
por Sindicato dos Jornalistas
A solenidade oficial de inauguração do Auditório João Saldanha, no Sindicato [dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro], transformou-se em uma grande e alegre festa de confraternização entre familiares, amigos e colegas. Foi uma homenagem emocionante a um dos mais brilhantes e polêmicos jornalistas de toda a história da imprensa brasileira.
Estiveram presentes à homenagem, promovida pelo Sindicato dos Jornalistas, duas de quatro filhos de Saldanha: Sonia e Ruth. Com Vera e o xará João, a família é formada por mais 12 netos e dois bisnetos do “comentarista que o Brasil inteiro consagrou”, como era apresentado pelo locutor de rádio Waldir Amaral.
Muito emocionada, Ruth Saldanha lembrou que o pai famoso gostava de participar de grupos com os quais mantinha contato, seja no Maracanã, na esquina da Rua Miguel ou na praia. “Ele era um cara de tribos e lugares. O Sindicato dos Jornalistas era uma outra esquina que servia para encontros com quem ele gostava de conviver e conversar”, acrescentou.
Antes do descerramento da placa em homenagem ao “João Sem Medo”, a filha Sonia destacou a integridade e a bravura do pai e garantiu: “Se ele estivesse aqui tenho certeza de que muita coisa ruim não estaria acontecendo no esporte brasileiro”. Depois pediu que os jornalistas dessem prosseguimento à “batalha dele pela moralização” do meio esportivo.
A jornalista Thereza Bulhões, segunda mulher do homenageado, contou que já entregou a uma editora os originais do seu livro “As Feras do Saldanha”, que reúne depoimentos de suas quatro ex-mulheres e faz menção a sete namoradas. “É um time de futebol. É a visão das mulheres, uma em cada capítulo, com quem ele teve uma convivência mais íntima”, brincou. O editor Cesar Oliveira, do portal, garantiu que o livro vai ser publicado brevemente, com prefácio e apresentação dos jornalistas João Máximo e Juca Kfouri.
Apresentada pelo jornalista Nacif Elias, diretor do Sindicato, a cerimônia de inauguração oficial do auditório, teve também a participação de Beto Macedo, vice-presidente de Comunicação do Botafogo, deputado Gilberto Palmares, Dora Cantalice, viúva do jornalista Arthur Cantalice, ex-diretor do Sindicato, de uma representante da Petros, administradora do Fenajprev, além de jornalistas, torcedores de todos os times, botafoguenses em sua maioria, naturalmente. A foto de João Saldanha, na placa comemorativa de inauguração do auditório, é de Ana Carolina Fernandes.
HISTÓRIAS
“O maior comentarista esportivo de todos os tempos.” Assim o homenageado, nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, foi definido pelo jornalista André Iki Siqueira, autor do livro “João Saldanha, uma Vida em Jogo”, que estava sendo vendido durante o evento. Siqueira lembrou respostas muito engraçadas de Saldanha a colegas jornalistas e a uma jovem em um debate político.
Na primeira, um jovem repórter depara com Saldanha, no Maracanã, e pergunta o que ele estava fazendo ali. A resposta só poderia ser mais surreal do que a pergunta. “Vim visitar o Museu do Índio que inauguraram aqui outro dia.”
Em outro momento, véspera de um jogo da Seleção, no Beira Rio, em Porto Alegre, em 1969, o então técnico da Seleção inspecionava o gramado do estádio, e um repórter lhe perguntou o que estava achando da grama. “Não provei, mas acho que com um bom tempero, não deve ficar muito ruim, não”, respondeu Saldanha.
Candidato a vice-prefeito do Rio, em 1985, Saldanha participava de um debate na UERJ, quando uma jovem lhe perguntou que política os comunistas (Saldanha era filiado ao PCB) adotariam para os índios do Rio de Janeiro, caso se elegesse. Sem perder o humor, o jornalista disse que a única referência que tinha de índio na cidade, na época, era o bloco carnavalesco Cacique de Ramos. A plateia escangalhou de rir.
Fonte
A solenidade oficial de inauguração do Auditório João Saldanha, no Sindicato [dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro], transformou-se em uma grande e alegre festa de confraternização entre familiares, amigos e colegas. Foi uma homenagem emocionante a um dos mais brilhantes e polêmicos jornalistas de toda a história da imprensa brasileira.
Estiveram presentes à homenagem, promovida pelo Sindicato dos Jornalistas, duas de quatro filhos de Saldanha: Sonia e Ruth. Com Vera e o xará João, a família é formada por mais 12 netos e dois bisnetos do “comentarista que o Brasil inteiro consagrou”, como era apresentado pelo locutor de rádio Waldir Amaral.
Muito emocionada, Ruth Saldanha lembrou que o pai famoso gostava de participar de grupos com os quais mantinha contato, seja no Maracanã, na esquina da Rua Miguel ou na praia. “Ele era um cara de tribos e lugares. O Sindicato dos Jornalistas era uma outra esquina que servia para encontros com quem ele gostava de conviver e conversar”, acrescentou.
Antes do descerramento da placa em homenagem ao “João Sem Medo”, a filha Sonia destacou a integridade e a bravura do pai e garantiu: “Se ele estivesse aqui tenho certeza de que muita coisa ruim não estaria acontecendo no esporte brasileiro”. Depois pediu que os jornalistas dessem prosseguimento à “batalha dele pela moralização” do meio esportivo.
A jornalista Thereza Bulhões, segunda mulher do homenageado, contou que já entregou a uma editora os originais do seu livro “As Feras do Saldanha”, que reúne depoimentos de suas quatro ex-mulheres e faz menção a sete namoradas. “É um time de futebol. É a visão das mulheres, uma em cada capítulo, com quem ele teve uma convivência mais íntima”, brincou. O editor Cesar Oliveira, do portal, garantiu que o livro vai ser publicado brevemente, com prefácio e apresentação dos jornalistas João Máximo e Juca Kfouri.
Apresentada pelo jornalista Nacif Elias, diretor do Sindicato, a cerimônia de inauguração oficial do auditório, teve também a participação de Beto Macedo, vice-presidente de Comunicação do Botafogo, deputado Gilberto Palmares, Dora Cantalice, viúva do jornalista Arthur Cantalice, ex-diretor do Sindicato, de uma representante da Petros, administradora do Fenajprev, além de jornalistas, torcedores de todos os times, botafoguenses em sua maioria, naturalmente. A foto de João Saldanha, na placa comemorativa de inauguração do auditório, é de Ana Carolina Fernandes.
HISTÓRIAS
“O maior comentarista esportivo de todos os tempos.” Assim o homenageado, nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, foi definido pelo jornalista André Iki Siqueira, autor do livro “João Saldanha, uma Vida em Jogo”, que estava sendo vendido durante o evento. Siqueira lembrou respostas muito engraçadas de Saldanha a colegas jornalistas e a uma jovem em um debate político.
Na primeira, um jovem repórter depara com Saldanha, no Maracanã, e pergunta o que ele estava fazendo ali. A resposta só poderia ser mais surreal do que a pergunta. “Vim visitar o Museu do Índio que inauguraram aqui outro dia.”
Em outro momento, véspera de um jogo da Seleção, no Beira Rio, em Porto Alegre, em 1969, o então técnico da Seleção inspecionava o gramado do estádio, e um repórter lhe perguntou o que estava achando da grama. “Não provei, mas acho que com um bom tempero, não deve ficar muito ruim, não”, respondeu Saldanha.
Candidato a vice-prefeito do Rio, em 1985, Saldanha participava de um debate na UERJ, quando uma jovem lhe perguntou que política os comunistas (Saldanha era filiado ao PCB) adotariam para os índios do Rio de Janeiro, caso se elegesse. Sem perder o humor, o jornalista disse que a única referência que tinha de índio na cidade, na época, era o bloco carnavalesco Cacique de Ramos. A plateia escangalhou de rir.
Fonte
8 comentários:
TIVE O PRAZERDE CONHECER JOÃO EM DOIS MOMENTOS DA MINHA VIDA - CRIANÇA E GENERAL SEVERIANO INCLUSIVE CORRENDO ATRAS DO MANGA E JÁ ADULTO QUANDO FIQUEI DEFINITIVAMENTE APAIXONADO POR SUA FIGURA-LI TODOS OS LIVROS SOBRE ELE E FICA-SE ARREPIADO EM DIVERSOS MOMENTOS PELAS SUAS ATITUDES DE BRASILEIRO E BOTAFOGUENSE - SIM COM CERTEZA VIVO NÃO PERMITIRIA ESSA MAZELAS E ESSES CANALHAS NA SUA CASA GS - ETERNO JOÃO SALDANHA - JOÃO SEM MEDO TENHO ORGULHO DE TER LHE CONHECIDO - SAUDAÇÕES ALVINEGRAS - MARCOS VENICIUS
Marcos, porque é que recentemente o Botafogo não inaugurou a sala de imprensa 'João Saldanha' em vez da sala de imprensa 'Armando Nogueira'?... Não sei a razão, mas sei que o Nogueira sempre foi situacionista e o Saldanha sempre foi contra a ditadura e contra todas as prepotências deste mundo. Entre um e outro eu não hesitaria. A direção do BFR também parece que não hesitou... porque dar nome de um contestatário a uma sala de imprensa não fica bem aos 'mornos' interesses do BFR, não é verdade?...
QUE JOÃO SALDANHA VIVA PARA SEMPRE NA NOSSA RECORDAÇÃO E QUE SIRVA DE GUIA SOBRE COMO A VIDA DEVE SER VIVIDA!
Abraços Gloriosos!
Como faz falta um João Saldanha nos dia de hoje! Tanto para o Botafogo quanto para o Brasil!
Rui o ct de GS já leva o seu nome, CT João Saldanha. Ainda acho pouco em termos de homenagem.
Acho que depois da estatua de Nilton Santos deveriam fazer uma do Garrincha e uma para o João "sem medo", a do Garrincha para ficar ao lado de seu grande amigo Nilton Santos e a do João para por em GS!
Bruno, acho que tudo que se faça ao JS é merecido. Mas eu sou suspeito ao afirmá-lo, porque acho que é um tipo de homem que faz muita falta ao Botafogo, ao Brasil e... ao mundo!!!
Quanto a mim, Saldanha não é brasileiro, Saldanha é universal. As grandes e nobres almas não conhecem fronteiras e o JS comportou-se sempre na vida segundo a pulsação cósmica. Faz parte da minha restrita galeria dourada de pessoas com quem me identifico de alma.
Abraços Gloriosos!
O Globo de hoje:
"Além da gangorra do Brasileiro e de problemas que envolvem um time de futebol, Ney Franco também enfrenta outro forte obstáculo na luta para encontrar a formação ideal: depois de ter acertado o time com a presença de Maicosuel, que se transferiu para a Alemanha, ele agora corre o risco de ficar sem o substituto de Maicosuel. Lucio Flavio, contratado recentemente, deve se transferir para o mundo árabe na janela de transferências para o exterior.
A negociação vem sendo conduzida há tempos, quando ainda estava no Santos. Ele chegou a ficar em dúvida entre Flamengo e Botafogo. Chegou a conversar com Cuca, técnico rubro-negro, tipo acertando tudo. Mas, ao condicionar sua transferência a uma liberação no meio do ano, Cuca disse não. Ele então optou pelo Botafogo, que aceitou o risco."
E na época negaram que houvesse uma transferência engatilhada. Agora caiu a máscara até do "cara de grupo", "respeitador", isso e aquilo.
O cara sabia que o clube estava apostando nele o maior salário, era a contratação que deveria sustentar o time até o fim do ano. Por mais que discordemos, o pensamento era esse e ele sabia. Assina já sabendo que vai sair dois meses depois.
E o pior, ainda assinam com o cara aceitando essas condições.
Vejam só, não estou lamentando a saída dele não. Nem deveria ter vindo. Apenas acho deplorável que além de trazer de volta um 5º reserva do medíocre time do Santos, rejeitado por grande parte da torcida, com sala´rios que se recusaram a pagar a jogadores melhores, ainda por cima aceitem uma condição abjeta dessas.
Uma coisa é isso acontecer com um Maicosuel que o Botafogo sequer teria como trazer pelos próprios meios. Ali sim, ganhamos o jogador por um período e um troco na saída. Outra diferente é esse "maestro" sem mercado nenhum exigir uma coisa dessas. E a diretoria aceitar.
Muito lamentável.
Muitíssimo lamentável, Fernando. O que mostra que a nossa diretoria é absolutamente incompetente, que não é nada transparente para a torcida, que joga interesses neafstos ao clube, que não tem honra e não se faz honrar. Estamos entregues ao pior grupo de diretoria de sempre!
PRECISA-SE MOVIMENTO QUE OS DESMASCARE E OBRIGUE A DEMITIR!
Abraços Gloriosos!
Isso já vinha sendo falado na imprensa desde a negociação da contratação. Como não gosto de criticar por boatos, nada escrevi.
Agora não só se confirma a incompetência como tamb´m a mentira de ambas partes, jogador e diretoria.
Estou realmente revoltado. Eu queria esse jogador fora, mas saber que uma negociação foi feita assim é revoltante.
Enviar um comentário