terça-feira, 27 de outubro de 2015

FLAtulências (84): Fachos de Luz versus Urubus

[Juro que foi por mero acaso que encontrei este texto – escrito em português europeu – quando navegava no Linkedin. A propósito da vida nas empresas, um dos meus contatos dessa rede profissional simulou uma edição do ‘National Geografic’ e efetuou o paralelo. Reproduzo apenas um excerto porque o artigo é longo. A reprodução obedece ao original escrito em português europeu.]

Um dos fenómenos mais comuns nos ecossistemas das empresas e no tema da negatividade tem a ver com a vivência e convivência de todo o tipo de espécies.

Hoje, na nossa edição do “National Geographic”, gostaria de me centrar na espécie Urubu.

Pelo nome não deve estar a ver quem são, mas se eu começar a descrevê-los talvez identifique uns quantos na sua empresa.

Vestem normalmente de negro, ou não.

Chegam de manhã, trazendo atrás de si um rasto de destruição emocional, eléctrica e biológica.

Quando passam, as luzes fundem-se, as plantas murcham e de repente todos à sua volta começam a sentir os efeitos nefastos das suas palavras ou, melhor dizendo, das suas corrosivas.

É de facto uma espécie estranha.

Quando à sexta-feira estamos todos contentes porque o fim-de-semana está à porta e caímos na asneira de comentar esse facto com eles, o seu comentário típico passa por algo do género:

- “Só faltam dois dias para segunda-feira”.

Esta espécie tem também características vampíricas.

Quando lhes falamos de um eventual projecto com o qual estamos entusiasmados, têm sempre uma palavra “simpática” para o deitar por terra.

Mas sempre com a “melhor” das intenções.

Já os identificou?

Claro que sim.

Este tipo de pessoas normalmente não se dá conta do mal que provoca nas empresas.

[…]

A gestão emocional do líder pode ser tão simples como não “despejarmos” as nossas frustrações em cima dos liderados, ou tão complexa como não deixarmos transparecer para baixo questões mais complexas que estejam a existir.

Por vezes o trabalho do líder é precisamente conseguir funcionar como almofada para “pancadas” maiores que venham dos lados ou de cima.

Este escudo que o líder propicia à sua equipa é por vezes fundamental ao bom funcionamento da mesma.

Em muitas situações do meu passado como gestor tive precisamente de adoptar esta postura.

A do “Farol”, que guia o barco através da tempestade.

E por vezes é precisamente em momentos de tempestade que os líderes se afirmam ou se forjam de uma forma mais eficaz.

E quando troveja e o mar fica agitado é quando surgem com mais frequência os “Urubus”.

Sejam eles o líder, que não aguenta a pressão emocional da situação e a descarrega na sua equipa, seja no seio da equipa algum dos elementos que por medo se erga como um “Urubu”.

*****
Mundo Botafogo: Eis, então, a grande diferença entre o líder ‘urubu’ e o líder ‘farol’: o primeiro amedronta-se quando ‘troveja e o mar fica agitado’; o segundo é um ‘facho de luz’ que atravessa a tempestade e que jamais se renderá…

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