segunda-feira, 3 de maio de 2010

Voz de João Saldanha (3)


Li a notícia de que, na primeira década deste século, o Botafogo, o Flamengo e o Fluminense tiveram 25 treinadores cada, e o Vasco da Gama 24. Às vezes o mundo muda a grande velocidade, mas às vezes as mentalidades não mudam a velocidade nenhuma.

João Saldanha entrevistado em 1957:

“O técnico, seja quem for, é um homem como qualquer outro. É só na América do Sul, ou para ser mais honesto, nos países latinos, que os treinadores de futebol ficam sujeitos a esses extremos de idolatria e sacrifício: hoje, Deus; amanhã, demônio. Veja o contraste do julgamento europeu. Na Europa, não é raro os treinadores comemorarem em seus jubileus de prata e ouro, nos clubes a que servem. Aqui, ao contrário, ai dos que não se agarrarem às vitórias! Dos que não tiverem a sorte de vencer sempre! Ora, como não é possível a ninguém, nenhum mortal em futebol, vencer sempre, eternamente, acontece o que se sabe.”João Saldanha, 1957.

4 comentários:

PC Filho disse...

É, pelo visto padecemos desse mal há muito tempo, prezado Rui...

Ruy Moura disse...

Páulo Cézar, há textos do João Saldanha nos anos 60 a criticar a falta de modernização do futebol brasileiro. Tem 50 anos. Eu concordo. O Brasil é o maior campeão do mundo devido aos fabulosos craques que gera, porque em termnos de dirigentes e estruturas o amadorismo é generalizado. Veja pelos clubes do Rio, que são amadorismo puro.

Abraços Gloriosos!

Abraços Gloriosos!

Ronau disse...

A mentalidade tacanha, retógrada, aliada a falta de escrúpulo da maioria de nossos dirigentes vem de longe e, pra ser preciso, só piora.

Ruy Moura disse...

A ideologia neoliberalista tem ajudado m uito a piorar, Ronau.

Abraços Gloriosos!

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