[Nota do Mundo Botafogo: O texto que se segue foi
extraído do Facebook
«CABPAN – Confraria dos Amigos do Bate Papo Alvinegro» e é da autoria da chapa
derrotada nas últimas eleições – o Grande Salto. Concordo inteiramente com a
profissionalização num mundo de futebol em que todos os grandes clubes foram
ABSOLUTAMENTE PROFISSIONALIZADOS.]
GESTÃO
PROFISSIONAL, O CAMINHO PARA A REDENÇÃO DO BOTAFOGO FR
Na recente eleição, 64% dos
eleitores Botafoguenses votaram pela profissionalização do Clube.
Não existe tema mais relevante no
atual cenário esportivo, do que o processo de profissionalização dos clubes de
futebol no Brasil. São consultorias organizacionais, projetos de qualificação,
conteúdos em nível superior, seminários, uma intensa busca por eficiência e
inovação, em um ambiente assolado por anos de descompromisso. Mas a atual
diretoria do nosso Botafogo ignora soberanamente esse fenômeno, com graves
riscos para a história futura do Glorioso.
Na primeira metade do século
passado, o futebol brasileiro se desenvolveu preguiçosa e temerariamente baseado
em um modelo que, ainda hoje, provoca estragos nos clubes que relutam em
implantar projetos profissionalizantes.
Para simplificar: o futebol em suas
origens aristocráticas, tinha seus dirigentes ligados à própria elite
financeira e política da época. Bons jogadores – produzidos em escala
industrial, mal remunerados e com cada vez mais interesse e força popular –,
criaram um modelo que perdurou absoluto até meados da década de 1970.
Com o início das transmissões ao
vivo pela TV, iniciou-se um processo de aceleração da criação do “mercado
global da bola”. Fomos, então, nos transformando em exportadores de talentos,
em especial para os grandes centros da Europa. O que era um detalhe – quando
grandes jogadores saíam no fim da carreira para “fazer o pé-de-meia” –, virou
um negócio sistêmico e de enormes proporções. Hoje, o garoto sai do Brasil até
antes dos 15 anos, em busca de um futebol que se desenvolveu de maneira
absolutamente desproporcional se comparado com o brasileiro.
Para sacramentar essa desproporção
de qualidade, a partir da década de 1990, com a intensificação da globalização
do mercado do entretenimento, por via das redes sociais e das redes de TV por
assinatura, e puxado em parte pelo próprio futebol, as novas gerações passaram
a consumir, cada vez mais, o futebol internacional, gerando uma enorme
dispersão de consumo para o exterior.
O garoto até fala que torce por um
clube do Brasil, mas compra primeiro a camisa do Barcelona, acompanha o
campeonato inglês ou tem na parede do quarto o escudo do Chelsea. Somos uma
pálida visão do que fomos um dia...
E qual é a saída?
Ora, profissionalizar! – tema
proibido na atual gestão do Botafogo, que toca o Clube com a força e o
compromisso parcial de voluntários, atrasando a urgente necessidade de ingresso
do nosso Clube nessa nova era.
E querem saber de um modo geral,
quais os clubes brasileiros que tem investido mais seriamente na
profissionalização? Basta olhar para a parte de cima da tabela do Campeonato
Brasileiro! De um modo geral, salvo honrosas exceções, trata-se de um método
infalível para descobrir quem já entendeu e incorporou o desafio.
Sobre este tema, em relação ao Botafogo, tem um aspecto que é o principal objetivo deste Manifesto.
Sobre este tema, em relação ao Botafogo, tem um aspecto que é o principal objetivo deste Manifesto.
Na última eleição Alvinegra,
tínhamos quatro chapas, numa grande demonstração de vitalidade, amor e
interesse pelo Clube. E três delas – a Chapa Azul, a Chapa Alvinegra e a nossa
chapa, a Chapa Cinza – o GRANDE SALTO, tinham pelo menos um compromisso
programático em comum: a profissionalização.
A hora é de repercutir esse fato
indiscutível: O “Mais Botafogo”, a Chapa Ouro, ganhou legitimamente as
eleições, mas foi amplamente vencido, quando o assunto é profissionalização. E
isso precisa ser entendido e desdobrado.
Não se discute o acerto da atual
administração em manter o equilíbrio das contas. Mas o GRANDE SALTO reafirma,
em nome dos 234 votos que obteve e dos 50 membros de sua executiva, de modo
categórico e definitivo, sua crença inabalável de que, sem o início imediato de
um vigoroso programa de profissionalização do Clube, vamos seguir rateando,
vivendo de momentos de êxitos efêmeros e sem a necessária energia para firmar
nosso Clube no patamar que almejamos.
Apoiados por um inédito programa
federal de reestruturação da dívida dos clubes, o Botafogo FR tem feito um
elogiável esforço orçamentário, financeiro e contábil... mas é pouco.
Se, por um lado, obtivemos avanços
nessa área, por outro lado o Clube segue desgovernado e sem rumo em diversos
setores. Como, por exemplo, na gestão hesitante do futebol, na falta de
planejamento para o Engenhão, e na ineficiência da Área Comercial e do
Marketing, reduzindo dramaticamente nossa capacidade financeira e esportiva e
provocando estragos de grande amplitude, como no nosso Programa de
Sócio-Torcedor.
Este Programa, por exemplo, que chegou a contar com mais de 12 mil sócios adimplentes, despencou de modo dramático nos últimos dois anos e, em março deste ano, rendeu, no total, meros R$ 13.000,00 para o clube.
A HORA ENTÃO É
DE COLOCAR O BOTAFOGO NA FRENTE DE QUALQUER INTERESSE MENOR
É preciso trabalhar pela união das
forças majoritárias que defendem a profissionalização. Pelo menos, 64% dos
Sócios Proprietários e a esmagadora maioria de nossa torcida e
sócios-torcedores, pouco ouvidos nos últimos tempos, também se manifestam maioritariamente
pelas redes sociais apoiando a imediata profissionalização do Clube.
O GRANDE SALTO faz um chamado aos
irmãos Alvinegros das chapas que pensam como nós. Sem exigências, sem
pré-requisitos, nem ambições menores. Uma convocação à união de todos os que
querem a profissionalização urgente do nosso Glorioso. Um chamado para que nos
unamos, desde já, em torno de um projeto, que vire a página desse modelo
ultrapassado e que coloca em risco o futuro do Botafogo.
É preciso abandonar a ultrapassada
mentalidade dos “voluntários” que, sem dedicação integral e permanentemente
seduzidos pelo clientelismo e pelo apadrinhamento, condenam nosso querido Clube
ao atraso.
O GRANDE SALTO clama por uma união
em torno do tema! Para nos unirmos e, urgentemente, nos dedicarmos a um
inadiável processo de profissionalização, que alinhe nosso Botafogo ao que há
de mais moderno em estruturação organizacional e que nos reconduza, sob um
facho de luz, ao nosso destino de glórias.
Juntos pelo Grande Salto!
Facebook: CABPAN – Confraria dos Amigos do Bate Papo
Alvinegro.
Sem comentários:
Enviar um comentário