANÉ NA COPA DE 70 MEU DEUS SERIA UMA COVARDIA.SEU DESFILE NO CARNAVAL FOI MACABRO PARA NOS ACOSTUMADOS A VÊ-LO SEMPRE SORRIDENTE E FACEIRO.ALI JÁ ESTAVA MORTO.SAUDADES MANÉ DAQUELE MENINO QUE VOCE PEGOU PELA MÃO E LEVOU PARA CONHECER GENERAL SEVERIANO UM DIA DEPOIS DO TITULO DE 57,HOJE MANÉ CHORO E SINTO SAUDADES SUAS QUE AMENIZO COM FITAS ANTIGAS DE SEUS DRIBLES SEUS GOLS SUAS ALEGRIAS NOSSAS TRISTEZAS.OBRIGADO MANÉ POR TUDO QUE FEZ PORMIM E PORTODOS NOS.FUI PREVILEGIADO DE PODER TE VER JOGAR MUITO OBRIGADOMANÉ - MARCOS VENICIUS
Rui, Mané tinha 49 anos e 3 meses quando faleceu. Nem a meio século chegou. Hoje teria 75 anos, o que não é nada demais nos dias atuais.
Realmente uma pena aquele nosso time de Mané, Didi, Nilton e cia. ter tão poucos vivos. Para comparar, acho que dos 11 titulares do Santos uns 9 devem estar vivos.
Abraços.
"Ali, restava apenas driblar o goleiro – e isso valia mais do que um gol!..."
genial esse trecho.
ah garrincha, obrigado por tudo e perdoe o descaso do botafogo e da cbf com sua memória!
nós, seus fãs, nunca te abandonaremos.
um abraço!
Marcos, estou escrevendo com lágrimas nos olhos, coisa rara. Não comento o que fizeram com os joelhos de Mané. Não comento. Você disse tudo, amigo. Que pena... Que pena... os corticóides e o álcool...
Abraços para sempre ao Mané.
A sua observação é muito boa, Fernando. Fartei-me de dizer que o Santos ganhou o que ganhou porque tinha uma equipa disciplinada, séria e respeitadora. O Botafogo não. Como tinha tantos craques, e especialmente Mané, era um clube de jogadores que faziam rigorosamente o que queriam (Mané, Valentim, Didi, Quarentinha, Zagallo...), gozavam com os adversários (o Mané driblando às vezes para além dos limites, o Manga zoando descaradamente o Flamengo, etc.) e ninguém tinha mão neles. Porque na verdade o Botafogo nunca teve mão em si próprio...
Os jogadores do Santos tiveram vidas muito mais regradas...
Veja-se a diferença desportiva entre Pelé e Garrincha: um, o máximo da regularidade e da disciplina: outro, o máximo da irregularidade e da indisciplina. Um encheu o Santos de títulos, o outro encheu o povo de alegria. É a grande diferença entre o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha. Se Garrincha tivesse sido orientado, como diz o Marcos...
Penso que nunca ninguém disse o que vou dizer: se a Copa do Mundo se disputasse numa temporada de 30 jogos como um campeonato, o Garrincha não tinha feito o que fez em 1958 e 1962. Fê-lo porque o tempo era limitado e permitiu concentrar-se, longe do seu ambiente natural; se tivesse que jogar disciplinadamente durante um ano, o Mané não conseguiria desempenhos regulares, típicos de Pelé.
Hoje podia ter sido o Mané a entregar a entregar o troféu ao Cristiano Ronaldo ou à Marta...
Abraços Gloriosos!
É isso, snoopy. Aquele prazer e meninice de Garrincha privou-nos seguramente de alguns títulos importantes, mas não havia povo que não delirasse. Antes passar fome do que não comprar o ingresso para ver Garrincha jogar... ou 'brincar com a bola'...
Saudações Gloriosas!
Enviar um comentário