terça-feira, 20 de janeiro de 2009

As maiores torcidas entre as crianças

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Neste dia que assinala a partida d’A Alegria do Povo há 26 anos atrás, talvez Garrincha gostasse de saber que a torcida botafoguense, não obstante ter passado pela perda da sua sede durante 16 anos, por um jejum de 21 anos de títulos oficiais e por uma descida à 2ª divisão, continua a mostrar uma vitalidade ímpar e tem nas crianças entre os 4 e os 12 anos muitos adeptos.

Em Março de 2008 a Datafolha realizou uma sondagem a crianças brasileiras sobre quais eram as suas preferências clubistas. Foram inquiridas 852 crianças entre 4 e 12 anos em 80 cidades brasileiras.

O resultado foi publicado na Folha de S. Paulo de 20 de junho de 2008. Os clubes eleitos foram os seguintes:

1º Flamengo: 23% de torcedores
2º. São Paulo: 11% de torcedores
3º. Corinthians: 10% de torcedores
4º. Grêmio, Palmeiras e Vasco: 5% de torcedores
7º. Cruzeiro: 3% de torcedores
8ºs Botafogo e Santos: 2% de torcedores

Cerca de 4% escolheram a equipa nacional do Brasil. Atlético Mineiro, Fluminense e Internacional não surgem entre os dez primeiros se considerarmos também a escolha pela equipa nacional.

Por regiões, o Flamengo e o São Paulo ficam à frente no nordeste, no sudeste, no norte e centro-oeste. O Grémio e o Internacional ficam à frente no sul. O Corinthians aparece bem votado no sul e no sudeste e o Vasco da Gama e o Paysandu no norte e centro-oeste.

No artigo As maiores torcidas do mundo e do Brasil foram apresentadas as maiores torcidas do Brasil e do mundo, numa sondagem realizada em Novembro de 2007 (entrevistas a 11.786 pessoas em 390 Municípios de 25 Estados). Os resultados foram os seguintes no que respeita ao Brasil:

1º Flamengo, 17%
2º Corinthians, 12%
3º São Paulo, 8%
4º Palmeiras e Vasco da Gama, 6%
6º Grêmio, 4%
7º Cruzeiro e Internacional, 3%
9º Atlético Mineiro, Botafogo e Santos, 2%

Na mesma época, CNT/Sensus entrevistou 2 mil pessoas, em 136 municípios, nas cinco regiões do país, e os resultados foram os seguintes:

1º Flamengo, 14.4%
2º Corinthians, 10.5%
3º São Paulo, 8.0%
4º Palmeiras, 7.2%
4º Vasco da Gama, 5.0%
6º Grêmio, 3.9%
7º Santos, 3.7%
8º Cruzeiro, 3.3%
9º Internacional, 2.1%
10º Botafogo, 1.8%
11º Atlético Mineiro, 1.5%
12º Fluminense, 1.5%

Nesta sondagem o Santos sobe duas posições em relação à outra sondagem, mas, no essencial, as sondagens são semelhantes e credibilizam os resultados.

Comparando estes resultados com as tendências das crianças, pode-se admitir que o São Paulo é um clube previsivelmente a crescer mais no futuro do que o Corinthians e que o Botafogo evidencia um melhor posicionamento entre as preferência das crianças (8º) do que nas duas outras sondagens (9º e 10º). Os restantes clubes mantêm as suas posições relativas, embora o Internacional e o Atlético Mineiro não estejam nas maiores preferências da criançada. O Fluminense confirma-se, de entre os 12 maiores clubes brasileiros, o último da lista de preferências de adultos e crianças.

Estas oscilações relacionam-se, provavelmente, com as últimas conquistas do São Paulo e com a emergência recente de uma nova equipa botafoguense que deu muito que falar. Se aproveitarmos o embalo e esta equipa conseguir organizar-se como conjunto coeso e competir positivamente, poderemos manter a tendência de subida entre os mais novos torcedores e consolidar a turma de ‘pequenos Gloriosos’.

Garrincha iria gostar de saber disto. Leiam o que ele disse a Juca Kfouri:

“Se eu fosse um daqueles fotógrafos no campo, pediria para que o time do Botafogo posasse de costas, porque mais importante do que os atletas que se sentem honrados ao vestir aquela camisa listrada está o número que levam às costas. Todo jogador que enfrenta a camisa 8 do Botafogo sabe que ali está um Didi; a 3, ali está um Nílton Santos; a 9, o Possesso Amarildo; a 11, um Zagallo; a 7... Não preciso dizer. Todos os grandes clubes tiveram craques que brilharam e levaram seus clubes a grandes títulos. Mas passaram e virão sempre outros. Nós não passamos, nós eternizamos o Botafogo. Por isso, quem entra em campo não é um time, é uma glória.”


Fontes
Blogue Mundo Botafogo
http://blogdoelton.wordpress.com/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.lancenet.com.br/
http://www.osdezmais.com/

15 comentários:

Fernando Lôpo disse...

Geralmente, os três prncipais fatores para a criança escolher um time são o pai, um ídolo ou títulos. Hoje, o São Paulo combina os títulos com a referência Rogério Ceni. Não gosto de Rogério nem como goleiro nem como pessoa (não o conheço, refiro-me à imagem que passa por suas entrevistas e comportamento). Considero-o um sujeito que faz tipo, mede cada palavra de forma demagógica, é arrogante, não admite que falha (e como falha) e se finge de bom moço.

Mas não importa. Importa é que ele tem uma baita mídia que faz com que ele simbolize as coisas boas dessa fase de ouro do São Paulo. Isso é importantíssimo para atrair crianças.

João Saldanha já dizia que um grande clube sobrevive sem títulos mas não sobrevive sem ídolos. Hoje, com os jogadores saindo muito rápido, é improvável manter um grande jogador muito tempo e, portanto, os títulos estão ainda mais importantes.

Mesmo assim, recentemente tivemos a chance de ter um ídolo que atraísse crianças. Era o Dodô. tivesse ele ficado em paz com o Botafogo e teria sido bom para ambos. Dodô, apesar de todos os defeitos, é um jogador raro. Não um craque, mas tem um refino, uma classe, um jeito de bater na bola que agrada a qualquer um que goste de futebol. Ou, como disse o Calazans, Dodô tem estilo.

Zé Roberto também. Tem uma característica em falta por aqui: o drible. E drible é a cara do Botafogo. Num mar de mediocridade, com os jogadores cada vez mais parecidos, não é legal um Zé Roberto driblar marcadores joando como um ponta e Dodô concluindo em gol com rara beleza?

Dois jogadores com carreiras apagadas, que nunca foram nada demais, hoje são capazes de fazer a diferença e chamar a atenção por aqui. Não necessariamente pela eficiência, mas pelo menos pela estética do jogo.

Mas, como costuma se repetir em nossa história, os destaques do time sairam de forma nada amigável. Ruim para todos. Zé Roberto, mais preocupado em beber do que jogar, saiu deixando portas fechadas no Botafogo. Não acredito nele no flamengo. Deve fazer um brilhareco no medíocre Estadual (e a flaprensa vai exaltá-lo como nunca), mas no Brasileiro, duvido que se comporte direito e tenha regularidade. Dodô, não interessa para onde vá, tende a sempre terminar da mesma forma como saiu do flu, com contrato rescindido sem deixar saudades. Poderia ter marcado seu nome no Botafogo e terminar a carreira sendo lembrado, pois só no Botafogo ganhou o reconhecimento que seu futebol merecia. Agora, deve ser mais um a ficar apagado na história.

Se conseguirmos disputar pra valer todos os títulos, jogarmos ibertadores sucessivas, vamos de tempo em tempo ganhar algo relevante, e não de forma bissexta e quase casual como o Brasileiro de 1995. Isso, se conseguirmos jogadores realmente identificados e que fiquem um tempo razoável, somado a um bom plano de marketing, certamente nos fará crescer bastante entre as crianças.

Valeu.

PS: usei Dodô e Zé Roberto como exemplo também porque um primo meu, que hoje tem 11 anos e cujo pai é flamengo, virou Botafogo muito em função desses dois, que ele gostava de ver jogar.

Anónimo disse...

Pois é Fernando concordo plenamente com vc sobre a permanênciaminima dos jogadores nos clubes não permitindo destamaneira que se tornem ídolos - aqueles que permanecem por algum tempo acabam virando pelomenos uma referência.
O Botafogo foi uma torcida que com certeza teve seu maior crescimento proporcional no período de ausência de títulos - os 20 anos - como foi a do Corinthians também - e nesse período alguns jogadores se destacaram como referências como por exemplo MENDONÇA, DÉ, RENATO SÁ,PAULO SÉRGIO e tantos outros, e acabou numa equipe de menor intensidade de ídolos ou postulantes ao acrgo,mas com uma carga mito grande de amor a camisa - Paulinho Criciuma e cia.além de um treinador carismático como Espinoza.Hoje vejo no goleiro Castillo uma possibilidade e em Juninho outro jogador que poderá se tornar carismático dentro do clube.Uma observação a foto que ilustra essa pesquisa é da final de 57 e o numero 8 não é Didi e sim Paulo Valentim - MARCOS VENICIUS

Fernando Lôpo disse...

Venícius, realmente o Didi não foi o 8 em 1957, foi o 10. Paulo valentim foi o 8. Acredito eu que Edson fosse 9 e Quarentinha 11.

A propósito, vocês podem informar de quando é a foto e o nome de cada um?

No blog Memória EC, do globoesporte.com, saiu um texto sobre Jair Rosa Pinto, o primeiro camisa 10 da seleção. A primeira Copa com numeração foi a de 1950, mas não era fixa, era de 1 a 11 todo jogo. Por isso, perguntei a escalação numerada da estreia do Brasil naquela Copa, onde temos os primeiros a usar cada número em Copa.

http://colunas.globoesporte.com/memoriaec/2009/01/07/primeiro-camisa-10-do-brasil-em-copas-ganha-homenagem-no-rio/#comments

"Fernando Lôpo | Qui, 08/01/09 | 07:47

Marcelo, você tem a escalação numerada da estréia do Brasil na Copa de 1950 para a gente saber os primeiros a usarem cada camisa? Foi a primeira copa com numeração nas camisas, mas não era fixa, era de 1 a 11 todo jogo. E como a seleção usava um time no Rio e outro em SP, a escalação do jogo final é diferente dos anteriores.

Abraços.

http://mundobotafogo.blogspot.com/

Caro Fernando. O Brasil iniciou a campanha na Copa de 50 vencendo o México por 4 a 0. A escalação foi: Barbosa (1), Augusto (2) e Juvenal (3); Ely (4), Danilo (5) e Bigode (6); Maneca (7), Baltazar (8), Ademir (9), Jair (10) e Friaça (11). Gols: Ademir (2), Jair e Baltazar.

Grande abraço. Marcelo"

Portanto, no WM jogava-se assim: 1, 2, 3 e 6; 4 e 5; 8 e 10; 7, 9, e 11.

Como o Botafogo jogava em 2-3-5 e depois passou a 4-2-4, acredito fosse diferente a nossa numeração e por isso a nossa numeração era do tipo: 1, 4, 2, 3 e 6; 5 e 8; 7, 9, 10 e 11. A defesa do vasco, que vem do 3-2-5, jogava com a numeração 2, 3, 4 e 6, muito comum hoje. O Santos continua com seu 4, 2, 6 e 3. A seleção de 1962 usava 2, 3, 5 e 6, e o Zito era o 4.

PVC disse uma coisa muito curiosa: disse que se pesquisarmos, vamos descobrir que a tradicional numeração do ataque com 7 (ponta-direita), 8 (meia-direita), 9 (centroavante), 10 (meia-esquerda ou ponta-de-lança) e 11 (ponta-esquerda) não era regra, mas sim exceção.

Em 2007, Túlio (5), Dodô (70 e Zé Roberto (10) mantinham seus números sempre e o resto variava conforme a escalação. Quando André Lima jogava no lugar do Zé, não pegava a 10. Pegava a 9, Lúcio pegava a 10 e JH a 11

Valeu.

Anónimo disse...

FERNANDO A FOTO É DA FINAL DE 57 CERTO - MARCOS VENICIUS

Fernando Lôpo disse...

Venícius, aqui tem essa mesma foto de frente:

http://arquibabotafogo.zip.net/images/BFR-1957.jpg

A defesa, de pé, segue a numeração do 3-2-5, conforme comentado antes, mesmo que o time não atuasse assim. Estão lá na ordem 1, 2, 3, 6, 5 e 4.

Agachados, os componentes do ataque. Tradicionalmente a numeração é do 7 ao 11 direto. Por isso até Didi não está do lado do garrincha. Ali está Paulinho, que era o 8.

Mas na foto de costas não dá pra ver a numeração de Didi, Edson e Quarenta. Pela posição na foto de frente, Didi seria 9, mas pelo que sei era o 10.

Valeu.

PS: se Quarentinha jogasse hoje, no tempo do marketing em que a numeração de futebol virou numeração de basquete, provavelmente Quarentinha usaria a camisa... 40.

Bruno Nascimento disse...

rui, gostaria de pedir um favor, me conte onde conseguiu esse trecho da fala do garrincha para o juca kfouri por que eu lembro ter lido isto em algum lugar, e depois nunca mais achei, se puder me dizer agradeço...

de um assíduo leitor de seu blog

obrigado.

Anónimo disse...

FERNADO DIDI JOGOU COM A NOVE POR CAUSA DA SUPERSTIÇÃO DO PAULO VALENTIM QUE ACABOU JOGANDO COM A OITO - A FOTO SE NÃO ME ENGANO TERIA MANÉ PAULO E DIDI VOU PROCURAR A FOTO OFICIAL DO JOGO DEPOIS TE DIGO - MARCOS VENICIUS

Ruy Moura disse...

As observações do Marcos são todas acertadas. (Não se esperava outra coisa de tão bem informado botafoguense)

Fernando, também concordo com as observações ao Zé Roberto e ao Dodô. Com uma diferença: um pode beber demais, mas mau carácter mesmo é o outro... Acho que nenhum deles sairá bem do futebol...


Se o futebol brasileiro não mudar para muito melhor - mais disciplina, menos influência de arbitragem , mais profissionalismo - muito poucos Ceni's existirão para se tornarem ídolo. Diga-se o que s edisser do Ceni, ele é um símbolo que vale muito no SP. Como hoje é difícil um craque estar 4-5 anos num clube de topo brasileiro, então o negócio é mesmo ganhar títulos. E, atenção, saber 'explorar', através do marketing, o pouco tempo de glória de súbitas estrelas que rapidamente se tornam cadentes. mas isso já é arte de gestão...

Por exemplo, explorar o nº 40 na camisa de um 'Quarentinha' é um marketing fabuloso. O Liedson usa o nº 31 em Portugal. O que é curioso, porque quando uma pessoa cria uma grande confusão, diz-se em Portugal que está gerande 'um grande trinta e um' (confusão). Que é o que o Liedson gera nas áreas adversárias...

Muitas vezes já não se diz o nome de Liedson, mas 'o 31 do Sporting'. E, também curiosamente, está com 31 anos e acabou de passar a 13º maior goleador/artilheiro de sempre do clube.

Parece-me que se tiver sorte ao jogo e mantiver a humildade, o Reinaldo pode ser um candidato a 'ídolo'. O que, sendo ex-Flamengo, seria 'ouro sobre azul' para os botafoguenses que menos suportam o Flamengo.

Saudações Gloriosas!

Ruy Moura disse...

Caro Bruno, momentaneamente não sei. Há algumas coisas sobre as quais não tenho a fonte. Na verdade, eu pesquiso o BFR há bastante tempo e no início nunca pensei em fazer um blogue. Na verdade só pensei em fazer um blogue porque a informação sobre o Botafogo era dispersa e 'indisciplinada' - tal como é característica do nosso clube. Por isso fiz o blogue para concentrar a scoisas do Botafogo e divulgá-lo como ele merece ser digulgado.

Então, há muita informação que tenho da qual não copiei a fonte e, por isso, não sei onde fui buscar. Tal como fotos. Tenho milhares e... de onde as tirei?... Navegar na Internet não é fácil, e às vezes nunca mais achamos a coisa.

Porém, tenho o texto integral. Se você me enviar o seu endereço de correio eletrónico, eu remeto-lhe o texto.

O meu endereço de correio é:
mundobotafogo@gmail.com

Saudações Gloriosas!

Fernando Lôpo disse...

Achei aqui a fala do Garrincha, na arquibancada do Maracanã.

http://www.sosserve.com.br/garrincha/glorioso.htm

"O GLORIOSO

Mané recebeu uma homenagem no Maracanã. Terminada a cerimônia, fomos para a tribuna assistir a jogos do ainda Campeonato Carioca. Foi uma jornada dupla. O Vasco, com Tostão, enfrentou o Madureira no primeiro jogo; no segundo, o clássico da rodada: o Flamengo contra o forte Botafogo de Jairzinho, Roberto e Paulo César, entre outros.
Até chegar à tribuna, Mané foi cumprimentado por quase todos, além de aplaudido por um grupo quando saiu do elevador. Na tribuna, por ser uma rodada envolvendo três grandes clubes, havia uma mistura respeitável de gente conhecida.
Fiquei impressionado naquela tarde de grandes jogos com os comentários elogiosos, encantadores, de Garrincha a cada jogada de Tostão, do qual era fã incondicional.
Garrincha olhava com subjetiva emoção as bandeiras do Botafogo, à direita da tribuna, enquanto não começava o clássico. Quando a equipe alvinegra surgiu no túnel, os olhos de Mané marejaram, ficaram com um brilho diferente. Depois de alguns segundos de silêncio, ele me disse algo surpreendente:
"Juca, como um simples torcedor é a primeira vez que vejo o Botafogo entrar em campo. Olha que joguei tantos anos por essa agremiação, mas estou com o coração apertado por causa desse momento.
" Argumentei que foi a mesma emoção que sentiu a torcida do Vasco, do Flamengo, e a que sente a do Fluminense ou qualquer torcida do mundo quando seu time entra em campo. Então, com aquela inatingível genialidade, naquele modelo provinciano de expressar suas emoções, explicou:
"Juca! O Botafogo é diferente. Quando ele entra em campo, entra junto uma história de glórias. Eu sei que a torcida de Vasco, Flamengo, Fluminense, Bangu, América ou qualquer outra tem orgulho de seu time, mas a torcida do Botafogo tem orgulho das realizações de um time que mudou o conceito do futebol brasileiro. Nenhum time no mundo teve no mesmo período craques como Nilton Santos, Didi, Amarildo, Zagallo, Paulo Valentim, Pampolini, Adalberto, Quarentinha..."
E, principalmente, você, completei. Ele continuou falando com o coração:
"Nós fizemos história para todas as torcidas. Preste atenção: quando Botafogo entra em campo parece que ao lado da camisa 3 entra um Nilton Santos; da camisa 7.... Ao lado da camisa 8, um mestre Didi; ao lado da 9, Quarentinha; da 10, Amarildo: ao lado da 11, Zagallo. Não importa a época. Daqui a alguns anos, com certeza, não estarei vivo. Mas o Botafogo continuará sendo respeitado por suas glórias para o futebol brasileiro na década de 60. Se eu fosse um daqueles fotógrafos no campo, pediria para o time do Botafogo posasse de costas, porque mais importante do que os atletas que se sentem honrados ao vestir aquela camisa listrada está o número que levam às costas."
Mané estava mesmo emocionado. Não parava de falar:
'Todo jogador que enfrenta a camisa 8 do Botafogo sabe que ali está um Didi; a 3, ali está um Nilton Santos; a 9, o Possesso Amarildo; a 11, um Zagallo; a 7... Não preciso dizer. Todos os grandes clubes tiveram craques que brilharam e levaram seus clubes a grandes títulos. Mas passaram e virão sempre outros. Nós não passamos, nós eternizamos o Botafogo. Por isso, quem entra em campo não é um time, é uma glória."
Gol do Botafogo no Maracaanã... A Alegria do Povo não vibrou. Não precisava."

Valeu.

Fernando Lôpo disse...

Só pra completar: ainda tem sujeito que acredita naquela balela da irmã do Garrincha dizendo que ele era flamengo. Rematada bobagem. um cara que durante a final de 1950 fica pescando e tomando cachaça em vez de ouvir o jogo não pode torcer pra time nenhum. Aliás, não só ele. Grande parte dos jogadores não gosta de ver futebol. Gosta de jogar e ponto, não de ver, e por isso nem time de futebol tem.

Nem Roberto Dinamite, que foi Botafogo quando criança pode ser chamado de botafoguense. Após toda a vida no vasco, certamente é Vasco. Esse papo de Dinamite botafoguense serve só pra gente provocar vascaíno.

Garrincha não tinha time de infância. Após todo o tempo que jogou, claro que virou Botafogo. Amarildo era flamengo, hoje é Botafogo. Em contrapartida, PC Caju e Heleno sempre foram alvinegros. Creio que Nílton Santos também não tivesse time. E por aí vai.

Abraços.

Fernando Lôpo disse...

Pra fechar. Aqui no Rio, quem não tem time, escola de samba nem religião, ao ser perguntado diz que é flamengo, Mangueira e católico. Assim se livra de aporrinhação.

Anónimo disse...

Sem essa, GARRINCHA sempre foi Botafoguense, e realmente se emocionava com aquele time e co o time que veio quase a seguir.Sua emoção era pura e sincera - ETERNAMENTE ALVINEGRO NOSSO MANÉ - MARCOS VENICIUS

Ruy Moura disse...

Amigos, o Mané era botafoguense, obviamente. Mas nem sempre foi. Ele próprio respondeu a um reporter, e cito:

"Nasci Flamengo, mas cresci Botafogo".

É só por ter nascido Flamengo, como quase todo o mundo pobre, que a irmã papagueia que ele era Flamengo. Na verdade, já não era.

Tanto se tornou Botafogo que um dia, quando um presidente do Fla lhe perguntou quanto é que ele queria ganhar se fosse para o Flamengo, a resposta foi simples e rápida:

"No mínimo, o máximo".

Saudações Gloriosas!

Brasileirão disse...

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